TikTok deve negociar com a Oracle operação nos EUA
14 de setembro de 2020 às 13:26
Parceria com a gigante de tecnologia viabiliza negócios no país em meio a problemas geopolíticos entre governo chinês e Donald Trump
Em meio às ameaças de ser bloqueada nos Estados Unidos, a rede social TikTok deve operar no país por meio da Oracle. Segundo informações do jornal The Wall Street Journal, a empresa de tecnologia superou a concorrente Microsoft e deve funcionar como parceira de tecnologia do aplicativo de vídeos curtos no país.
O negócio com a chinesa ByteDance, controladora do TikTok, viabiliza a operação da mídia social nos Estados Unidos. Como não haveria troca significativa de ativos financeiros, o negócio não tem sido tratado como aquisição do TikTok pela Oracle, mas como uma parceria. Desde o último dia 6 de agosto, o governo de Donald Trump vem ameaçando impedir a presença do aplicativo no país alegando ameaça econômica e de segurança nacional.
Para que a operação seja concretizada, a Casa Branca e o Comitê de Investimento Estrangeiro precisam aprovar o acordo. O governo de Donald Trump alega que a ByteDance não tem sido transparente no uso de dados de seus usuários e que poderia estar utilizando as informações privadas de americanos para finalidades econômicas. Como condição para se manter nos Estados Unidos, o presidente norte-americano deu como prazo até o dia 15 de setembro para que a ByteDance vendesse sua operação para uma empresa americana.
Apesar de a Oracle e TikTok não terem confirmado o negócio oficialmente, a Microsoft publicou comunicado neste domingo (13) informando a decisão da ByteDace pela concorrente Oracle. O comunicado foi compartilhado pela Folha de S.Paulo:
“Estamos confiantes em que nossa proposta teria sido boa para os usuários do TikTok e ao mesmo tempo protegeria os interesses de segurança nacional”, afirmou a companhia. “Para fazê-lo, teríamos promovido mudanças consideráveis a fim de garantir que o serviço atenda aos padrões mais elevados de segurança, privacidade, proteção online e combate à desinformação, e deixamos esses princípios claros em nosso comunicado de agosto”.
Fonte: PropMark