Comunidades ajudam marcas a construir reputação e vínculo emocional

Especialistas e microinfluenciadores apontam caminhos para empresas que buscam engajamento duradouro com seus públicos
No cenário atual, o conceito de comunidades de marca tem se tornado um dos maiores ativos para as marcas que buscam não apenas vender produtos, mas criar relações duradouras e significativas com seus consumidores. Quando bem cultivadas e valorizadas, essas comunidades podem ser responsáveis por fortalecer a reputação de uma marca, ampliar sua visibilidade e promover um vínculo emocional com o público. Mas o que são exatamente essas comunidades, como elas influenciam o mercado e qual o papel dos microinfluenciadores nesse processo?
As comunidades de marca não são um conceito novo, mas evoluíram com o tempo, especialmente com o advento das redes sociais. Originalmente, as “comunidades de fãs” estavam associadas ao universo do entretenimento, como os fã-clubes de artistas, atletas ou grupos musicais. Com a chegada da internet e das redes sociais, esse conceito se expandiu para incluir marcas de todos os setores.
Wagner Venturini, professor da ESPM, destaca que “a internet, sobretudo as redes sociais, permitiram o estabelecimento do senso de pertencimento e fortalecimento de identidades dos fãs.” As comunidades de marca passaram a ser formadas por consumidores que se identificam profundamente com os valores e a proposta de uma marca, criando um ambiente onde se compartilham experiências e conteúdos.
A principal importância das comunidades de marca reside na capacidade de gerar um senso de pertencimento e lealdade entre os consumidores. José Maurício Conrado, professor da Mackenzie, ressalta que “nós vivemos em grupos e o sentimento de pertencimento é essencial para a nossa convivência social”. Esse pertencimento, no contexto das marcas, resulta na criação de uma rede de consumidores que se sentem parte de algo maior, o que pode gerar uma defesa espontânea da marca e uma promoção orgânica, como é o caso de muitos movimentos nas redes sociais.
Além disso, as comunidades têm um papel fundamental na amplificação da mensagem da marca. Quando os consumidores se sentem parte de uma comunidade, eles não apenas consomem os produtos, mas se tornam defensores ativos da marca, promovendo-a por meio de suas redes sociais e interações cotidianas.
Bruna Dias, microinfluenciadora e sócia do PlayNest, afirma: “As comunidades ajudam as marcas a construírem sua reputação, mas acho que, além disso, ajudam a mantê-la. Nos momentos delicados, as comunidades podem entender o contexto da marca, ouvir com mais proximidade, e até defendê-la, ampliando a mensagem de forma totalmente orgânica”.
Fonte: Propmark