Estudo aponta queda de intenção de consumo em 2020

12 de março de 2020 às 11:16


Relatório do Boston Consulting Group afirma que mais de 80% de entrevistados devem diminuir gastos até o fim do ano.

Estudo aponta que 40% dos consumidores pretendem aumentar gastos em categoria Comida e Saúde (Crédito: FG Trade/ iStock)

Neste ano, os consumidores brasileiros pretendem continuar a reduzir despesas, mas em ritmo mais lento do que em anos anteriores, aponta a consultoria Boston Consulting Group. Por outro lado, segundo a consultoria, uma parcela relevante dos consumidores está mais disposta a aumentar os gastos seletivamente, em especial com produtos de melhor qualidade.

O estudo ouviu três mil entrevistados em formulário digital durante o mês de dezembro. Ao todo, 81% dos entrevistados pretendem diminuir gastos, mas 73% do total pretende diminuir em até 10%, enquanto, no ano passado, a maioria pretendia economizar 40%.

A consultoria analisou, também, quatro categorias separadas. Em Beleza, Fashion & Acessórios, a porcentagem daqueles que querem elevar os gastos para adquirir produtos de maior valor saltou de 34% para 51%. Em Produtos para Casa, Serviços & Mídia, o índice cresceu de 41% para 59% e na categoria Comida & Saúde, o indicador foi de 32% para 40%. Viagem e Turismo apresentou mudança relevante, mas o estudo foi realizado antes da crise do novo coronavírus (Covid-19).

Seguindo o comportamento de comprar produtos com maior valor, a intenção de ampliação de compra (trade-up) mostra a crescente preocupação com alimentação saudável: 60% dos produtos alimentícios de maior trade-up nos últimos cinco anos possuem apelo saudável, como alimentos frescos, comida orgânica, peixe e frutos do mar, alimentos cultivados localmente e comida sem conservantes.

Os produtos com maior intenção de redução no consumo (trade-down) confirmam a preocupação de alimentação saudável, sendo refrigerantes, comida enlatada, salgadinhos, fast-food e hambúrguer os que mais sofrem com a tendência.

Jornada completa

O estudo identificou padrões na jornada do consumidor. Cada vez mais online, características como avaliações, preço, método de pagamento e promoções aumentam de relevância na decisão de compra do consumidor, segundo o estudo.

Entretanto, a preferência para efetuar a compra ainda é offline: 64% optam por comprar em lojas físicas ou telefones. No entanto, algumas categorias já constatam alta penetração online, como Viagens, Turismo & Mobilidade (61%). Por outro lado, as áreas de Comida & Saúde são predominantemente offline, preferência de 80% dos respondentes.

Meio&Mensagem (12.03.20)


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