Como o 5G está evoluindo na América do Sul

2 de março de 2022 às 15:35


Região já conta com 14 redes 5G operacionais, em 7 países, além dos testes realizados em telemedicina, educação, redes privadas e realidade virtual

Taís Farias

Stand brasileiro no Mobile World Congress 2022 (Crédito: Victória Navarro)

A América do Sul já conta com 14 redes 5G operacionais. As redes estão distribuídas em sete países da região: Brasil (quatro redes), Chile (três redes), Peru (três redes), Colômbia (uma rede), Suriname (uma rede), Uruguai (uma rede) e Argentina (uma rede). Além disso, testes em 5G já foram anunciados em oito países. Os dados são fruto de uma pesquisa da 5G Americas, associação setorial de provedores e fabricantes do setor de telecom, com base em informações de órgãos reguladores, agências e operadoras.

Campeão em número de redes, o Brasil aloca capacidade compatível com 5G para as faixas de 700 MHz, 2,3GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. O País também usa 2,5 GHz em 5G DSS, alternando com 4G. Outras faixas potenciais consideradas são: 1,9 GHz, 2,5 GHz e 39,5 GHz. Assim como aconteceu no Brasil, com o “Leilão do 5G”, parte das redes foram implantadas em faixas de frequência licenciadas por meio de licitações. No entanto, em outros países como Peru e Uruguai, os governos autorizaram mudanças nas licenças de espectro já existentes para permitir novos serviços sem fio.

Em sua maioria, os países da América do Sul têm considerado o espectro das faixas de 3,5 GHz e 26 GHz para o desenvolvimento da 5G. No entanto, outras faixas como 600 MHz, 700 MHz, a Banda L, 2,3 GHz, 2,5 GHz e 28 GHz também estão dentro do planejamento. Já entre os testes realizado destacam-se casos de usos envolvendo telemedicina, educação, redes privadas para uso industrial, games, cidades inteligentes e realidade virtual.

Conexões móveis

No relatório Mobile Economy 2022, a GSMA, organizadora do Mobile World Congress, analisou o desempenho da indústria móvel na América Latina. O estudo estima que as conexões via smartphone atingiram a marca de 500 milhões em 2021, o que representa uma taxa de adesão de 74% na região. Esse número deve chegar a 80% nos próximos quatro anos, com um ganho de pelo menos 100 milhões de acessos. A pesquisa também revelou que, já em 2020, os serviços móveis e a tecnologia representaram 7,1% do PIB da América Latina.


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