Pagamento por aproximação cresce 326% em 2020

9 de fevereiro de 2021 às 14:15


Itaú Unibanco lança estudo sobre comportamento de consumo, que será divulgado trimestralmente

Por Janaina Langsdorff

Pagamento por aproximação é um dos hábitos que devem se manter após a pandemia da Covid-19 (Freepik)

A pandemia da Covid-19 fechou portas, mas abriu oportunidades capazes de transformar em hábito o que antes era apontado como tendência. A quantidade de pagamentos realizados por meio das soluções de pagamentos por aproximação, conhecidas pela sigla NFC (Near Field Communication), por exemplo, cresceu 326%. Antes da quarentena, os pagamentos por aproximação avançavam a uma taxa média mensal de 2,3%.

“É um comportamento que deve perdurar após a pandemia”, disse Moisés Nascimento, diretor de estratégia e engenharia de dados do Itaú Unibanco, durante o lançamento do relatório “Análise de Comportamento de Consumo”, apresentado na manhã desta terça-feira (9) pelo banco.

Desenvolvido pela diretoria de estratégia e engenharia de dados em parceria com a área de pagamentos da instituição, o estudo será divulgado trimestralmente. O objetivo é analisar dados relativos às compras feitas com cartões de crédito e débito emitidos pelo Itaú Unibanco e às vendas transacionadas pela empresa de meios de pagamento Rede para entender as mudanças no comportamento do consumidor.

O fechamento de clubes e academias, que tiveram queda no faturamento de mais de 30% em 2020, também evidencia as novas alternativas que surgiram para a prática de exercícios físicos e ocupação mental. Conclusão? As vendas de bicicletas cresceram 54,4% em faturamento, e as de equipamentos de streaming, livros, games e instrumentos musicais registraram uma alta de 40,4%.

Moisés Nascimento, diretor de estratégia e engenharia de dados do Itaú Unibanco, apresenta o relatório “Análise de Comportamento de Consumo” (Reprodução)
Outra descoberta do estudo feito no ano passado foi a queda com os gastos no transporte urbano e turismo, que caíram respectivamente 38,6% e 43,8, na comparação com 2019. Em compensação, o home office elevou em 39% os gastos com móveis de escritórios, seguido por materiais de construção e artigos para decoração e jardinagem (29,8%) e pets (13,2%).

O maior impacto causado pela pandemia da Covid-19 foi sentido em abril com um recuo de 22,4% nos valores transacionados na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Atacadistas, materiais de construção, mercados, drogarias e cosméticos são os segmentos que puxaram a recuperação do consumo a partir do terceiro trimestre de 2020, que fechou com faturamento 3,2% superior em relação ao ano de 2019. Já os setores de turismo, vestuário, cultura, esportes e entretenimento, e educação foram os que amargaram os piores resultados.

As vendas do segundo semestre no varejo físico compensaram parte das perdas verificadas no início de 2020. Já o e-commerce transacionou 19,4% mais do que no ano anterior, com crescimento mais acelerado em restaurantes, atacadistas e materiais de construção. Ao final de 2020 os meios digitais já respondiam por 18,9% do total transacionado pelo varejo, contra 16,3% um ano antes.

Para evitar o deslocamento e despesas com fretes, as pessoas optaram por reduzir o consumo, elevando o tíquete médio de cada transação em 6,9% ante 2019. O crescimento foi mais acentuado entre os consumidores de maior poder aquisitivo, que aumentaram a quantidade de parcelas para efetuar o pagamento dos bens adquiridos.

Fonte: PropMark


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