Google lança centro de transparência sobre publicidade

29 de março de 2023 às 14:10


Usuários terão acesso a informações sobre anunciantes e campanhas veiculadas nas plataformas do Google


Thaís Monteiro

Nesta quarta-feira, 29, o Google lança uma nova ferramenta que visa dar maior transparência ao usuário sobre os anunciantes e campanhas que são exibidas nas plataformas da empresa, como buscas, YouTube e Display. O Centro de Transparência de Anúncios será disponibilizado de forma global nas próximas semanas.

Google IA
Empresa dá mais um passo em prol da transparência na relação anunciante e usuário (Crédito: Jay Fog/ Shuttestock)

Na Central de Transparência de Anúncios o usuário pode pesquisar empresas ou anúncios e acessar informações sobre o anunciante, quais campanhas do mesmo foram veiculadas nas plataformas do Google, em que regiões do país o anúncio foi exibido, quando e em que formato ele foi veiculado pela última vez.

Há, ainda, um elemento de personalização possível. Os usuários podem curtir, bloquear ou reportar alguns anúncios, selecionar se quer ver mais ou menos publicidades de cada empresa ou segmento e configurar outras preferências. Para isso, ele deve acessar o Minha Central de Anúncios, ferramenta de controle de publicidade lançada em outubro de 2022 para usuários.

Centro de transparência google
Segundo Alejandro Borgia, diretor de produto para segurança de anúncios do Google, será possível acessar anúncios do último mês. “O centro vai ajudar os usuários a entenderem quem está por trás dos anúncios online. Usuários precisam confiar nas informações online e queremos evitar scams e falsas informações. Vemos essa ferramenta como diferencial em um ambiente competitivo”, descreveu em coletiva de imprensa.

Restrições à anúncios feitas pelo Google em 2022
Desde 2011, o Google publica um relatório que detalha avanços da empresa no combate a conteúdo falso, anúncios que infringem as políticas das plataformas e outras questões relativas a segurança e publicidade.

No relatório sobre 2022, o Google consta ter identificado um aumento de 2 bilhões de anúncios removidos em relação a 2021. No total, a empresa removeu 5,2 bilhões e restringiu 4,5 bilhões de anúncios e suspendeu 6,7 milhões de contas de anunciantes. 1,5 bilhões de publishers tiveram suas páginas restritas de receber peças publicitárias. Essas ações são uma combinação de sistemas de inteligência artificial, machine learning e revisão humana.

“Os anunciantes têm boas intenções, mas eles acabam infringindo mais políticas relacionadas a conteúdos inapropriados, abusar da sua rede, dissimular suas ações, divulgar softwares maliciosos”, disse Borgia.

Assim como contabiliza o número de restrições feitas, o Google também divulga a quantidade de política revistas durante o ano. Em 2022, a empresa criou ou atualizou cerca de 29 políticas para anunciantes e publishers, algumas delas relacionadas a verificiação de serviços financeiros, publicidade para adolescentes e para o período eleitoral.

Esses três temas atualizados fazem parte de uma série de desafios identficados pela empresa na sua tarefa de avaliação de anúncios.

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Segundo o Google, as fraudes e golpes estão em ascenção. Anúncios enganosos tem gerado prejuízo financeiro para usuários. Assim, a empresa expandiu seu programa de certificação de serviços financeiros. A partir dele, empresas relacionadas ao setor devem ser autorizadas por órgão regulador para fazer anúncios de seus serviços.

A desinformação continua a ser combatida a partir de novas políticas contra declarações falsas relacionadas ao processo eleitoral e consensos científicos relacionados a mudanças climáticas.

Em 2022, a Guerra entre Rússia e Ucrânia exigiu novos esforços da empresa de tecnologia para essa siuação em específico. Alguns deles envolveram proibir anúncios que expressam algum julgamento sobre a guerra, assim como conteúdo que incita ou nega esses eventos. O Google também parou veicular anúncios de negócios na Rússia e monetizar conteúdo financiado pelo governo do país.

Em 2022, o Google também parou a exibir alguns anúncios para menores de 18 anos, como de aplicativos de namoro, concursos, sorteios e produtos relacionados à perda de peso.

Fonte: Meio&Mensagem


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