Fora do Brasil, agências avaliam necessidade do retorno às sedes
11 de setembro de 2020 às 11:52
Home-office também virou prática das empresas criativas estrangeiras
Por Leonardo Araujo
O home-office virou prática do mercado publicitário mundo afora. Agências estrangeiras também vivem o dilema do retorno, já relatado pelas empresas criativas brasileiras.
A Santo, de Buenos Aires, por exemplo, ainda não tem previsão. “E não vai ser algo que a gente considere obrigatório quando voltarmos, acho que o retorno vai ser progressivo”, disse um porta-voz da agência. Para ele, o home office vai se sustentar. “Já que conseguimos trabalhar nessas condições por sete meses”, completa.
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A Accenture, cuja presença se faz em mais de 120 países, fala que as situações variam ligeiramente de acordo com o mercado. Porém, a abordagem geral é um plano de retorno ao escritório deliberado, abrangente e detalhado à medida que os governos começam a aliviar as restrições, o que ajuda na tomada de decisão, mas não garante automaticamente que as pessoas retornarão. “Nossas avaliações são orientadas por um processo organizado globalmente que é implementado em nível local, em estreita consulta com nossos clientes, sendo a segurança e o bem-estar de nossas pessoas a principal prioridade”, relatou a empresa.
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Em Portugal, depois de seis meses em quarentena, “as coisas parecem começar a voltar a alguma normalidade”, conforme conta Sávio Hatherly, diretor de arte sênior na FCB Lisboa. “Na verdade, Portugal se prepara neste mês de setembro para o regresso ao escritório, o que implica também no regresso às aulas. Conversando com alguns amigos de diferentes agências, sinto que a volta é um pouco diferente de agência para agência. Existem todos os tipos de configurações possíveis, empresas que já estão trabalhando a 100% (nem que seja somente a equipe criativa), outras que por conta de alguma necessidade especial têm e vão continuar a ter pessoas trabalhando de casa e ainda as que já haviam voltado há algum tempo. De qualquer forma, a volta está sendo gradual e com um certo planejamento em relação à distribuição de pessoas”.
Já em Londres, a volta também é ponderada e obedece a diversas regras, conforme relata um brasileiro que trabalha numa das grandes agências da região. “A agência abriu, mas há um limite de pessoas e é preciso reservar uma semana antes, além de uma lista de protocolos para seguir, se você quiser ir trabalhar no escritório. Eles abriram agora porque há muita gente que não tem estrutura para trabalhar em casa, ou que tem estrutura, mas está meio que improvisado e a pessoa não está conseguindo trabalhar”, explica.
Fonte: PropMark