WPP reporta queda orgânica de 1,6% em 2019; Brasil cresce 9%

28 de fevereiro de 2020 às 12:02


Com declínio pelo terceiro ano consecutivo, ações da holding despencam 15%; mercado nacional é uma das áreas com melhor desempenho.

Mark Read, CEO do WPP (Crédito: Arthur Nobre)

Nos últimos três meses do ano passado, a receita orgânica do WPP caiu 1,9%. Foi o desempenho mais fraco da holding desde o primeiro trimestre de 2019, refletido pelo fraco desempenho em mercados como Reino Unido, Ásia-Pacífico, América Latina e Europa Central. No terceiro trimestre de 2019, a holding reportou crescimento de 0,5%.

Divulgado nesta quinta-feira, 27, o balanço financeiro da companhia prevê um cenário de pouca melhora em 2020. Com consequência, as ações do grupo despencaram 15%, o nível mais baixo em oito anos.

No ano fiscal de 2019, o WPP apresentou declínio de 1,6% em receita orgânica, excluindo a venda de 60% da Kantar para a Bain Capital. Este é o terceiro ano consecutivo em que a holding reporta recuo na receita.

O Reino Unido apresentou resultados abaixo do esperado, com queda nas vendas de 3,7% no quarto trimestre ante o crescimento de 3,1% no terceiro trimestre.

A América do Norte, cujo desempenho tem sido fraco nos últimos três anos, recuou 4,5% no quarto trimestre. No terceiro trimestre, a queda foi de 3,5%.

O Brasil foi destacado no relatório como uma das áreas de crescimento expressivo para a holding: o mercado nacional teve alta de 9%.

Mark Read, CEO do WPP, disse, em comunicado, que 2019 foi o ano-base para a implementação da nova estratégia do WPP e que a simplificação da operação, assim como a redução de débito foram conduzidas com êxito. No posto de chefe executivo da companhia desde a segunda metade de 2018, Read operou duas fusões globais: VML e Y&R, que originou a WMLY&R, e Wunderman e J. Walter Thompson, que se tornou Wunderman Thomspon.

“Nossa nova oferta de criatividade impulsionada pela tecnologia deu certo com os clientes, já que tivemos boas taxas de retenção e conquistas importantes. Instagram e Mondelez estão entre as conquistas criativas, e AXA, eBay e Hasbro estão entre as conquistas de mídia”, comentou o CEO.

Meio&Mensagem (28.02.20)


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