“Mais de 500 marcas apostaram na Globonews”
27 de outubro de 2020 às 12:42
Leia a entrevista com Miguel Athayde, diretor de jornalismo do canal de notícias do Grupo Globo
Por Paulo Macedo
Em ano atípico e cercado de protocolos de segurança devido à pandemia, a GloboNews está mais seletiva nos debates de candidatos nas eleições municipais de 2020. Miguel Athayde, diretor de jornalismo do canal de notícias do Grupo Globo, disse que a cobertura da eleição será multiplataforma e a equipe estará atenta às fake news. As pesquisas da Kantar Ibope e do DataFolha também serão compartilhadas entre as plataformas do grupo. Athayde explica que mais de 500 marcas estão presentes na grade comercial da emissora, que está completando 24 anos de atividades.
Qual a importância das eleições municipais de 2020 para a GloboNews do ponto de vista editorial? Como a GloboNews está se preparando para a cobertura e como está a sua mobilização para esse pleito? O que será preponderante na pauta da GloboNews?
A GloboNews dedica sempre espaço nobre e amplo à cobertura política – sobretudo em períodos eleitorais. É a nossa missão, é a nossa vocação, é o nosso compromisso: informar, esclarecer, debater, prestar serviço. É uma parceria antiga do canal com o telespectador, que se renova este ano com mais uma novidade: a estreia do Papo de Política – Especial Eleições. O programa reúne quatro talentos do nosso jornalismo: Natuza Nery, Andreia Sadi, Maju Coutinho e Julia Duailibi. Tem análise, tem bastidor, tem muita explicação sobre as campanhas em todo o Brasil. Vai ao ar toda sexta-feira, no Edição das 16h. Teremos também outra marca das nossas coberturas especiais: a Central das Eleições, dentro do Jornal das Dez, comandado pelo Heraldo Pereira. Sempre que Ibope e Datafolha divulgarem pesquisas de intenção de voto, teremos Central, entrevistando, ao vivo, os representantes dos dois institutos. E, claro, preparamos uma cobertura especialíssima para os dois dias de apuração – primeiro e segundo turnos. Serão dois domingos (15 e 29 de novembro) totalmente dedicados à votação e à marcha da apuração – com muita agilidade e muita análise.
Quais âncoras foram escolhidos para essa demanda? Além da programação específica, como a grade vai estar comprometida com as eleições?
Todo o nosso time de apresentadores, comentaristas e colaboradores participa da cobertura das eleições municipais. Além da programação específica mencionada, todos os nossos jornais estão dedicados ao registro e à análise do noticiário político. De segunda a domingo. De manhã, à tarde e à noite. São, diariamente, 20 horas de noticiário quente, ao vivo.
É uma preparatória para as eleições majoritárias de 2022?
É mais uma eleição importantíssima para o Brasil, para os assinantes e, portanto, mais uma cobertura muito relevante para a GloboNews.
A GloboNews tem um benchmark para a sua cobertura?
A GloboNews está completando 24 anos de história. Nessa longa trajetória, realizamos muitas coberturas eleitorais e buscamos sempre avançar nos nossos compromissos com o público: oferecendo conteúdo relevante, inovando em formatos, integrando cada vez mais as nossas plataformas, investindo em tecnologia que ofereça uma cobertura com muita agilidade e clareza para o nosso assinante.
A emissora está programando debates com os candidatos? Como o planejamento está sendo estruturado?
Desde o início da pandemia, a Globo tem se esforçado ao máximo para esclarecer o público sobre como evitar o contágio pelo coronavírus. Como prestam um serviço essencial, seus jornalistas não pararam de trabalhar, mas seguem um rígido protocolo para evitar ao máximo que adoeçam. No planejamento para cobrir as eleições municipais, acreditou-se que o país chegaria a outubro com taxas de contágio sob controle, o que, infelizmente, não ocorreu. Colocamos a saúde de todos os envolvidos em primeiro lugar – a saúde da nossa equipe, a saúde dos candidatos e a saúde dos seus assessores. Por tudo isso, a Globo decidiu que só fará debates no primeiro turno onde haja acordo entre os partidos para que apenas os quatro mais bem colocados candidatos na pesquisa eleitoral mais recente (Kantar Ibope ou DataFolha) participem dos debates. A Globo vai lutar por esse acordo. O debate de segundo turno permanece com a data prevista. Da mesma forma, as entrevistas em estúdio com os candidatos também não serão feitas. A Globo está fazendo uma cobertura das eleições ainda mais extensa que em anos anteriores, com assuntos temáticos, abordando com mais intensidade aqueles de maior interesse do público revelados por pesquisas e esmiuçará os planos dos candidatos e como pretendem alcançá-los, os pontos polêmicos de cada candidatura, ouvindo diariamente os candidatos sobre os temas abordados, mas de forma segura. E divulgará pesquisas eleitorais da Kantar Ibope e/ou DataFolha. O jornalismo está fazendo o que tem feito ao longo de toda essa pandemia: oferecer informação de qualidade, mas seguindo todos os protocolos sanitários. E precisa dar o exemplo. Não pode cobrar dos outros o que não faz para si.
O ímpeto dos candidatos em expor apenas as suas estratégias de campanha tem algum police? Ou não? Há algum protocolo para agressões raciais e de diversidade?
O jornalismo da Globo abrirá espaço, como sempre, para os candidatos apresentarem ideias e planos de governo. Serão tratados com profissionalismo e respeito. A Globo tem compromisso com a diversidade e repudia todas as formas de preconceito e agressão.
A GloboNews está encomendando pesquisas de intenção de voto? E de outras situações relacionadas às eleições?
A Globo contratou pesquisas eleitorais da Kantar Ibope e do DataFolha, que serão divulgadas em todas as plataformas. Assim que os resultados forem divulgados, serão amplamente analisados pelo nosso time de comentaristas.
O conteúdo gerado será exclusivo para as plataformas da GloboNews ou será compartilhado com os demais veículos do Grupo Globo seguindo a métrica Uma só Globo?
A Globo faz sempre uma cobertura multiplataforma, com TV Globo, GloboNews e G1. Essa integração é permanente. A estrutura da Globo conta com mais de 2 mil profissionais ligados à atividade jornalística. E, com a nossa rede de afiliadas, são mais 2,5 mil profissionais nos conectando a todos os estados e ao Distrito Federal.
Qual o cuidado com as fake news nessas eleições? E com as deep fakes? O conteúdo da GloboNews pode ser usado com a metodologia das deep fakes?
Apuramos exaustivamente cada informação. Combatemos a desinformação com jornalismo profissional e isento. Construímos diariamente a nossa relação de confiança com o público. E, nessas eleições, o público contará mais uma vez com o projeto Fato ou Fake, serviço de checagem formado por equipes de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo. O serviço, inclusive, é um dos parceiros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater a disseminação de informações falsas nas eleições. Ainda não tivemos casos de utilização do conteúdo da GloboNews para produção de vídeos deep fakes. Mas, se acontecer, usaremos todas as ferramentas disponíveis para prestar esclarecimentos com agilidade.
A programação de eleição é uma oportunidade para marcas/anunciantes veicularem publicidade na grade da GloboNews?
Há oportunidades em toda a programação, o ano inteiro – e em todas as nossas plataformas de jornalismo, que trabalham sempre integradas, o que amplia muito o nosso alcance. Durante a cobertura das eleições, o interesse do público é ainda maior. E isso se reflete positivamente na nossa audiência.
Qual deve ser a perspectiva de marcas/anunciantes ao escolherem a GloboNews para anunciar, não só nas eleições, mas também em outras ocasiões?
Credibilidade. Um canal que tem história. São 24 anos de compromisso com o jornalismo profissional. Isento, ágil, correto. E um canal que está sempre em movimento, investindo no futuro, em novas tecnologias. Este ano, desde o início da pandemia, mais de 500 marcas apostaram na GloboNews, nessa parceria, encontrando na nossa grade espaço, responsabilidade, oportunidade, retorno. A GloboNews tem 20 horas de conteúdo ao vivo. Notícia, o tempo todo. Informação relevante. Muita análise – com um grande e experimentado time de comentaristas. Temos programas especiais, documentários premiados, muitas entrevistas, além de debates construtivos e plurais. Nossa paixão é a notícia. E os resultados expressivos de audiência evidenciam a nossa conexão com o público. A GloboNews é líder absoluta, em toda a TV por assinatura, no público AB. Temos quase o triplo da audiência (+192%) sobre o segundo canal de notícias. E tem, em 2020, 82% mais de audiência que a soma de todos os canais de notícia da TV por assinatura.
A publicidade é uma garantia para a liberdade de imprensa? Qual é a sua opinião?
A liberdade de imprensa é uma garantia da Constituição. É um pilar da democracia. Portanto, um valor fundamental para a atividade jornalística, para a atividade publicitária, para os cidadãos, para uma sociedade livre.
Fonte: PropMark