Geração Z e IA: como influenciadores virtuais moldam decisões de compra

Um em cada três consumidores da Geração Z agora toma decisões de consumo com base em recomendações de influenciadores gerados por inteligência artificial
Um em cada três consumidores da Geração Z agora toma decisões de compra com base em recomendações de influenciadores gerados por IA. É o que aponta uma nova pesquisa da Whop, um marketplace de produtos digitais.
O relatório reuniu dados de pesquisa com 2.001 americanos, de 12 a 27 anos. Foi constatado que a tendência é particularmente forte entre consumidores em idade universitária. Quase metade dos jovens de 19 a 21 anos segue influenciadores de IA, com 47% dos homens jovens seguindo essas contas, em comparação com menos de 40% das mulheres jovens.
Embora muitos argumentem que os influenciadores de IA não têm a autenticidade necessária para vender produtos, isso pode não importar — especialmente para a Geração Z.
AUTENTICIDADE VERSUS ALCANCE
Pesquisas anteriores comprovam isso. Quase metade (46%) dos jovens da Geração Z afirmam ser mais propensos a confiar em uma marca que trabalha com influenciadores de IA. Isso mesmo, quase a metade.

Enquanto isso, apenas 35% dos entrevistados da Geração Z disseram valorizar a autenticidade de um influenciador, de acordo com o Relatório de Marketing de Influenciadores de 2024 da Sprout Social, em comparação com cerca de metade dos millennials, da Geração X e dos baby boomers.
O que a Geração Z realmente se importa é com o número de seguidores. Quase metade (47%) disse que o número de seguidores importa mais do que a autenticidade dos influenciadores. Sem surpresa, 49% dos influenciadores admitem estar preocupados.
INFLUENCIADORA LIL TEM CONTRATO COM BMW E DIOR
Lil Miquela, uma das criadoras virtuais de maior destaque, com 2,4 milhões de seguidores no Instagram, fechou contratos com marcas como BMW, Calvin Klein e Dior.
A personagem supostamente ganha perto de sete dígitos anualmente; um artigo da Bloomberg de 2020 estimou que ela ganha US$ 8.000 por postagem patrocinada, citando dados da OnBuy. Outros influenciadores de IA notáveis incluem Noonoouri (498.000 seguidores) e Shudu (237.000 seguidores).
TEM BRASILEIRA EM DESTAQUE
Até a brasileira Lu do Magalu entra no hall de influenciadores feitas por IA. A tech-personagem do Magazine Luiza tem atualmente 7,8 milhões de seguidores no Instagram – muito mais do que as colegas estrangeiras.
Nas postagens, Lu aparece em aula de cerâmica, no cinema, devorando um pote de doce de leite, se preparando para o show da Lady Gaga ou anunciando algum dos produtos comercializados pela varejista.
Segundo a empresa brasileira, a Lu foi criada em 2003 para ser “uma voz para o site de e-commerce do Magazine Luiza. “De vendedora digital, que auxiliava as pessoas no processo de compra por meio de conteúdos, ela passou a celebridade virtual, que conversa, dança, interage e se posiciona diante de temas importantes, como causas pró-mulheres, antirracista e de inclusão social“, informa.
PLATAFORMAS ESTÃO DE OLHO
As plataformas agora estão se aproximando. A Meta lançou recentemente ferramentas que permitem aos usuários criar seus próprios personagens de IA no Instagram e no Facebook, abrindo caminho para que criadores criem seus próprios influenciadores virtuais sem a necessidade de conhecimento em programação ou design.
“Nossas descobertas são claras: as gerações mais jovens estão ávidas por oportunidades de ganhar dinheiro online. É um sinal dos tempos, e mais está por vir”, disse Cameron Zoub, diretor de crescimento e cofundador da Whop, em um comunicado. “No entanto, criar um influenciador de IA e a capacidade de viver dele são duas coisas muito diferentes.”
Fonte: FastCompany
Link da matéria: https://fastcompanybrasil.com/money/gen-z-toma-decisao-a-partir-de-influenciadores-gerados-por-ia/