TikTok começa a derrubar propagandas de perda de peso

24 de setembro de 2020 às 14:23


Conteúdo que promova dietas perigosas e transtornos alimentares será banido do app da ByteDance

por Matheus Fiore

Talvez hoje o TikTok seja a principal rede social do mundo, e por isso é também um dos principais alvos para anunciantes de produtos e serviços. Um dos mercados que mais visa o lucro com divulgação nas redes sociais é justamente o de fórmulas de perda de peso, seja por dietas, recomendações de exercícios ou soluções milagrosas e muito pouco confiáveis. O app da ByteDance, entretanto, está indo atrás dessas propagandas e removendo todas de sua plataforma.

Essas propagandas muitas vezes promovem dietas perigosas. A nova política da empresa proíbe apps que promovam suplementos de perda de peso e soluções mágicas para o emagrecimento. Além do possível dano a saúde dos usuários em casos de tratamentos sem recomendação ou aprovação médica, esses anúncios também promovem uma cultura de padrões corporais prejudicial para a formação psicológica de jovens.

O TikTok também anunciou uma parceria com a National Eating Disorder Association para identificar hashtags e pesquisas relacionadas ao assunto, o que ajudará o app a evitar novos problemas relacionados ao tema futuramente e também a identificar criadores de conteúdo que estejam quebrando as novas normas de uso da plataforma.

Ao longo do último ano, o TikTok foi muito criticado por ser conivente com conteúdo relacionado a desordens alimentares e dietas perigosas. Em fevereiro, o BuzzFeed noticiou que o app estava infestado de conteúdo que promove desordens alimentares em prol do emagrecimento, e que isso afetava usuários mais sensíveis.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que o TikTok se envolve em uma polêmica relacionada ao assunto. Em 2019, porém, foi um caso negativo para a empresa, já que a ByteDance admitiu que censurou criadores de conteúdo gordos, LGTQ+ e autistas. A empresa responsável pela rede social confessou reduzir o alcance de quaisquer publicações feitas por pessoas “propícias” ao cyberbullying e ao assédio, incluindo os membros dessas comunidades.

Em março de 2020, porém, a empresa criou um conselho para encontrar novas formas de lidar com assuntos sensíveis e como abordar conteúdo perigoso em sua plataforma, o que provavelmente influenciou bastante nas novas diretrizes que permitem o app remover conteúdo que promova dietas perigosas e transtornos alimentares.

Fonte: B9


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