Quais serão as tendências de consumo para a geração Z em 2023

21 de dezembro de 2022 às 15:53


Segundo os especialistas da Pira, o investimento na conexão com o público é o caminho para as marcas otimizarem as ações de comunicação
Neste momento de transição para o próximo ano, as marcas se preparam para atender as demandas de consumo que devem ganhar destaque em 2023. Pensando nisso, a Pira preparou um relatório com as tendências de consumo que devem tomar conta da geração Z em 2023.

Segundo os especialistas da empresa, o investimento na conexão com o público é o caminho para as marcas otimizarem as ações de comunicação por meio de plataformas digitais como TikTok, Youtube e Instagram.

“Consumir conteúdo em vídeo é uma característica dos brasileiros observada já há um bom tempo. No entanto, temos acompanhado uma grande aceitação dos conteúdos disponibilizados em vídeos curtos, como os usados em reels do Instagram, Shorts do YouTube e no TikTok. Este formato se destaca por conter menos interrupções e mais entretenimento”, afirmou Kim Nery, COO e diretor de criação da Pira, baseado em um dado divulgado pela Kantar Ibope Media que mostrou que 80% dos brasileiros assistem vídeos online gratuitos e, desta fatia, 72% o fazem por meio de redes sociais.

Já para o CEO e Diretor Executivo da Pira, Filipe Ratz, as marcas precisam levar seus produtos e serviços para onde está concentrado o seu público alvo, adaptando-se não somente às demandas, como também às exigências apresentadas por seus consumidores.

“Aqui falamos de gerar conexão. Quando determinada marca investe na adaptação de linguagem e postura e leva seu produto ou serviço para as plataformas onde o público está, as chances de sucesso e conversão são, na maioria das vezes, imensas”, completou o executivo.

Veja quais tendências os especialistas da Pira destacaram para 2023:


Live Stream 4.0
De forma a complementar determinado conteúdo audiovisual, o Live Stream 4.0 se destaca como forte tendência para o próximo ano. Para os especialistas da empresa, formatos como este tendem a amplificar a experiência do usuário, pois passa a sensação de assistir ao conteúdo “lado a lado” com diversas pessoas, possibilitando interações e engajamento de telespectadores.

Text to image AI
Trata-se da tecnologia de inteligência artificial na qual é permitido criar imagens apenas com descrições textuais. Segundo Nery, os maiores players do mundo já têm utilizado a tecnologia, como o Canva e o aplicativo Lensa que tem gerado repercussões, transformando fotos dos usuários em avatares.

ESG
Há tempos, temas relacionados ao meio ambiente, a questões sociais e de governança têm norteado o posicionamento de empresas ao redor do mundo. Se posicionar de forma favorável e coerente tende a trazer ainda mais valor para a marca no longo prazo. No próximo ano, os especialistas da Pira esperam que o ESG continue ativamente na agenda de companhias dos mais variados tamanhos e segmentos.

“Para se manter relevantes, as empresas precisam deixar os modelos antigos, com foco no cliente e adotar uma visão centrada na vida, que vê as pessoas de modo mais holístico”, ressaltou Kim.

Música negra e urbana e regionalização
Neste ano, artistas negros ganharam mais espaço nas plataformas e streamings de músicas, com gêneros como rap, trap, hip-hop e música negra urbana. Além disso, durante a pandemia, houve uma explosão da força feminina na música, assim como maior visibilidade para a música nordestina.

“As plataformas começaram a dar mais protagonismo a artistas até então sem espaço no mainstream, possibilitando maior alcance da audiência. Percebemos um movimento, no qual algoritmos de plataforma de música têm possibilitado a ascensão de gêneros musicais, antes marginalizados, a um número cada vez maior de ouvintes”, destacou Filipe Ratz.

eSports
A 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), divulgada no início deste ano, apontou que cerca de 75% dos brasileiros se reconhecem como gamers. Trata-se de um público bastante significativo e com grande poder de influência no mercado atual.

Recentemente, grandes players do mercado tradicional adotaram a tendência, como foi o caso de bancos como Itaú e Banco do Brasil, além de grandes empresas de segmentos como telefonia, indústria de automóveis e varejo, no caso da Riachuelo.

“O campeonato IEM Major Rio, do jogo Counter Strike, realizado no Rio de Janeiro movimentou uma audiência mundial, apontando que os jogos estão cada vez mais inseridos no cotidiano, com destaque para os jogos mobile, uma tendência ainda mais democrática, uma vez que abre espaço para aqueles que não possuem recursos para investir em equipamentos como o PC gamer. Além disso, também temos a CCXP, que neste ano, em um único dia, reuniu mais de 70 mil pessoas, se tornando a maior maior celebração da cultura pop e geek do mundo”, explicou Kim Nery.

Tecnização
Para os especialistas, aderir conceitos de tecnologia, análises de dados, inteligência artificial e machine learning tem sido fundamental para empresas evoluírem e criarem novos modelos de negócios.

Segundo eles, essa é uma tendência que deve atrair cada vez mais consumidores, visto a possibilidade de estabelecer maior conexão e otimizar a experiência dos usuários. Como exemplo, os especialistas destacam o Nubank que, mesmo sem ser um banco e sim uma fintech, conseguiu se estabelecer fortemente como um player financeiro entre os grandes tradicionais, tendo como carro-chefe diferencial a tecnologia e a experiência proporcionada aos seus clientes.

“Quando analisamos a história, desde que o mundo é mundo, são os jovens que constroem as tendências e as popularizam junto às demais gerações, como foi o caso do festival Woodstock, que movimentou o rock mundial, junto ao público de aproximadamente 25 anos. Hoje, esse mesmo pessoal tem em torno de 70 anos e resiste às mudanças de geração similares a sua. Agora não é diferente e cabe às marcas acompanharem de perto as novidades e aproveitá-las para otimizar seus produtos e serviços”, finalizou Ratz.

Fonte: PropMark


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