Campanha do WhatsApp combate fake news durante as eleições

30 de outubro de 2020 às 13:17


Assinadas pela AlmapBBDO, peças estimulam usuários a checar informações

Por Leonardo Araujo

O WhatsApp iniciou esta semana a veiculação de uma campanha de conscientização sobre a importância do combate às notícias falsas nas eleições 2020. Renata Costa, gerente de consumer marketing do Facebook Brasil, explicou ao PROPMARK os detalhes da comunicação.

Renata Costa, gerente de consumer marketing do Facebook Brasil (Divulgação)

Assinada pela AlmapBBDO, as peças são focadas em três principais mensagens: na importância de verificar a veracidade da informação antes de compartilhar, na possibilidade de denunciar mensagens de disparo ilegal em massa e nas medidas tomadas pelo WhatsApp para evitar a divulgação de notícias falsas na sua própria plataforma.

“Tomamos várias medidas de produto desde 2018 que muitas vezes o consumidor não tem visibilidade”, explica Renata, ressaltando o limite de 256 participantes por grupo, além da marcação de mensagens que foram encaminhadas mais de cinco vezes e que, agora, só podem ser direcionadas para uma única conversa por vez. “Essa mudança levou a uma redução global, também observada no Brasil, de 70% no número de mensagens frequentemente encaminhadas pelo aplicativo”.

Uma das preocupações foi deixar a comunicação didática. “Tínhamos muito essa preocupação de ser algo fácil, de não ser nada muito técnico”, diz a gerente. “A campanha, como um todo, tem a tagline ‘Vamos combater as notícias falsas’, que foi muito pensada porque queríamos mostrar que é uma responsabilidade compartilhada. Então, a gente faz a nossa parte, mas é importante que os consumidores também façam a parte deles”, complementa a executiva.

As artes, que transformaram os emojis do WhatsApp nos tradicionais pins eleitorais usando as cores da bandeira do Brasil, serão exibidas no Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e também serão veiculadas nos principais sites de notícias e jornais do país.

(Divulgação)


“A campanha é um misto entre digital e print. No digital, temos as nossas próprias plataformas. Facebook, Instagram, mas também Youtube, Twitter, Spotify, Teads, que é programática, e temos alguns publieditoriais também que vão sair com UOL e com Folha.[…] Também saímos em três jornais: Folha, Estadão e O Globo. A partir de semana que vem, iremos sair em Veja, Isto É e Época”, enumera Renata.

As mensagens ganham ainda o reforço de influenciadores digitais como Evaristo Costa, Matheus Ribeiro e Mari Palma, entre outros nomes. Esta ação, especificamente, deve começar no próximo dia 9 de novembro.

“O que sempre tentamos fazer quando trabalhamos com influenciadores é ter representatividade porque o WhatsApp é um app que está na mão de quase 100% dos brasileiros, então, a gente sempre faz muita questão de ter um bom equilíbrio entre homens e mulheres, representantes das comunidades LGBT, da comunidade negra, então a gente sempre tenta fazer esse mix para que as pessoas que usam o WhatsApp todo dia se verem representadas”, explica.

“Além disso, para eleições especificamente, como é um tema bastante sensível, a gente selecionou influenciadores com um posicionamento político mais neutro e buscamos perfis mais jornalísticos, pessoas com credibilidade e que tem um histórico de não se envolver com polêmica e que influenciam positivamente os seus seguidores”, revela a gerente.

A campanha será exibida até 29 de novembro, quando acaba o segundo turno das eleições. O KPI principal, além é claro, a imagem e reputação do WhatsApp, é, segundo Renata, o quanto as pessoas que foram impactadas pela campanha, de fato, tomaram alguma ação.

“Ou seja, entraram no bot, fizeram uma denúncia, interagiram de alguma forma. Porque o que a gente quer promover mais do que uma mudança de imagem, mas uma mudança de comportamento. Não adianta a gente fazer todas as medidas de produtos possíveis, se isso não tiver um impacto na postura de quem recebe a notícia”, reflete a profissional.

A empresa está trabalhando com as outras plataformas, especialmente Google e Yahoo, para derrubar anúncios que oferecem serviços de disparos massivos. Entre junho até final de setembro, mais de 20 mil ads do tipo foram removidos.

“Somos firmes nos nossos princípios em garantir a liberdade de expressão dos nossos usuários, tanto que temos criptografia de ponta a ponta, privacidade 100%… Mas a gente sabe que as notícias falsas são um problema hoje na sociedade em que vivemos e temos um dever, como app que está na mão de quase 100% dos brasileiros, de minimizar esse problema”, finaliza Renata.

Fonte: PropMark


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