9 em cada 10 CEOs defendem o modelo híbrido como o futuro do trabalho e 75% observam um aumento de p…

13 de dezembro de 2024 às 12:40


Nova pesquisa do International Workplace Group revela que 91% dos CEOs agora trabalham de forma híbrida

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Fonte: Nosso Meio

IAB se manifesta e critica STF por votação do Marco Civil da Internet

às 12:34


Entidade diz que eventual mudança no Artigo 19, com a determinação da responsabilidade objetiva dos provedores de internet, seria prejudicial à publicidade digital

(Crédito: Shutterstock)

Em comunicado distribuído à imprensa na tarde desta quinta-feira, 12, o IAB Brasil, entidade que representa a publicidade digital, manifestou-se contra as decisões recentes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do julgamento do Artigo 19 do Marco Civil da Internet.

Nessa quarta-feira, 11, o ministro Luiz Fux votou a favor da responsabilização das big techs e empresas provedoras de redes sociais pelo conteúdo publicado. Antes, o ministro Dias Toffoli, votou para considerar inconstitucional o Artigo 19 do Marco Civil da Internet, o que obrigaria as plataformas digitais, por exemplo, a retirar do ar conteúdos considerados ofensivos ou discriminatórios assim que forem notificadas, sem necessidade de aguardar uma decisão judicial. A votação sobre o tema ainda segue no STF.

Na visão do IAB Brasil, contudo, essa atribuição de “responsabilidade objetiva de provedores de aplicações em relação à distribuição de conteúdo de terceiros, sejam eles “impulsionados, recomendados ou moderados”, apresenta riscos e consequências adversas, “já que toda a publicidade digital, com ou sem uso de dados, utiliza essas técnicas”.

Sobre esse ponto, o IAB destaca que no Marco Civil da Internet, a definição de “provedores de aplicações”, inclui não apenas as redes sociais famosas, como também todas as empresas que atuam como intermediárias na entrega de anúncios, como verificadores de segurança e sistemas de distribuição automatizada.

Na visão do IAB Brasil, esses aspectos da proposta “geram um efeito gravíssimo para o setor”, já que todas as empresas poderão ser responsabilizadas por cada anúncio veiculado em sua plataforma, mesmo sem meios técnicos ou operacionais para verificar a legitimidade das ofertas ou a conformidade legal do conteúdo publicitário de terceiros.

“Essa responsabilização pressupõe que um veículo consiga, por exemplo, validar antecipadamente o estoque de um produto anunciado ou garantir que o preço de cada oferta publicada é real, o que, na prática, é inviável – na internet ou em qualquer outro meio”, diz o IAB.

A polêmica do Artigo 19 do Marco Civil da Internet

A discussão sobre a constitucionalidade do Artigo 19 é um tema que vem opondo o STF e as big techs já há algum tempo. Por um lado, as grandes empresas de tecnologia e plataformas de redes sociais sempre usaram como argumento a liberdade de expressão e, também, a incapacidade técnica de verificar conteúdos de terceiros publicados em seus ambientes.

Ao retomar a discussão, agora, o STF argumenta que é necessária uma mudança sistêmica no ambiente digital para garantir maior proteção jurídica sobretudo aos usuários.

Ao votar o projeto, na semana passada, Toffoli argumentou que os provedores têm condições tecnológicas para detectar eventuais conteúdos ilícitos e que, por isso, podem ser responsabilizados objetivamente (ou seja, sem a necessidade de comprovação de culpa), “sempre que houver postagens que coloquem em risco a integridade física de pessoas vulneráveis, o estado democrático de direito, que prejudiquem a saúde pública ou que tenham potencial de interferir na integridade do processo eleitoral”.

Em seu posicionamento, o IAB diz reconhecer o papel crucial do STF na democracia brasileira. Contudo, reitera que qualquer mudança no modelo atual deve “ser cautelosa, respeitar princípios constitucionais e mitigar efeitos colaterais para empresas e atividades econômicas que não sejam objeto central deste julgamento, mas que podem ser impactadas pela proposta.”

Fonte: Meio&Mensagem

Quais impactos a regulamentação de IA no Brasil terá na publicidade?

às 12:28


Medida aprovada pelo Senado e que segue para a Câmara dos Deputados promete transformar a indústria de comunicação e publicidade no Brasil

Senado aprovou nessa terça-feira, 10, o projeto que regulamenta a inteligência artificial (IA) no Brasil, e o texto seguiu para análise da Câmara dos Deputados. Essa medida promete transformar a indústria de comunicação e publicidade no Brasil, segundo Vitor Elman, copresidente da Cappuccino e membro do Comitê de Inteligência Artificial da IAB Brasil.

(crédito: 3rdtimeluckystudio/Shutterstock)

“Ao iniciar a definição de diretrizes mais claras para o uso dessa tecnologia, retira a IA da ‘zona cinzenta’ e permite que marcas e agências utilizem a tecnologia dentro de um ambiente mais conhecido e definido como seguro e ético”, ressalta Elman. Consequentemente, na visão do executivo, isso poderá fortalecer a confiança no uso da tecnologia em campanhas publicitárias, especialmente em áreas como segmentação de público, criação de conteúdo e personalização de mensagens.

Toda vez que o assunto sobre uma regulamentação da inteligência artificial surge, o desafio, identificado por Domenico Massareto, fundador da startup Rain A.I., é entender que existe uma confusão entre a criação, execução e distribuição da mensagem, e que sistemas diferentes de inteligência artificial podem ser combinados uns com os outros para cada uma dessas etapas. Com isso, Massareto argumenta que a regulamentação da IA não irá impactar o mercado de uma única maneira, mas, sim, em uma série de nuances.

Evitando práticas enganosas

Por um lado, a regulamentação, que ainda está em estágio inicial, com a criação de comitês, como o Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA), tem o potencial de combater práticas enganosas na publicidade programática, por exemplo.

Elman salienta que, ao exigir maior transparência e responsabilidade no uso da IA, será mais difícil manipular informações ou criar anúncios que violem os direitos dos consumidores. Além disso, será mais fácil coibir a disseminação de fake news e conteúdos discriminatórios, assim como de anúncios que explorem vulnerabilidades individuais.

Entretanto, para o executivo, será fundamental que esses comitês sejam compostos por profissionais diversos, que garantam análises holísticas. “Afinal, toda tecnologia pode ser usada para o bem ou para o mal, e a diversidade de perspectivas é crucial para prever impactos de maneira abrangente”, complementa.

Desafios das agências e marcas

texto de regulamentação classifica os sistemas de IA por nível de risco, conforme geram impactos sobre os humanos e seus direitos, inclusive vetando o desenvolvimento de tecnologias que sejam de alto risco.

O primeiro desafio que os profissionais de comunicação vão passar com essa regulamentação tem a ver justamente com classificar esse risco, uma vez que, na visão de Massareto, não terá uma análise de caso a caso.

“Por exemplo, estou usando um sistema de inteligência artificial para ter ideias de campanha para o meu cliente, então é uma operação de baixo risco. Agora, se vou criar com pessoas e dar na mão do sistema de inteligência artificial para executar e distribuir isso para um milhão de pessoas, o risco aumenta”, exemplifica o fundador da Rain A.I., questionando: “Como você classifica o risco da aplicação se você não analisar isso caso a caso?”.

Outro ponto do texto é a proteção de direitos autorais de conteúdo e obras artísticas. Segundo Massareto, esse é justamente o segundo desafio que precisará ser enfrentado caso a regulamentação seja aprovada na Câmara.

“Uma confusão muito grande dos últimos dois anos é a seguinte: se eu uso um modelo de inteligência artificial que foi treinado com obras registradas, então significa que ele vai gerar coisas parecidas com as que foi alimentado? Não significa. E se eu usar uma inteligência artificial que foi alimentada com coisas não registradas, de domínio público, significa que ela não vai criar coisas que pareçam cobras registradas? Também não”, comenta o criativo. Na sua visão, esse é um dos problemas da lei de direito autoral atual e que se tornará ainda mais complexo com a inteligência artificial.

Além da questão de níveis de risco e direitos autorais, outro desafio será garantir conformidade com os requisitos legais sem comprometer a eficiência das campanhas. “Agências precisarão revisar processos, treinar equipes e investir em tecnologias que assegurem o uso ético e responsável da IA. A regulamentação pode demandar auditorias frequentes e maior transparência no funcionamento dos algoritmos, o que inclui explicar critérios de segmentação e justificar decisões automatizadas”, ressalta Elman.

A coleta e o uso de dados também se mostrarão como um obstáculo para os profissionais do setor. Segundo o membro do comitê do IAB, com a privacidade sendo um pilar central da regulamentação, as marcas precisarão redobrar os cuidados no tratamento de informações sensíveis para evitar violações e penalidades. “Isso pode encarecer operações e reduzir a agilidade na execução de campanhas”, complementa.

Riscos da implementação

Apesar de a regulamentação ser essencial, há, sim, o risco de que regras excessivamente rígidas possam restringir a inovação no setor. Elman argumenta que, por um lado, a criatividade publicitária depende, em grande parte, da liberdade para experimentar novas tecnologias e métodos, mas que, por outro, a regulamentação retira a IA do que chama de “zona cinzenta”.

O membro do IAB faz uma comparação com o que aconteceu com as redes sociais, na qual anos sem regulação resultaram em efeitos negativos para a sociedade. “Não podemos repetir o erro com a IA. Com um marco regulatório, temos a chance de evitar consequências adversas e guiar a tecnologia de forma responsável, permitindo avanços significativos enquanto resguardamos aspectos éticos na publicidade”, pontua.

Além disso, para Elman, pequenas e médias agências, que muitas vezes têm recursos limitados, poderão enfrentar dificuldades para se adequar às exigências legais, o que poderá, consequentemente, criar barreiras de entrada e favorecer apenas grandes players do mercado. “É crucial que a regulamentação encontre um equilíbrio entre proteger os consumidores e permitir que o setor continue evoluindo”.

Por fim, Massareto destaca que, por mais que a IA se baseie em dados para apontar padrões estatísticos, grandes trabalhos da comunicação e grandes ideias criativas e inovadoras, são outliers, ou seja, estão fora de qualquer desvio padrão, de qualquer estatística. “Se nada for feito, nada vai mudar. E se tivermos a regulamentação mais estreita do mundo, nada vai mudar também”, conclui.

Fonte; Meio&Mensagem

Spotify Wrapped se consolida como um termômetro sociocultural em 2024

10 de dezembro de 2024 às 15:12


O Spotify Wrapped 2024 – tradicional retrospectiva anual que revela os hábitos musicais dos usuários da plataforma – voltou a dominar as redes sociais neste ano, gerando milhões de interações em plataformas como X (antigo Twitter), Facebook e Instagram.

Um mapeamento conduzido pela Orbit Data Science aponta que mais de 60% dos comentários sobre o Wrapped destacaram o evento como um dos momentos mais aguardados do ano, descrito como nostálgico e divertido, especialmente entre os membros da Geração Z e os Millennials. 

As menções à retrospectiva aumentaram 150% em 2024 em comparação ao ano anterior. Mais do que um simples resumo de gostos musicais, a retrospectiva se transformou em uma narrativa pessoal, incentivando a autoexpressão por meio de compartilhamentos e postagens.

Wrapped como termômetro sociocultural

Neste ano, as playlists personalizadas focadas em saúde mental, como aquelas voltadas para meditação e exercícios, ganharam notoriedade, refletindo um aumento no interesse por equilíbrio emocional por meio da música.

O Wrapped também tem sido um termômetro de tendências culturais globais. A análise da Orbit revelou um crescimento nas menções a artistas locais e emergentes, mostrando que o evento vai além de destacar grandes nomes da música, promovendo também diversidade cultural e musical em escala mundial. 

Além de celebrar as descobertas musicais, o Wrapped tem um impacto direto na relação dos usuários com o Spotify. A pesquisa mostra que o evento é amplamente associado a uma experiência positiva, contribuindo para a fidelização dos assinantes. 

Alcance além da música

O impacto do Wrapped também vai além do Spotify, influenciando buscas por músicas e artistas em outras plataformas, como YouTube e TikTok, e fortalecendo sua relevância como uma estratégia de engajamento digital. 

Na avaliação de Kaio Sobreira, Head de Pesquisa da Orbit Data Science, o Wrapped é um exemplo claro de como marcas podem criar conexões emocionais com seus públicos ao usar dados de forma criativa e significativa. 

Para o especialista, a retrospectiva montada anualmente pelo Spotify transcendeu as barreiras da música e transformou-se em um reflexo de identidade para muitos usuários, que compartilham suas playlists como parte da sua personalidade digital.

Fonte: Mundo do Marketing

CEOs apontam como a IA impactará os negócios nos próximos anos

às 15:08


Tecnologia, que chegou para redefinir o mercado, já é aceita em 92% de organizações globais

A inteligência artificial se tornou realidade nos negócios, transformando a maneira como as organizações estão realizando seus processos. De acordo com dados da Gartner, em pesquisa realizada com 3,1 mil líderes de organizações em todo o mundo, 92% indicaram que já estão explorando o uso da IA Generativa, o que indica o quanto a tecnologia está se tornando um pilar essencial nas estratégias empresariais. O impacto da IA será cada vez mais profundo, reestruturando operações, aprimorando a tomada de decisões de líderes e impulsionando a competitividade no mercado global.

Diante desse cenário, CEOs de diversos setores focados em tecnologia destacam como a tecnologia impactará os negócios nos próximos anos. Confira a seguir!

A adoção da IA pode transformar profundamente as áreas de negócios das empresas, otimizando processos e aumentando a eficiência operacional. Com a IA, é possível automatizar tarefas manuais, permitindo que as equipes se concentrem em inovação e estratégias de crescimento

Prevenção e segurança 

“A inteligência artificial generativa é uma ferramenta poderosa no combate a fraudes, pois sua habilidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real permite identificar padrões anômalos com muito mais precisão. Além disso, aliada às técnicas de machine learning e deep learning, a tecnologia também permite antecipar possíveis ameaças, uma vez que aprende e se adapta constantemente. Assim, enfrenta táticas cada vez mais sofisticadas empregadas por fraudadores, oferecendo uma defesa proativa e cada vez mais inteligente contra ameaças emergentes”, aponta Fábio Falcão, CEO da IARIS, startup especializada em aplicações de inteligência artificial.

Otimização de processos e aumento da eficiência operacional 

“A adoção da Inteligência Artificial (IA) pode transformar profundamente as áreas de negócios das empresas, otimizando processos e aumentando a eficiência operacional. Com a IA, é possível automatizar tarefas manuais, permitindo que as equipes se concentrem em inovação e estratégias de crescimento. Além disso, a personalização da experiência do usuário por meio da IA não apenas eleva a satisfação do cliente, mas reduz o custo com atendimento. Outra aplicabilidade seria a de análise de grandes volumes de dados, a IA fornece insights que ajudam a prever tendências de mercado e a entender o comportamento do consumidor, garantindo mais assertividade na tomada de decisão”, afirma Edmee Moreira, cofundador e CEO do IFTL, edtech pioneira no desenvolvimento de líderes em Estratégia, Tecnologia e Inteligência Artificial.

Bem estar e saúde no trabalho

“A inteligência artificial traz um novo sentido à conexão entre empresas e seus colaboradores ao permitir a adoção de soluções que visam a melhora do bem estar corporativo e aumento da produtividade. Com a capacidade de analisar dados comportamentais e emocionais em tempo real, essas tecnologias ajudam as equipes de RH a identificar sinais precoces de estresse, burnout e outros desafios cotidianos, possibilitando intervenções rápidas e eficazes, criando um ambiente favorável ao crescimento individual e organizacional”, comenta Rogério Cunha, cofundador da Mandu, primeira friendtech brasileira que atua, através de IA generativa, como um ombro amigo virtual de pessoas que estão passando por algum momento de fragilidade.

Regulamentação e uso responsável

“A IA estará ainda mais integrada aos negócios, promovendo avanços significativos, mas também levantando desafios críticos. Do ponto de vista da inovação, acelerará processos de automação, permitindo uma eficiência operacional sem precedentes. No entanto, é crucial adotar uma visão crítica quanto à sua inclusão e regulação, pois há o risco de aprofundar desigualdades se sua implementação não for acompanhada por políticas inclusivas. Governos e instituições serão pressionados a criar marcos legais que garantam o uso responsável da tecnologia, protegendo os direitos humanos e assegurando a transparência nas decisões automatizadas” compartilha Carine Roos, fundadora e CEO da Newa, consultoria de impacto social.

Automação eficiente 

“A inteligência artificial traz benefícios significativos para a área de publicidade, pois permite a automação eficiente de tarefas operacionais nas agências, o que libera tempo para focar em atividades mais estratégicas e criativas. E essa tecnologia também enriquece o processo criativo do início ao fim, ajudando na concretização de ideias inovadoras. Para o ecossistema de agências independentes, por exemplo, essa capacidade de inovar e ser eficiente resulta em uma competitividade maior no mercado, destacando-as em um cenário onde a agilidade e a criatividade são fundamentais,” afirma Beto Sirotsky, coCEO da BPool.

Novas oportunidades

“O uso da IA Generativa em nossa plataforma tem sido primordial para entregar mais agilidade na hora da venda, munindo os vendedores das concessionárias com informações que podem ajudar na hora de convencer o cliente a realizar a compra, por exemplo. Além disso, a ferramenta nos ajuda com a realização de comparativos entre veículos em tempo real, auto-qualificação de prospects e potenciais clientes e em diversas outras aplicações”, explica Caio Nascimbeni, CEO da Syonet.

Democratização de mercados

“Estou animado com o impacto que a IA irá trazer na produtividade e no aumento da competitividade de mercado. Empresas pequenas, por exemplo, terão acesso a tecnologias para competir com as grandes companhias de igual para igual. Em outras palavras, as soluções de IA irão desencadear diversos efeitos no mercado, a começar na redução de custo para servir, bem como democratização do acesso a crédito, apoio na educação financeira — auxiliando PMEs na tomada de decisões assertivas — e todo tópico de assimetria de informação”, afirma Anderson Pereira, fundador e CEO da fintech Kapitale.

Abertura do mercado de investimentos

“A IA está provocando uma disrupção com o mercado tradicional. É inegável que a tecnologia já nos oferece inúmeras vantagens. Para o mercado de investimentos e ativos judiciais, a solução já contribui com análises precisas, gerenciamento de portfólios e gestão de riscos e ampliará ainda mais o desempenho dessas frentes ao passo de sua evolução. Vejo a IA como um facilitador na democratização do mercado de investimentos. Além disso, o acompanhamento de processos internos e jurídicos serão simplificados, reduzindo, assim, a burocracia”, analisa Eduardo Gouvêa, fundador e presidente do Conselho Deliberativo da Droom Investimentos.

Revolução da personalização em escala no marketing

“A inteligência artificial já é um divisor de águas no marketing, permitindo que as marcas ofereçam personalização em escala, ajustando cada interação às necessidades de milhões de consumidores, em tempo real. Por meio de algoritmos avançados e da análise de grandes volumes de dados, a IA prevê necessidades, automatiza processos e otimiza campanhas, elevando a satisfação do cliente e o ROI.”— afirma Carolina Fernandes, CEO da Cubo Comunicação, que reconhece o potencial da IA para gerar vantagens competitivas, sem perder de vista a importância das conexões humanas.

Soluções que resolvem problemas reais

“Como uma empresa que desenvolveu a própria abordagem, a ‘IA By Design’, para integrar ainda mais inovação e valor para os clientes ao desenvolver produtos digitais do zero, cada vez mais, percebemos que o uso da inteligência artificial só faz sentido se for para construir o que realmente importa: soluções que resolvem problemas reais e impactam de forma significativa o negócio. Se não atende a uma necessidade verdadeira, a IA não é a resposta. Essa é a tendência de futuro que enxergamos para o mercado em geral. A tecnologia é uma aliada para gerar saídas, projetos e soluções efetivas que, de fato, vão melhorar a vida de alguém ou de um setor”, enfatiza Mauricio Bueno, CEO da weme, estúdio de produtos digitais que acelera a transformação de grandes organizações

Otimização em escala

“Assim como a internet transformou a sociedade e continua a evoluir por meio da IoT (Internet of Things), a IA mudará a forma como realizamos tarefas rotineiras, resultando em um ganho exponencial de produtividade. Por outro lado, o consumidor está cada vez mais exigente e prezando por um atendimento customizado. A IA é a tecnologia que nos ajudará a trazer a customização em escala, desde o atendimento de suporte até publicidades específicas. Ainda no marketing, acredito em impactos no processo criativo, permitindo que os profissionais testem abordagens diferenciadas de maneira mais rápida e eficiente, além de atuar como guardiã da marca, zelando pela consistência e garantindo que os criativos respeitem os padrões”, complementa Victor Dellorto, CEO e fundador da Deskfy, plataforma de SaaS que transforma a gestão de workflow do marketing.

Fonte: InforChannel

O que a fusão entre Omnicom e IPG sinaliza para os negócios das holdings

às 15:04


Transação pode ajudar negócios das multinacionais de comunicação à medida que reduz a competição por serviços de grandes marcas globais, diz Brian Wieser, da Madison and Wall

(Crédito: Shutterstock)

Confirmada nesta segunda-feira, 9, a megafusão entre Omnicom e Interpublic Group of Cos. (IPG) dá origem à maior holding global de publicidade, destronando, depois de décadas, o WPP da posição de principal multinacional de publicidade do mundo.

Ao Ad Age, um ex-executivo do Omnicom disse que o acordo parece um plano para “matar o WPP e iniciar uma corrida dupla para ultrapassar o Publicis Groupe”.

Recentemente, o grupo francês comandado pelo CEO e chairman Arthur Sadoun passou à frente do Omnicom – que, por muito tempo, foi a segunda maior holding global – e estava com planos de encerrar 2024 à frente do WPP em receita.

Ano passado, as receitas orgânicas do WPP e do Publicis alcançaram montantes de US$ 18,5 bilhões e US$ 16 bilhões, respectivamente. Já o Omnicom e o IPG encerraram 2023 com as respectivas receitas orgânicas de US$ 14,7 bilhões e US$ 10,8 bilhões.

Ou seja, somadas, as receitas de ambas no ano anterior chegam a US$ 25,5 bilhões.

À reportagem de Meio & Mensagem, Brian Wieser, analista da consultoria Madison and Wall, afirma que a transação deverá ser útil para o negócio das holdings, à medida que reduz a competição por serviços de marcas globais. “Ao mesmo tempo, permite que as maiores agências invistam em ofertas de tecnologia – algo que vem sendo demandado pelas marcas”, comenta.

Em análise publicada no domingo, 8, quando a aquisição ainda não havia sido confirmada, Wieser também mencionou que Omnicom e IPG poderiam se beneficiar da otimização de custos de back office, além de criarem um grupo melhor posicionado para investir em pessoas, parcerias e tecnologia diante de um mundo em que investimentos em inteligência artificial (IA) e em escala são necessários para melhor atender grandes anunciantes.

Outra vantagem seria o fortalecimento da atuação em principal-based buying, que é a prática de comprar mídia e revendê-la aos clientes. Segundo Wieser, o Omnicom tem sido mais agressivo nessa busca: “Esse provavelmente tem sido o fator mais importante para o crescimento da holding”.

Em contrapartida, o enfraquecimento do IPG, que na semana passada vendeu a Huge, uma de suas marcas criativas, tem a ver com reduções de investimentos significativas por parte dos clientes, explica o analista. O CEO Phillipe Krakowski disse que o grupo estaria fortalecendo sua atuação em principal-based trading, pois é uma prática que tem sido decisiva em concorrências globais.

Resultados díspares

No terceiro trimestre, o Omnicom alcançou crescimento orgânico de 6,5%, sendo que os serviços de publicidade e mídia obtiveram aumento de 9,4% no período. O marketing de experiência, porém, foi a disciplina que mais cresceu em relação ao terceiro trimestre de 2023, com 35,3% de alta.

Com isso, a holding manteve a previsão de crescimento anual em 4% ou 5%.

O IPG, por sua vez, registrou declínio de 2,9% na receita do terceiro trimestre, que fechou em US$ 2,24 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano, a receita orgânica da holding cresceu 1% e Krakowsky afirmou, no final de outubro, que manteria a previsão anual de crescimento a 1%.

Uma das perdas significativas para o IPG em 2024 foi a conta de mídia da Amazon, que foi dividida entre Omnicom e WPP.

Antes de vender da Huge, a companhia se desfez das agências Hill Holliday e Deutsch Nova York. A R/GA também está à venda.

Por outro lado, acaba de realizar uma aquisição de US$ 100 milhões na Intelligence Node, especializada em analytics para o varejo, como forma de fortalecer suas ofertas em commerce e retail media.

A operação adquirida fará parte da Kinesso, braço de dados do IPG.

Em novembro de 2023, o Omnicom também acelerou sua atuação no commerce ao fazer a maior aquisição de sua história – ao menos na época: comprou da Ascential a Flywheel, especializada em digital commerce, por US$ 835 milhões.

Questão de sobrevivência

Jay Pattisall, vice-presidente e principal analyst da Forrester, disse ao Ad Age que a combinação entre a plataforma de marketing Omni, do Omnicom, e a Acxiom, do IPG, melhor posicionam a companhia para competir com a Epsilon, do Publicis Groupe.

Mas o CEO da ID Comms, Tom Denford, afirmou ao site norte-americano que o acordo entre as holdings não é sobre oferecer benefícios imediatos aos anunciantes. “É sobre sobrevivência das agências, que estão enfrentando o risco de se tornarem obsoletas se não crescerem. Estão tendo de mudar os papéis que desempenham junto aos clientes para se manterem lucrativas”.

Para Wieser, o acordo pode trazer ganhos para os anunciantes no longo prazo. De imediato, contribui para uma indústria mais saudável, no geral. No que diz respeito ao que isso significa para WPP e Publicis Groupe, ainda é difícil dizer.

“O Publicis provavelmente está satisfeito com suas escolhas estratégicas, então não sentem pressão para fazer algo. Ao WPP, em contrapartida, falta muita estratégia coerente e pode ser que sinta a necessidade de fazer escolhas mais ousadas”, analisa.

Fonte: Meio&Mensagem

Brasileiro tende a confiar mais em influenciadores

às 15:00


Pesquisa da Rakuten Advertising revela que consumidores brasileiros compram mais produtos recomendados por creators

Um estudo conduzido pela Rakuten Advertising, rede global de marketing de performance, estudou as preferências dos consumidores de cinco países e o Reino Unido com o objetivo de avaliar a relação dos mesmos com influenciadores

Influenciadores

Pesquisa também revela desconfiança do público com IA e com compartilhamento de dados (Crédito: PeopleImages/Yuri A/Shutterstock)

Os resultados mostram que o Brasil tem níveis mais altos confiança nas recomendações de creators comparado a Austrália, França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos e à média dos países analisados. A empresa entrevistou 500 pessoas de cada país.

Dos brasileiros, 68% usam páginas de compras ou listas de produtos indicados por creators, enquanto a média é de 60%. Cerca de 87% diz confiar nas recomendações (a média é de 79%). Dos entrevistados, 73% comprou um produto em link compartilhado por um influenciador nos últimos seis meses (a média é de 61%). E 83% considera conveniente comprar diretamente de um link de influenciador, enquanto a média é de 74%.

Dos países e regiões avaliadas, com exceção do Brasil, o Reino Unido apresenta as maiores taxas de respostas. O levantamento também registrou que 83% dos brasileiros já fizeram compras acima de 100 reais com base em recomendações de influenciadores.

Na média geral do estudo, oito em cada dez consumidores confiam nas recomendações dos influenciadores. Dos entrevistados, 64% afirma descobrir novos produtos via influenciadores em uma frequência diária ou semanal.

Preocupações dos consumidores

O levantamento da Rakuten Advertising também apresentou pontos de atenção que atrapalham o vínculo entre o influenciador e o consumidor. Segundo o estudo, 53% dos entrevistados acreditam que a inteligência artificial diminui a credibilidade do creators. Para 12%, a IA aumenta a credibilidade. Para 35%, não tem efeito.

Ainda que 74% use links compartilhados por influenciadores em compras, 27% não se sente confortável devido à desconfiança da legitimidade dos links. Já 32% se preocupa com rastramento e coleta de dados.

Além disso, o consumidor também está atento à autenticidade. Segundo o estudo, 84% dos consumidores afirmam parar de seguir creators quando percebem que eles não estão sendo autênticos.

Tendências no mercado de influenciadores

A pesquisa da Rakuten Advertising aponta para um crescimento dos microinfluenciadores, aqueles com 10 a 99 mil seguidores. A porcentagem de usuários que migram para microinfluenciadores é maior entre os segmentos de beleza (25%), lar e lifestyle (24%), tecnologia (23%), viagens (23%), alimentação (22%) e moda (22%).

Já os vídeos curtos são o formato favorito de 32% dos entrevistados, na média dos seis países. Eles são mais populares no Brasil, onde é preferência de 55% dos respondentes.

Depois desse formato, no Brasil, há prevalência dos vídeos gravados (25%), vídeos ao vivo (6%), fotos (4%), podcast (3%) e conteúdo escrito (2%).

Fonte: Meio&Mernsagem

Por que a OpenAI, dona do ChatGPT, contratou sua primeira líder de marketing?

5 de dezembro de 2024 às 11:13


Kate Rouch ingressa na companhia com a missão de fazer uma ofensiva de marketing para popularizar ainda mais a marca no cenário de inteligência artificial

(Crédito: Reprodução/Linkedin)

Com informações do Ad Age

A OpenAI, criadora do ChatGPT, contratou Kate Rouch como sua primeira chief marketing officer. A ideia é capitalizar o crescimento da popularidade da empresa no ambiente da inteligência artificial.}

Kate Rouch, que recentemente ocupou o cargo de CMO da Coinbase, começará na OpenAI no próximo dia 10. O foco da executiva será o marketing do conjunto de produtos da OpenAI, incluindo o ChatGPT, tanto para os consumidores quanto para empresas, segundo revelou a própria profissional ao Ad Age.

A nova CMO também irá liderar o marketing da missão da empresa, de desenvolver uma IA tão poderosa quanto a cognição humana, conhecida como inteligência geral artificial (AGI).

Rouch se reportará ao chief operating officer (COO), Brad Lightcap, e auxiliará na divisão da expansão de marketing da companhia, para a inclusão de talentos como profissionais especializados em marketing e pesquisas.

A contratação acontece depois de a chief financial officer (CFO) da OpenAI, Sarah Friar, dizer ao Financial Times que a companhia “está aberta a explorar novas fontes de receita” para impulsionar sua base de assinantes, mas que ainda não tem planos de fazer isso neste momento.

A OpenAI, que explodiu no cenário global em 2022, quando lançou o ChatGPT, se absteve de investir no marketing, mesmo quando concorrentes como Google e Perplexity veicularam anúncios inclusive na TV, nos Estados Unidos.

Agora, “as pessoas podem esperar nos ver partir para o ataque”, disse a nova CMO, ao Ad Age.

Antes de ingressar na plataforma de criptomoedas Coinbase, em 2021, Rouch passou 12 anos no Facebook, mais recentemente no posto global de head of brand and product marketing para o Instagram, WhatsApp, Messenger, Facebook, relações públicas e corporativas.

Fonte: Meio&Mensagem

3 de dezembro de 2024 – 18h51

Marcas precisam olhar para a Geração Alpha agora se quiserem sobreviver

às 11:05


Priscilla Oliveira

Editora

DATA

3 de dez. de 2024

CATEGORIA

Reportagens

Marcas precisam precisam olhar para a Geração Alpha agora se quiserem sobreviver

As gerações Alpha e Z têm forçado marcas a repensarem suas estratégias para manter relevância em um cenário onde comportamento, causas e consumo se transformam rapidamente. Ao analisar o comportamento do mercado, muito é direcionado apenas à GenZ, mas já é hora de o mercado entender que deve dar luz aos jovens da Geração Alpha, os nascidos a partir de 2010.

Eles estão moldando o futuro do consumo e transformando as estratégias de Marketing. De acordo com a pesquisa Gen Alpha Into Reality, realizada pelo grupo Alexandria, os hábitos e valores dessa geração estão exigindo uma adaptação urgente das marcas. 

Hoje eles são decisores de compra ativos: 94% dos pais millennials querem que seus filhos tenham opiniões ativas sobre as decisões de compra da família, o que significa que as marcas precisam considerar as preferências das crianças ao desenvolver suas estratégias de Marketing.pais millennials

Para a geração Alpha, a publicidade tradicional, marcada por interrupções, perdeu completamente a relevância. “Anúncios que invadem o que eles estão fazendo são ignorados de forma automática”, apontou o Tiago Cunha, Consultor Sênior do Grupo Alexandria, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Confira insights sobre a Geração Alpha para aplicar o quanto antes:

Publicidade imersiva

Segundo Cunha, essa é uma geração que prefere conteúdos integrados, nos quais a mensagem publicitária seja parte orgânica da experiência. “Plataformas como o Roblox ilustram essa tendência, sendo espaços não apenas para socialização, mas também para experiências interativas e educativas proporcionadas por marcas”, afirmou

Para impactar essa geração, as marcas precisam ir além de campanhas tradicionais e investir em experiências interativas, imersivas e autênticas. “Essa é uma geração que se conecta muito através de conteúdo imersivo e de novas linguagens, como games e interações digitais mais profundas”, destaca o especialista.Publicidade imersiva

Expectativas das novas gerações

As questões sociais continuam relevantes, mas com nuances diferentes. Tiago Cunha afirma que a Geração Z cobra das marcas causas e questões sociais. A Alpha, por outro lado, está mais conservadora em alguns aspectos, mas muito incisiva no que cobra. Por exemplo, questões de gênero são mais naturalizadas para eles, enquanto a crise climática emerge como o ponto principal.

Essa geração não apenas internaliza a emergência climática como uma realidade, mas também demonstra um crescente interesse em trabalhar em setores ligados à sustentabilidade. Para as marcas, isso significa que mensagens de impacto ambiental não podem ser genéricas: “Não é sustentabilidade, é crise climática”, frisou.Expectativas das novas gerações

A fragmentação cultural e o impacto nos ícones

Com a influência das redes sociais e da distribuição digital, os ícones culturais se tornaram mais fragmentados. “Antigamente, tudo era embalado e mais homogêneo, agora está mais solto. Há uma mudança de eixo cultural de Hollywood para a Coreia, por exemplo. No Brasil, temos muitos influenciadores mirins impactando essa geração”, pontuou.

Além disso, as crianças hoje têm relações mais fluídas com as gerações anteriores: “Os ícones da geração podem ser de outras gerações. Uma criança pode adorar Led Zeppelin, por exemplo”. Essa dinâmica cria desafios para marcas que antes dependiam de influenciadores para centralizar suas campanhas.A fragmentação cultural e o impacto nos ícones

Reposicionamento constante para marcas jovens

“E essas marcas que se vendem como jovens estão sempre fazendo reposicionamento pra continuar jovens de fato, ao mesmo tempo que elas estão querendo ser jovens e as e os jovens estão querendo apelo nostálgico. Como é que encontra esse equilíbrio aí? Talvez você tenha que pensar mais em portfólio, em quais marcas ou linhas chegam a diferentes públicos, porque isso pode demandar elasticidade ou até mesmo uma nova marca.”

Uma estratégia clara é pensar no portfólio de forma a atender tanto a demandas emocionais quanto funcionais. Um exemplo disso é quando “a marca mistura benefício emocional com o funcional, trazendo indulgência com funcionalidade”, como observado no mercado de refrigerantes. Essa abordagem permite que as marcas se conectem tanto com consumidores nostálgicos quanto com os que buscam inovações.

Padrões de consumo e relevância ideológica

A geração Alpha é guiada por mais do que fidelidade às marcas; sua lealdade está atrelada a mensagens, ideologias e valores que ressoam com suas vivências. “Não é sobre a marca, mas sobre o que ela representa. A mensagem precisa ser relevante para gerar conexão”, destaca o especialista. 

A nostalgia, por exemplo, é um elemento que conecta millennials e Alphas, criando pontes emocionais entre gerações. O Adidas Samba, como exemplo, transcendeu sua importância histórica para conquistar novos públicos pela tradição e pelo resgate simbólico.

As marcas que se posicionam como jovens, constantemente se reposicionam para manter essa identidade. No entanto, ao mesmo tempo em que elas querem permanecer jovens, os jovens da Geração Alpha buscam um apelo nostálgico. Como encontrar esse equilíbrio? “Talvez não seja possível ter flexibilidade ou a flexibilidade esperada, e por isso é essencial pensar estrategicamente no portfólio. Isso pode implicar em desenvolver outra marca, uma submarca, uma linha endossada ou algo semelhante, que tenha um posicionamento e adequação adequada”, afirmou Tiago Cunha.

Influenciadores virtuais e a nova relação com a autoridade

Outro ponto relevante é como essas gerações percebem os influenciadores virtuais.“Parece que isso é recebido muito mais fácil porque não há essa relação com uma autoridade por trás do influenciador. Se o influenciador virtual fala algo que faz sentido, entra no modo randômico dessa geração e é aceito com naturalidade”, contou Tiago.

Esse comportamento abre espaço para que marcas experimentem com influenciadores gerados por IA, especialmente em campanhas voltadas à Geração Alpha.

Os novos consumidores

“Os filhos da geração Millennials são criados em um ambiente de horizontalidade familiar. Não é mais uma educação impositiva, mas uma interação baseada em psicologia positiva, com diálogo e participação ativa. Isso faz essas crianças verdadeiros mini shoppers”, pontuou Tiago Cunha.

O especialista ressaltou ainda que as marcas precisam enxergar essas crianças como parte do processo de decisão de compra, ao lado dos pais. “Quando pensamos em viagem, compra de carro ou mesmo a cesta do supermercado, essas crianças estão envolvidas. Elas pesquisam, opinam e participam como nunca antes. É uma educação participativa e horizontal”, afirmou.

A influência da adultização e dos códigos visuais

Tiago aponta ainda que o conceito de infantilidade como conhecíamos não é mais o mesmo. “Os ícones de entretenimento infantil, como a Pocahontas dos anos 80, praticamente desapareceram no formato clássico. Hoje, personagens e produtos seguem um campo estético muito mais alinhado à virtualidade e às experiências digitais”, destacou.

Essa mudança tem impactado também o design de embalagens. Um exemplo é uma consultoria realizada para uma grande marca de iogurtes, que estava presa a uma binaridade tradicional em seus produtos infantis. A solução foi migrar para uma estética mais “adulta” e conectada às experiências digitais dessa geração, aproximando as crianças dos códigos de consumo atuais.

Outra diferença é a relação com a educação, que tem impacto direto na maneira como as marcas comunicam conteúdos educativos. “A nova geração quer uma aprendizagem hands-on, com protagonismo. Modelos verticais de ensino frustram as crianças, que preferem abordagens transversais e interativas”, explicou. 

A adaptação às novas realidades do consumo infantil exige criatividade, empatia e um olhar atento às transformações culturais e tecnológicas. Entender os códigos estéticos e os comportamentos dessa geração é essencial para criar produtos, embalagens e experiências que realmente dialoguem com elas.

“O futuro do Marketing infantil não será sobre trazer o passado de volta, mas sobre construir novos caminhos alinhados às expectativas e à realidade das crianças de hoje. Sempre de uma forma imersiva”, concluiu.

Fonte: Mundo do Marketing

Concorrências, prazos de pagamento, transparência: Cenp lança guia de boas práticas

às 11:01


“Esse pacto é só o começo. Tem muito a evoluir. Temos uma responsabilidade coletiva em deixar um legado para as próximas gerações.”

 Cenp – Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário reuniu o mercado no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo, na manhã desta terça-feira (3), para lançar o ‘Pacto Cenp – O guia das boas práticas do mercado publicitário’, cujo acesso é gratuito.

Desenvolvido ao longo dos últimos 18 meses, o documento apresenta recomendações para concorrências, sustentabilidade financeira, transparência nos processos e planos de incentivo – temas cruciais da indústria da comunicação.

Diálogo, capacitação de equipes, atenção aos prazos, remuneração, clareza nos custos, proteção autoral, esforços em investimentos e relacionamentos, envolvimento de lideranças, respeito aos critérios técnicos e observância a questões contratuais estão entre as advertências gerais listadas pelo Cenp para a construção de relacionamentos mais saudáveis – hoje uma das principais pautas da entidade, que atua cada vez mais como fomentadora de boas práticas e menos como fiscalizadora.

Luiz Lara, presidente do Cenp – Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário e chairman do grupo TBWA no Brasil (Divulgação)

Os temas serão trabalhados na agenda de 2025 da entidade. Uma série de eventos estão sendo organizados pelo país com a missão de repactuar crenças e valores.

“Esse pacto é só o começo. Tem muito a evoluir. Temos uma responsabilidade coletiva em deixar um legado para as próximas gerações. O mundo vai mudar, com inteligência artificial, mas o mercado sempre dependerá dos profissionais, e a confiança é o maior patrimônio intangível de um mercado”, analisa Luiz Lara, presidente do Cenp – Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário e chairman do grupo TBWA no Brasil.

Prazos de pagamento
O documento alerta para o impacto negativo de prazos de pagamento extremamente prolongados na sobrevivência financeira das empresas. “Uma vez que os diversos compromissos das empresas têm vencimentos mensais, recomenda-se que os pagamentos de fornecedores e parceiros sejam realizados o mais próximo possível desse período, após o término do serviço prestado, evitando-se assim prazos elevados e nocivos para a sustentabilidade financeira de todo o ecossistema. As partes precisam estar em pleno acordo quanto a prazos de pagamentos mais estendidos, evitando-se imposições e respeitando-se sempre as praxes de mercado e a livre negociação”, sugere o documento.

Os prazos de pagamento hoje praticados no mercado se arrastam por até 180 dias, amarrando o capital das empresas e obrigando-as a contratar empréstimos. Os profissionais acabam se perdendo em dívidas que limitam aportes potencialmente aplicados em inovação, qualidade técnica e criativa. Conforme antecipado pelo propmark, o Cenp planejava lançar o documento em outubro a fim de promover relações sustentáveis e “mitigar eventuais discordâncias”.

A Associação Brasileira de Produtoras de Som (Apro+Som) já trabalha na elaboração de proposta para um projeto de lei, cujo objetivo é garantir que as empresas voltem a receber em 30 dias. “Uma atuação de ordem legal frearia essa prática de prazos muito longos”, declarou à época Bia Ambrogi, presidente da associação.

Divulgação
Campanha com o mote “Consulte e, o mais importante, adote”, será veiculada com anúncios em jornais e desdobramentos no meio digital a fim de divulgar o ‘Pacto Cenp’. No total, serão cerca de sete peças.

“A campanha conta o papel que esta gestão tem em trazer os players para o projeto”, comenta Ricardo Chester, vice-presidente de creative insights da AlmapBBDO, que assina o trabalho probono feito para o Cenp. A ação explica o propósito da entidade e convida os profissionais a acessar um QR code para baixar o documento.

Em 2023, o Cenp comemorou os seus 25 anos de existência. Sob o conceito “Cenp. Há 25 anos fazendo coisas que você nem imagina pelo mercado publicitário”, a celebração tinha o objetivo de mostrar o papel da entidade no mercado.  Hoje, o Cenp tenta firmar o seu papel como agente para discutir e estabelecer recomendações à propaganda brasileira.

Fonte: Propmark

Por Janaina Langsdorff – 03 de Dezembro de 2024 | 16:12


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