Uso do WhatsApp em estratégias de Marketing cresce no Brasil

26 de julho de 2024 às 15:37


Times comerciais entrevistados pela RD Station disseram que o app entrega a maior taxa de sucesso no contato com os leads

70% das empresas brasileiras utilizam o WhatsApp para executar estratégias de Marketing e vendas, conforme apontam dados levantados pela RD Station no estudo Panorama de Marketing e Vendas 2024. O número representa um notável crescimento do uso do app em comparação ao ano passado, quando cerca de 60% das organizações o utilizavam de forma estratégica.

Elencando os benefícios oferecidos pela ferramenta, os times comerciais consultados pela RD disseram que o canal possui a maior taxa de sucesso no contato com os Leads (70%), colocando-se à frente de práticas como a visita presencial (32%) e as chamadas por telefone (31%).

Para Bernardo Brandão, CMO da RD Station, a origem da significativa diferença entre os canais é bem clara: o WhatsApp está instalado no smartphone de 99% dos brasileiros, cenário que impulsiona um crescimento exponencial na adoção de estratégias conversacionais entre profissionais de Marketing e de vendas.

Por se tratar de um canal versátil, prossegue Brandão, a ferramenta oferece a maior taxa de sucesso e oportunidades, podendo ser utilizada desde a captação de Leads, passando pela nutrição desses contatos, até follow-up de vendas e pós-venda.

Neste panorama, o envio manual de mensagens individuais ou por listas de transmissão lidera os principais usos da ferramenta (45%), seguido por captação de leads com botão de WhatsApp (44%) e a captação de Leads vindos de anúncios de mídia paga (39%).

Os estudos apontam um uso mais prevalente entre as empresas B2C, com uma taxa de adoção de 72%, em comparação com 61% das empresas B2B. Curiosamente, quando questionados sobre os principais motivos para a não utilização da ferramenta, 31% dos entrevistados mencionaram a falta de conhecimento para o uso estratégico.

Na avaliação de Brandão, esses dados podem ser explicados por diversos fatores, como a natureza das interações, o foco no cliente, a maturidade do mercado e a busca por uma vantagem competitiva. As empresas que ainda não estão utilizando o conversacional, sejam B2B e B2C, devem considerar os benefícios que o conversacional pode trazer para os negócios.

O CMO destaca que a ferramenta oferece grandes oportunidades de crescimento, especialmente na automação de tarefas repetitivas e manuais, como responder a perguntas frequentes, enviar mensagens de boas-vindas e acompanhar pedidos, o que libera tempo para que a equipe se dedique a atividades mais complexas e estratégicas, resultando em um atendimento mais rápido e eficiente. 

Fonte: Mundo do Marketing

Por Ian Cândido – 24/07/2024

95% das marcas pretendem aumentar em creator marketing, afirma pesquisa

às 15:22


Levantamento da BrandLovrs ainda aponta que 50% das empresas enfrentam desafios ao trabalhar com criadores de conteúdo

 BrandLovrs publicou um estudo para entender como as marcas enxergam a creator economy e quais barreiras existem para o sucesso das campanhas entre marcas e criadores de conteúdo.

O levantamento aponta que 95% das marcas pretendem aumentar ou manter seus investimentos em creator marketing. No entanto, cerca de 50% delas enfrentam desafios significativos ao trabalhar com criadores de conteúdo.

De acordo com a pesquisa, cerca de 75% das empresas encontram dificuldades em contratar os creators certos, que se alinhem com os valores e a estética da marca, e 35% apontam qualidade do conteúdo como uma preocupação.

Além disso, a mensuração do retorno sobre o investimento (ROI) também é um ponto de atenção para 29% das empresas. Outros desafios incluem a gestão do relacionamento com os criadores e as burocracias jurídicas e financeiras, mencionadas por 15% e 13% das marcas, respectivamente.

“Essas informações apontam que há muita oportunidade para marcas e creators alavancarem seus resultados e a tecnologia tem um papel fundamental para tornar escalável a colaboração entre os anunciantes e produtores de conteúdo”, explica Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovrs.

Fonte: Por propmark – 26 de Julho de 2024

O que os executivos de marketing brasileiros esperam da IA

às 14:53


Com apoio da ARP, estudo ouviu 313 profissionais, dos quais 68% afirmam estar preparados para os desafios que a tecnologia traz

Uma pesquisa da KPMG de 2023 mostrou que os brasileiros estão na terceira posição entre os países do mundo que mais confiam na inteligência artificial. Esse estudo mostra que enquanto apenas metade da população mundial acha que os benefícios da IA superam os riscos, aqui no Brasil essa é a opinião de 71% da população. E essa constação tem reflexo imediato nos profissionais de marketing do país, de acordo com a pesquisa ‘Como o profissional de marketing brasileiro se relaciona com a inteligência artificial’, realizada pela Cordão com o apoio da ARP (Associação Riograndense de Propaganda),  E-commerce Brasil, Grupo de Planejamento, Pmweb, Padrinho Assessoria e Share.

O estudo concluiu que 99% dos executivos de marketing do país estão otimistas, abertos e que a IA vai revolucionar a atividade. Desse volume, 60% acreditam que o efeito da IA é sintomático; para 26%, a revolução acontecerá de fato em 2025; para 13%, nos próximos dois anos; e  nunca para apenas 1%. O cenário descortina a palavra que vem de forma imediata à mente dos marketeiros: ChatGPT. “De forma geral, as palavras relacionadas ao assunto têm conotação positiva no sentido de auxílio, produtividade e inovação”, destaca a pesquisa, que também aponta tecnologia, complementaridade, agilidade, automação, dados, transformação e, por exemplo, criatividade, no repertório de expressões de IA.

Apesar das incertezas sobre agenda futura, o profissional de marketing brasileiro se declara preparado para lidar com o crescimento da IA. 3% se consideram especialistas no tema; 17% afirmam que seu conhecimento é acima da média;  48% dizem que estão na média; 26% estão abaixo; e 6% reconhecem que têm pouco ou nenhum conhecimento.

Para 18% dos anunciantes, a cautela sobre IA está na pauta e se sentem menos preparados. Mas as agências de publicidade, uma base de 68%, estão entusiastas. E as consultorias revelam otimismo com 60%. Por outro lado, o uso de ferramentas de IA já é recorrente na rotina de 40% dos ouvidos pela Cordão; 42% usam eventualmente; 13% fazem testes; e 5% afirmam que nunca usaram a ferramenta.

“O primeiro uso de IA foi principalmente motivado pela descoberta de uma ferramenta útil para uma necessidade específica. Mas, chama a atenção o quanto o profissional de marketing também fez o primeiro uso motivado pelo desejo de testar uma novidade ou pela influência de pessoas mais ligadas em tecnologia – o que reforça a predisposição a experimentar novas ferramentas por parte dos profissionais. No entanto, uma minoria foi incentivada pela empresa que trabalha, demonstrando que há pouco incentivo institucionalizado para o uso da IA dentro das organizações”, pondera o estudo ‘IA no marketing — Como o profissional de marketing brasileiro se relaciona com a inteligência artificial?’

“Este relatório é baseado em uma pesquisa com mais de 313 profissionais de marketing brasileiros, cujas respostas fundamentam os dados e gráficos quantitativos apresentados. A coleta de dados foi realizada através de formulário online de autopreenchimento e a amostra foi por conveniência. Os dados quantitativos foram analisados considerando as tendências do mercado, informações globais e entrevistas aprofundadas com especialistas”, esclarece Daniele Lazzaroto, da Cordão, responsável pelas entrevistas, análises e elaboração do relatório.

Fonte: Propmark

Por Paulo Macedo – 25 de Julho de 2024

CLT premium: trend mostra os benefícios que conquistam a geração Z

23 de julho de 2024 às 15:11


Massagem, PLR e home office são vantagens que viralizaram nas redes sociais; confira empresas que oferecem trabalhos de “CLT premium”

Ser “CLT Premium” tem suas vantagens: massagem no escritório, vale-refeição maior que um salário mínimo e academia de graça, entre tantas outras. O termo ganhou destaque nas últimas semanas depois de tomar conta das redes sociais da geração Z. Para quem ficou por fora, jovens profissionais viralizaram no TikTok, Instagram e X (antigo Twitter) com vídeos e posts mostrando os benefícios (inusitados ou nem tanto) que suas empresas oferecem. O pacote envolve desde participação nos resultados até flexibilidade para fazer home office.

Os registros fizeram sucesso entre o público mais jovem e foram parar no LinkedIn trazendo um questionamento: o que é mais importante para as novas gerações? “O modelo de trabalho foi um dos fatores que mais pesou para escolher meu emprego”, conta João*, de 22 anos, que trabalha no Nubank há 2 anos.

Para o consultor de carreira de Harvard Gorick Ng, menos de 2% desse público tem a ambição de subir na pirâmide corporativa. “Talvez porque a ideia de ficar 20 anos em uma empresa possa parecer um compromisso muito grande, talvez porque o ambiente corporativo não seja mais tão legal”, diz o acadêmico e autor, que entrevistou centenas de jovens em todo o mundo, perguntando qual a prioridade deles em suas carreiras.

Para atrair, engajar e reter essa geração – e até mesmo profissionais mais velhos –, as empresas estão fazendo de tudo: dão festas, oferecem folgas e abrem o escritório para os pets.

Um pacote de benefícios que atende as necessidades e vontades dos funcionários pode, de fato, maximizar a oferta de valor das empresas. “Eles são capazes de aumentar o engajamento do time enquanto também otimizam a gestão de custos e reforçam positivamente a marca empregadora para a atração e retenção de talentos”, afirma Fernanda Abilel, professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.

Por outro lado, especialistas de recursos humanos e profissionais do mercado abordam o elitismo presente nos vídeos e questionam se os profissionais mais jovens não estariam deslumbrados em “receber apenas o básico”. “Depois de tantas crises, layoffs e cortes de gastos, parece que oferecer o que era considerado o mínimo passou a ser visto como diferencial competitivo”, escreveu Rafael Camilo, diretor de Estratégia, Conteúdo e Inovação do X na América Latina em um post no LinkedIn.

Mais flexibilidade
Um feriado por mês
Entre os benefícios que viralizaram com a trend, está o da startup Swile. Devido à falta de feriados no Brasil até novembro, todos os funcionários da empresa poderão escolher uma folga por mês. A iniciativa viralizou nas redes sociais e gerou um aumento de 30% das candidaturas para vagas de emprego na companhia. “Temos uma preocupação constante em olhar para o employer branding [marca empregadora] como uma estratégia de marketing e reputação que impacta o mercado de diversas maneiras”, afirma Josiane Lima, diretora de pessoas na Swile Brasil.

Mais home que office
A flexibilidade já é mais importante que o plano de saúde, mostra um estudo da WeWork. Uma pesquisa do Washington Post e Ipsos aponta que 55% dos profissionais que trabalham em casa estariam dispostos a aceitar uma remuneração menor para continuar trabalhando home office.

Enquanto as empresas retomam o modelo de trabalho presencial ou testam o regime híbrido, companhias que permitem maior flexibilidade podem ser mais atrativas.

Uma das corporações que fez sucesso na trend dos CLTs Premium foi o Nubank. O banco funciona com um modelo de trabalho híbrido que consiste em ciclos de dois meses. São sete semanas de trabalho remoto e uma no escritório. Isso ainda permite que profissionais como o João, que são de outras cidades e regiões, trabalhem na empresa sem precisarem viver nos grandes centros urbanos. “Poder ter a liberdade de trabalhar na minha cidade, perto da minha família, em feriados prolongados e férias da faculdade, é algo que, hoje, eu não sei se conseguiria abrir mão”, conta João, que mora no interior de São Paulo.

Massagem no escritório
A maioria dos profissionais ainda precisa ir para o escritório alguns dias na semana, e empresas como a P&G decidiram tornar a rotina no escritório menos estressante oferecendo massagem para os funcionários.

Pet friendly
Ainda assim, sair de casa pode ser difícil para os pais de pet. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de serviços financeiros Empower, 31% dos profissionais da geração Z aceitariam um corte salarial por um trabalho com horários flexíveis para passar mais tempo com seu animal de estimação. O problema, porém, já foi resolvido em algumas companhias no Brasil. Mars e Nestlé são algumas que aceitam os pets no escritório.

Short friday
Formatos como a short friday – expediente mais curto às sextas – também ganharam fama com o ritmo mais leve do último dia útil. Fernanda Ramos, diretora de RH da Ford na América do Sul, explica a escolha da companhia em aderir ao modelo. “Nosso compromisso é criar um ambiente corporativo que valorize e cuide verdadeiramente dos nossos colaboradores.”

Viagens de férias
A startup Férias & Co tem entre os clientes empresas como Basf, Locaweb e Stone, que oferecem viagens de férias como benefício corporativo. Com um portal onde as companhias podem incentivar seus colaboradores com créditos para viagens, a plataforma conquistou a posição número um em adesão de funcionários dentre os benefícios oferecidos, segundo Bruno Carone, CEO da companhia. “Existem alguns benefícios que nem todo mundo usa. Mas todo mundo quer viajar. Isso envolve não só o colaborador, mas também as pessoas mais importantes na vida dele.”

Mais saúde, menos turnover
De acordo com um estudo da Wellhub (ex-Gympass) realizado com 5 mil pessoas em nove países, o bem-estar é tão importante quanto o salário para 93% dos profissionais. “A força de trabalho atual exige que os empregadores ofereçam ferramentas para cuidar da sua saúde e qualidade de vida, pressionando as empresas a se adaptarem a essa nova realidade ou correrem o risco de perder talentos”, afirma Priscila Siqueira, líder do Wellhub no Brasil.

Além da importância para os funcionários, os benefícios também impactam o rendimento dos profissionais e o desempenho das empresas. Quase 100% (99%) dos líderes de RH afirmam que os programas de bem-estar ajudam a aumentar a produtividade, segundo pesquisa global da Wellhub. “Nosso estudo ROI (Retorno sobre Investimentos) do Bem-Estar descobriu que quase dois terços dos líderes de RH que medem o ROI veem, pelo menos, R$ 2 de retorno para cada R$ 1 investido em programas de bem-estar.”

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, plataforma focada em saúde mental e bem-estar para o universo corporativo, explica como o investimento na saúde dos colaboradores é importante para a retenção e a marca empregadora. “Ao investir na saúde mental dos funcionários, as empresas demonstram um compromisso genuíno com o cuidado com seus colaboradores, o que fortalece a lealdade, o engajamento e a retenção de talentos.”

Como ser um CLT Premium
A trend dos benefícios nas redes sociais não apenas levantou discussões sobre remuneração, mas também impulsionou a geração Z a reavaliar a procura de empregos.

Gerente de contas da multinacional sueca Sinch, Maria Clara Ferreira, de 23 anos, produz conteúdos no TikTok com foco em oportunidades de trabalho remoto. Tem 30 mil seguidores na rede e vídeos de até 1 milhão de visualizações.

A jovem executiva reforça a importância do autoconhecimento, construção de marketing pessoal e presença ativa no LinkedIn, além da curiosidade, que também pode ajudar a conseguir uma posição com bons benefícios. “Nem sempre divulgam essas informações quando abrem a vaga, então é importante ter proatividade e ir atrás de pessoas que trabalham nessas empresas para entender se, de fato, é uma companhia que valoriza o profissional.”

Leia mais em: https://forbes.com.br/carreira/2024/07/clt-premium-trend-mostra-os-beneficios-que-conquistam-a-geracao-z/

Fonte: Forbes

Profissionais destacam consistência na expansão do OOH e oportunidades

às 15:00


Empresas líderes do mercado compartilham números, insights e sua visão de futuro para um dos setores de mídia que mais crescem no país

O mercado de publicidade out of home no Brasil tem experimentado um crescimento notável nos últimos anos, impulsionado por inovações tecnológicas e uma abordagem cada vez mais estratégica e criativa.

Para entender o cenário do ponto de vista de quem está à frente deste setor no Brasil, o propmark conversou com diversas empresas líderes do setor, que dividiram insights valiosos e como elas estão moldando o futuro da publicidade OOH no país.

Criatividade
As agências criativas de OOH desempenham um papel crucial na evolução e impacto da publicidade, sendo responsáveis por transformar ideias inovadoras em campanhas visuais envolventes que capturam a atenção do público em espaços públicos estratégicos.

A Streetwise é uma agência que busca se destacar por sua abordagem estratégica na criação de campanhas OOH. João SantAnna, diretor de estratégia da agência, compartilhou detalhes sobre o processo de criação de campanhas: “Tudo começa com um profundo estudo do target da marca em questão, feito pela mídia, a partir de ferramentas proprietárias: a Streetplan é uma delas. É ela quem vai direcionar o olhar para o melhor mix de canais de OOH, recomendado para o anunciante”, conta.

A partir disso, a Streetwise terá em mãos o Mapa de Canais. “Com ele, entra em cena o planejamento estratégico para decupar todas as variações de mensagens, atribuindo à vocação de cada canal um papel de conteúdo dentro da jornada do target. Ou seja, o Mapa de Mensagem que deverá inspirar a criação na concepção para os diferentes formatos. Por fim, a produção fica alinhada em 100% dos criativos veiculados, assegurando tempo de leitura, transições e movimentos adequados, além de garantir checkings diários durante toda a campanha”, conta.

SantAnna também destacou alguns cases de sucesso recentes. “A promoção ‘2 Whopper por R$ 25’ do Burger King, por exemplo, usou o OOH de forma intensiva e personalizada. Os resultados foram expressivos porque utilizaram recursos criativos de personalização da oferta, comunicaram atributos do produto de acordo com a localidade, enveloparam o entorno de suas lojas e direcionaram as pessoas com dezenas de ocasiões de consumo.”

Outro exemplo foi a campanha de regionalização para a Anhanguera da Cogna, que envolveu mais de 400 finalizações diferentes para respeitar as características locais. “Já para o Santander, fizemos um uso inovador do OOH com um break exclusivo antes do lançamento de um filme no ‘Fantástico’, pegando toda audiência no primetime das ruas; e também ficamos por 24 horas ininterruptas nas ruas com o formato inovador ‘Blast’”, explica SantAnna.

Fonte: Propmark

Por Adrieny Magalhães – 23 de Julho de 2024

Mercado de out of home no Brasil experimenta crescimento significativo

22 de julho de 2024 às 17:20


Profissionais do setor e pesquisas destacam oportunidades e desafios nos próximos anos para uma das mídias que mais crescem no país

O mercado de publicidade out of home (OOH) no Brasil tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos, demonstrando sua força e relevância no cenário publicitário nacional. Este aumento é evidenciado por diversos dados e análises, além de depoimentos de especialistas que destacam o potencial e as oportunidades do setor.

Neste especial, o propmark aborda os números recentes, o vigor atual do mercado, as dificuldades enfrentadas e as tendências emergentes, com base em informações da Central de Outdoor, da Associação Brasileira de Out of Home (ABOOH) e do Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp).

Crescimento
Os dados do primeiro trimestre de 2024 são promissores para o mercado de OOH no Brasil. Fabi Soriano, diretora-executiva da Central de Outdoor, destaca dados do Cenp que mostram que o share do segmento aumentou 35% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto o investimento teve um incremento de 64%. Este crescimento reflete uma mídia solidificada, em constante transformação e expansão. Além disso, o último relatório do GroupM projeta um crescimento global de 11,5% para a mídia OOH em 2024, superior à média de 7,8% para o mercado publicitário mundial.

Já a diretora-executiva da ABOOH, Andréa Weiss, corrobora esses dados com informações do estudo ‘Inside OOH 2023’, divulgado pela Kantar. Este estudo revela que o OOH impacta 89% da população brasileira. E ainda de acordo com o Cenp-Meios, o OOH é a terceira maior mídia no bolo publicitário nacional, com um share de 11% no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 60% em comparação ao mesmo período de 2023.

Ainda falando de números, o OOH iniciou o ano de 2024 com aumento de share na comparação com os primeiros três meses do ano anterior. No primeiro trimestre de 2023, o OOH tinha 8,4% de share e faturamento de R$ 312 milhões, segundo o Cenp-Meios. Agora, o meio angariou R$ 515 milhões e aumentou o share para 11,3%.

Coca-Cola, Fanta e Crystal são as marcas mais escolhidas fora do lar

às 17:10


Edição 2024 do estudo Kantar Brand Footprint OOH indicou que o consumo de alimentos e bebidas fora de casa cresceu 38%, em valor, e 13,8%, em volume, no ano móvel encerrado em março

Marcas da categoria de bebidas superaram as de alimentos no estudo Kantar Brand Footprint OOH 2024 (crédito: Arthur Nobre)

A Coca-Cola é, mais uma vez, a marca de alimentos e bebidas mais escolhidas pelo consumidor brasileiro fora do lar. Com alta de 39,61%, o refrigerante se manteve na liderança com mais de 256 milhões de Consumer Reach Points (CRP). O indicador multiplica o número de indivíduos de um país pelo percentual de compradores (penetração) de uma determinada marca, e pelo número de interações (frequência) com a marca em um ano.

O grande destaque no Top 5 é o refrigerante Fanta: a marca da Coca-Cola registrou 55,12% de crescimento e com 48,99 milhões de CRPs assumiu a vice-liderança. O pódio se completa com a água Crystal, também da multinacional (avanço de 16, 93% e 39,22 milhões de CRPs). Bauducco e Lacta fecham o Top 5.

No Top 20, o destaque ficou com a categoria de bebidas: das nove marcas que registraram crescimento de CRP, oito são do segmento. Veja a tabela abaixo. A exceção no universo dos alimentos no ranking foi o desempenho positivo do chocolate Baton, da Garoto. A marca teve crescimento de 45,95% e avançou 11 posições até o décimo quarto lugar no ranking, com 17,59 milhões de CRPs.

Top 20 marcas de alimentos e bebidas mais escolhidas fora do lar (crédito: Kantar Brand Footprint OOH 2024)

As marcas de alimentos mais escolhidas

O ranking das Top 20 marcas de alimentos, por sua vez, teve apenas uma mudança entre as cinco primeiras: 7 Belo avançou uma posição e ultrapassou Cheetos, ficando em quinto lugar. A liderança se manteve com Bauducco, seguida, pela ordem, por Lacta, Piraquê e Garoto. Apenas as marcas Baton (sétimo lugar), Fandangos (décimo sexto) e Trakinas (décimo sétimo) registraram crescimento de CRP.

Top 20 marcas de alimentos mais escolhidas fora do lar (crédito: Kantar Brand Footprint OOH 2024)

As marcas de bebidas mais escolhidas

Abaixo do trio de líderes do ranking geral, que também está no topo, a lista das 20 das marcas de bebidas teve o destaque de Pepsi, que conquistou cinco posições, ficando à frente, pela primeira vez, do Guaraná Antarctica. Del Valle pulou sete postos até a nona colocação, enquanto Sprite saltou 12, estreando no Top 20 em décimo primeiro lugar.

Por fim, H2Oh! também teve avanço expressivo, conquistando nove postos até o décimo quinto lugar. Além delas, o energético Monster (com alta de 109,49% no CRP), Cemil (avanço de 138,32%) e Batavo (142,31%) foram as que tiveram o maior crescimento.

Top 20 marcas de bebidas mais escolhidas fora do lar (crédito: Kantar Brand Footprint OOH 2024)

Valor, volume e CRP em alta

O consumo de alimentos e bebidas fora do lar cresceu 38%, em valor; 13,8%, em volume; e 8%, em Consumer Reach Points (CRP), no ano móvel encerrado em março. O resultado supera o desempenho do consumo dentro do lar, que avançou 18%, em valor; 7,2%, em volume; e 5%, em CRPs.

Novas necessidades e rotinas, além da ponderação entre custo e benefício, foram alguns dos motivadores das compras. Ambulantes, padarias, bares, restaurantes e fast food foram os canais que deram maior contribuição para o crescimento.

Do total de 2,8 bilhões de CRPs do mercado OOH, 1,2 bilhão – ou 43% – está concentrado em grandes marcas. Já 57% estão nas mãos de pequenas marcas. Em média, cada consumidor compra 10 marcas de alimentos e bebidas ao ano fora do lar. Dentro do lar esse número é de 29.

As marcas presentes no estudo cresceram principalmente atraindo novos consumidores: 80%. Desse total, 45% avançaram em penetração e 35%, em penetração e frequência. Além disso, do universo de 115 marcas com mais de 1 ponto percentual de penetração, 43% registraram aumento do CRP, enquanto 64, em valor.

Leia a reportagem completa com dados e análises do estudo Kantar Brand Footprint OOH 2024 na edição semanal do Meio & Mensagem.

Fonte: Meio&Mensagem

Fernando Murad
22 de julho de 2024

Mercado perde Jaques Lewkowicz, um dos fundadores da Lew’Lara

às 17:00


Criativo ficou conhecido por seus bordões, como “Pense em você amanhã, exija Orloff hoje”

Morreu aos 80 anos, em São Paulo, Jaques Lewkowicz, o Lew da Lew’Lara. Considerado um dos maiores criativos do mercado publicitário, estava afastado da agência desde 2013.

Estudante de arquitetura, Jaques Lewkowicz abraçou a direção de arte e criação. Com passagens por diversas agências como Caio e Salles, foi vice-presidente de criação da Ogilvy por oito anos e foi sócio fundador da SLBB ao lado de Samuel Swarcz, André Brett e Benjamin Steinbruch. Em 1992, fundou a Lew’Lara junto a Luiz Lara, que, em 2007, foi associada à TBWA .

Entre as diversas campanhas criadas por Lewkowicz, algumas ficaram conhecidas pelos bordões, como “Eu sou você amanhã”, desdobramento do conceito “Pense em você amanhã, exija Orloff hoje”, para a marca nos anos 80.

Jaques Lewkowicz, o Lew da Lew’Lara (Divulgação)

“Jaques deixa um patrimônio afetivo enorme porque, com seu humor único, irradiava uma aura de anarquia e liberdade criativa que fizeram toda a diferença na carreira de muitos publicitários, de todas as áreas e de diversas gerações. Seus ‘filhos’, como ele dizia, estão espalhando seu talento pelo mundo, brilhando em diversas Agências, sempre com uma memória positiva do privilégio de conviver com Jaques Lewkowicz”, lamentou Luiz Lara.

Jaques deixa a esposa Cristina, os filhos Rodrigo e Juliana e três netos. O velório terá início às 9h30 e o sepultamento às 11h, no Cemitério Israelita do Butantã, na Avenida Engenheiro Heitor Antônio Eiras Garcia, 5.530, em São Paulo.

Fonte: Propmark

20 de Julho de 2024

Linguagem neutra na comunicação: utopia ou realidade?

19 de julho de 2024 às 16:53


As crescentes discussões sobre realidades não-binárias têm desafiado as marcas a repensar sua responsabilidade na construção de gênero

Há doze anos, Pri Bertucci se reconheceu como uma pessoa não-binária, muito antes desse conceito virar pauta nas redes sociais. O entendimento veio do seu contato com os estudos queer nos Estados Unidos. “Naquela época, ninguém sabia o que era ser não-binário, então percebi a necessidade de criar pontes entre os mundos”, diz. Assim, entre 2009 e 2011, Pri fundou a consultoria [Diversity BBox] e criou o Instituto [SSEX BBOX] como uma maneira de impulsionar essas discussões para o público brasileiro. “Como pessoa não-binária, precisava de visibilidade e reconhecimento, além de explicar que isso é um movimento global”, responde Bertucci, Diretore do instituto. 

Por meio dos seus estudos sobre linguagem neutra, Pri desenvolveu o Sistema Ile, em que propôs o uso do “e” como neutralidade na gramática portuguesa e dos pronomes “ile/dile” para se referir a pessoas não-binárias. “Isso permite nomear pessoas que não se encaixam nos padrões binários de gênero, como ‘todes’. É importante porque se você não sabe que algo além de homem e mulher existe, nunca vai nomear isso”, afirma. 

Uma pessoa não-binária é alguém que não se identifica como homem ou mulher, seja nascido com o sexo masculino, feminino ou intersexo, e que opta por não aderir às normas cis-heteronormativas. Também é importante ressaltar que uma pessoa não-binária não necessariamente será aquela que adere à uma aparência andrógina, como usar barba e pintar as unhas. “Isso seria apenas uma expressão de gênero andrógina, não uma identidade não-binária. É importante distinguir entre como alguém se veste e se expressa e como essa pessoa se identifica internamente”, explica Bertucci. 

Com o tempo e a popularização desses conceitos, a linguagem neutra teve grandes avanços em sua adoção, passando a ser usada por organizações, empresas e até mesmo governos. Como por exemplo, durante a posse do mais recente governo Lula, o presidente usou a expressão “todes” em seu discurso, ato que teve grande repercussão midiática. 

Entretanto, essa maior disseminação da linguagem neutra não ocorreu sem reações contrárias. “Por exemplo, tivemos um projeto de lei em São Paulo que visava acabar com a diversidade sexual na publicidade”, lembra Marcelle Felix, pesquisadora do Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ações Afirmativas (GEMAA) do IESP. “Acredito que há receio e preocupação do mercado, especialmente nesse segmento mais reacionário”, afirma. 

Até mesmo dentro do movimento LGBTQIAP+ surgiram respostas contrárias. “Nessa construção da linguagem neutra no Brasil, enfrentamos resistências de ONGs estabelecidas que só reconhecem transexuais e rejeitam a não-binariedade. Houve cancelamentos e perseguições, inclusive de pessoas trans, contra nosso trabalho”, diz Pri. 

A publicidade na construção de gênero 

A comunicação e a publicidade também são responsáveis por criar e reforçar padrões e normas de gênero. Em sua pesquisa, Marcelle analisa as representações de gênero e raça na publicidade ao longo dos anos e avalia como a binariedade é expressada em campanhas. “A mulher continua sendo muito associada à preocupação com a aparência, à família e à fragilidade. Enquanto isso, percebo que a visão do homem se tornou um pouco mais plural, mas a lógica da masculinidade ainda é muito presente”, avalia Felix. 

Marcelle Felix, pesquisadora do Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ações Afirmativas (GEMAA) do IESP: “A visão do homem se tornou um pouco mais plural, mas a lógica da masculinidade ainda é muito presente” (Crédito: Divulgação)

Apesar dos avanços, como a cada vez mais frequente representação das mulheres em espaços profissionais e a maior pluralidade de papeis incorporados por homens, os retratos dos gêneros ainda são muito padronizados. “Isso também afeta a lógica do não-binarismo, pois cria uma visão muito achatada da experiência das pessoas que não se identificam nem com o masculino nem com o feminino”, reflete Marcelle.  

Linguagem inclusiva e neutra 

Existe certa confusão entre o que é a linguagem inclusiva e a linguagem neutra. Segundo o guia “Comunicação Inclusiva” da Gestão Kairós, a linguagem inclusiva é “aquela que busca o uso da língua sem expressões preconceituosas, ofensivas, excludentes para grupos e identidades, ou que possa representar um atentado à igualdade e ao respeito à dignidade humana”.  

Já a linguagem neutra “visa respeitar os pronomes de todes”, explica o Manifesto Ile. “Perguntar os pronomes de alguém e não usar um gênero específico ao falar com essa pessoa são sinais de acolhimento, empatia e respeito”, continua o texto. Ou seja, as linguagens inclusiva e neutra são complementares. 

A língua portuguesa tem a regra de generalizar grupos de pessoas no masculino, o que pode ser excludente tanto para mulheres quanto para pessoas não-binárias. “Isso remonta a uma ideia machista e sexista da língua, datada do século 19, quando se decidiu que o masculino deveria prevalecer por ser considerado mais nobre. Essa ideia persiste sem que muitas pessoas tenham consciência de sua origem e impacto”, explica Bertucci. 

Inclusive, Pri destaca como línguas ancestrais, pré-colonização, tinham variações neutras. “Por exemplo, povos indígenas nos Estados Unidos reconheciam Two Spirits, que eram pessoas queer e LGBTQIAP+, já tinham conceitos de linguagem neutra incorporados em suas línguas. No Brasil, línguas como o tupi também não seguiam os mesmos conceitos binários de gênero que foram impostos pela colonização.” 

Reconhecer essa história apagada da língua também é importante para entender que a não-binaridade e a linguagem neutra não são novidades e que, na verdade, a língua está em constante construção e transformação. “A questão é quem tem o poder de inventar palavras que incorporam identidades não-binárias e não brancas”, reflete. 

Adotando a linguagem neutra 

Com a consultoria em diversidade, Pri Bertucci trabalha com marcas na adoção da linguagem neutra em suas comunicações. Já fizeram projetos para clientes como Serasa, Uber, Salesforce, TikTok e LinkedIn. “Nosso objetivo é tornar mais acessível o aprendizado sobre esse tema, usando tecnologia para ajudar as empresas a se adaptarem e prosperarem na inclusão de pessoas não-binárias”, afirma. 

Pri Bertucci, da consultoria [Diversity BBox] e do Instituto [SSEX BBOX]: “A questão é quem tem o poder de inventar palavras que incorporam identidades não-binárias e não brancas” (Crédito: Gui Gomes)

No ano passado, durante o Innovation Festival 2023, que aconteceu no espaço Cubo Itaú, em São Paulo, a Diversity Bbox lançou a RIE, primeira inteligência artificial não-binária e inclusiva do mundo. A tecnologia pretende ensinar a linguagem neutra em português para empresas. “Essa IA é uma alma digital que carrega meu livro e toda a pesquisa, respondendo perguntas sobre diversidade, equidade e inclusão”, destaca. 

De modo geral, algumas empresas têm adotado algumas práticas, misturando a linguagem inclusiva com a neutra. Por exemplo, retirando o gênero das sentenças e utilizando palavras como “pessoa” ao invés de flexionar o gênero. “Ao invés de ‘bem-vinde’, podemos dizer ‘que bom que você chegou’. Acredito que essa abordagem é uma maneira de incluir sem entrar em conflito com a língua e sem afastar as pessoas da comunicação. No entanto, é essencial comunicar explicitamente essa escolha”, ressalta a head de diversidade e inclusão. 

Entretanto, para Pri Bertucci, essa estratégia é inclusiva até certo ponto. “Não adianta usar uma linguagem inclusiva se a pessoa se identifica como não-binária. Nesse caso, é preciso reconhecer seu pronome e identidade de gênero”, afirma. Em sua plataforma, a Diversity Bbox disponibiliza diferentes cursos e conteúdos que informam e discutem esses temas.  

No Dossiê da Linguagem Neutra e Inclusiva, a consultoria destaca cinco dicas para a adoção da linguagem neutra. Primeiro, recomenda-se praticar a substituição do “o” e do “a” pelo “e” ao final das palavras, assim como a substituição dos pronomes por “Ile”. Além disso, a plataforma incentiva a normalização da prática de compartilhar os pronomes e perguntar o pronome das pessoas. Por fim, destaca a importância de reconhecer o erro e corrigi-lo com mais naturalidade. 

Comunicação visual de gênero 

Para além da linguagem escrita, pensar em uma comunicação e, principalmente, uma publicidade não-binária perpassa pela revisão da representação visual dos gêneros “O desafio é como representar pessoas não-binárias de maneira que não se limite aos estereótipos, mas que também incorpore a expressão visual andrógina de gênero. Nem toda pessoa não-binária é andrógina, mas ao explorar a semiótica e mistura de características masculinas, femininas e andróginas, podemos ampliar a representação visual de forma mais inclusiva e reflexiva”, argumenta Bertucci. 

A representação de corpos fora dos padrões e de outras expressões de gênero não-binárias é também uma resposta às demandas sociais por novas representações. “Dados mostram que campanhas com corpos diversos, diferentes dos padrões habituais, têm obtido resultados melhores ou significativamente diferentes das campanhas tradicionais que seguem padrões binários”, relata Debora Moura, head de diversidade e inclusão da Artplan e do Grupo Dreamers.

Desafios da linguagem neutra

De acordo com um estudo da Deloitte de 2023, um terço dos entrevistados deseja mudar para um empregador mais inclusivo com temáticas LGBTQIAP+. Seis em cada 10 acreditam que é importante poder falar sobre sua orientação sexual no trabalho, mas esse número sobe para três quartos em relação à identidade de gênero.  

Nesse contexto, a comunicação, seja corporativa ou publicitária, tem um papel importante nessa construção. “Ao colocarmos esse tema na pauta, estamos contribuindo para acelerar essa transformação de maneira mais eficaz e rápida, garantindo que todes compreendam a necessidade desse debate”, destaca Debora. 

Entretanto, adotar a linguagem neutra traz grandes desafios, que vão desde a resistência e o preconceito até a falta de clareza sobre os conceitos de identidade de gênero, expressão e orientação sexual. Além disso, existe uma outra barreira que Debora identifica: “A maior dificuldade está em fazer com que isso seja visto como uma prioridade pelas marcas. Cada vez mais as empresas irão perceber que é crucial discuti-lo, porque pouco a pouco teremos mais pessoas não binárias-trabalhando conosco no ambiente corporativo, consumindo e interagindo com as comunicações das marcas. Simplesmente não dá para ignorar essa realidade”, reflete. 

Para a executiva, as empresas precisam tomar o primeiro passo, que é colocá-lo em pauta. Depois, a marca poderá medir o impacto dessa comunicação e encontrar soluções para os desafios no meio do caminho. “Quando falamos de linguagem, não há fórmula rápida; é um processo em transformação contínua. Às vezes, não temos total controle sobre isso”, afirma a head. 

“A maior dificuldade está em fazer com que isso seja visto como uma prioridade pelas marcas”, diz Debora Moura, da Artplan e do Grupo Dreamers (Crédito: Divulgação)

Ainda existe muito receio por parte das marcas de adotarem tais práticas, visto que esse movimento acaba sendo liderado por empresas mais consolidadas no mercado. Existe, sim, a possibilidade de rejeição da marca pelo público, avalia a head do Grupo Dreamers. “Sempre há o risco de gerar desconforto e críticas, o que pode desencadear conversas negativas e até mesmo atrair haters que não aceitam essa abordagem”, afirma. 

“Por outro lado, acredito que isso contribui para um novo olhar, despertando curiosidade e incentivando as pessoas a entenderem o significado por trás dessa transformação”, diz Debora. Logo, cabe à marca se planejar e criar uma estratégia de gestão de crise. “Hoje em dia, a maioria das marcas precisa estar pronta para esses desafios”, continua. 

“É uma questão de lidar com esses desafios, tanto com os haters que ignoram a realidade das pessoas não-binárias quanto com os que criticam por questões linguísticas ou por resistência à mudança”, conclui a head. 

Fonte: Meio&Mensagem

Lidia Capitani
16 de julho de 202

Marcas apostam em TV Conectada para conquistar audiência nas Olimpíadas

às 16:39


Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão chegando junto com uma oportunidade de ouro para as marcas que buscam subir ao pódio e se destacar no competitivo mundo da publicidade e do marketing digital. Nesta edição dos jogos, a TV conectada (CTV) ganhará os holofotes graças à sua grande diversificação de conteúdo e multiplicidade de acessos pelos usuários a uma ampla variedade de opções, de programas de TV tradicionais até vídeos do YouTube.

De acordo com a prefeitura parisiense, cerca de 15,3 milhões de participantes devem estar na capital francesa entre 26 de julho e 11 de agosto, o que significa um público recorde em comparação com outros jogos. Milhões de espectadores em todo o mundo estarão sintonizados na transmissão de 48 modalidades e 32 esportes por meio de plataformas digitais. Pesquisas indicam o quanto a TV conectada pode impactar o consumo de brasileiros.

Segundo um estudo realizado pela Comscore e patrocinado por Kivi, de outubro de 2023, 33% dos conterrâneos buscam informações online sobre a publicidade vista em CTV, 36% dizem que aprendem sobre novos produtos e, o mais importante, 15% afirmam que compram um produto logo após ter visto um anúncio neste tipo de plataforma digital. Dessa forma, as Olimpíadas podem ser o momento perfeito para as marcas alcançarem seus espectadores com anúncios épicos e vantagens oferecidas por ferramentas em TV conectada que possuem recursos avançados de segmentação e medição.

Empresa global líder na América Latina e pioneira em soluções para campanhas de vídeo com foco em TV conectada (CTV), a Kivi explica abaixo as diferenças entre a TV tradicional e o streaming em termos de alcance e eficácia e como as marcas podem alavancar os anúncios de CTV durante este megaevento esportivo.

TV tradicional contra streaming: uma mudança de jogo

A televisão tradicional tem sido a rainha das transmissões ao vivo de eventos esportivos. No entanto, o boom do streaming mudou as regras do jogo. Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 tiveram uma audiência global de 3,05 bilhões de pessoas e o consumo de vídeo digital aumentou 139% em comparação com as Olimpíadas do Rio 2016, marcando o maior passo até agora na transformação digital do megaevento.

Mas quais são as diferenças entre as duas plataformas e como isso impacta a forma como os usuários consomem entretenimento? Aqui estão alguns exemplos:

Alcance e público

  • TV tradicional: oferece grande alcance, mas nem sempre permite uma segmentação precisa do público.
  • CTV: permite alcançar um público global com a capacidade de segmentar anúncios com base em dados demográficos, interesses e comportamentos.

Interatividade e personalização

  • TV tradicional: os anúncios são geralmente os mesmos para todos os espectadores e têm pouca ou nenhuma interatividade.
  • CTV: os anúncios podem ser interativos e personalizados, aumentando o engajamento do espectador.

Medição e análise

  • TV tradicional: as métricas são limitadas e imprecisas.
  • CTV: oferece métricas detalhadas e em tempo real, permitindo que as marcas ajustem suas estratégias na hora.


Oportunidades nos Jogos Olímpicos Paris 2024

As Olimpíadas sempre foram um evento importante para as marcas, porque quase três quartos dos consumidores adultos em todo o mundo acompanham o evento. De acordo com informações coletadas pela YouGov Surveys em 17 mercados internacionais, o consumo de jogos via streaming está se aproximando rapidamente da TV tradicional, que tem 45,8% do mercado.

A análise em tempo real é crucial, pois as marcas podem monitorar o desempenho de seus anúncios em tempo real e fazer ajustes instantâneos para otimizar seu impacto. Por isso, aproveitar as vantagens oferecidas pela tecnologia Track TV pode ajudar as marcas a atingir seus objetivos comerciais por meio de opções de segmentação personalizadas que, além de informações demográficas e geolocalizações detalhadas, fornecem contexto e retargeting, atingindo assim o público e o tempo certos.

Um exemplo básico pode ser uma marca esportiva em que os anúncios são segmentados para espectadores que comumente assistem a conteúdo esportivo ou que têm interesse em esportes olímpicos. Eles também podem apelar para experiências interativas, já que os anúncios em CTV podem ser interativos, permitindo que os espectadores participem de pesquisas, baixem cupons ou visitem sites diretamente de seus dispositivos.

Com sua capacidade de fornecer anúncios direcionados, interativos e mensuráveis, Kivi está transformando os anúncios em CTV e a maneira como as marcas se conectam com o público durante eventos massivos. Desse modo, as marcas podem garantir que suas mensagens não apenas alcancem o público certo, mas também ressoem de forma significativa e eficaz.

Fonte: ADNews

16 de julho de 2024


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