75% das empresas erram ao subestimar o impacto da Geração Z nas vendas


Em um cenário cada vez mais competitivo, muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para se conectar de forma eficaz com a Geração Z, cujo impacto nas vendas segue sendo subestimado por parte significativa do mercado.
Cerca de 75% das empresas ainda consideram que a Geração Z tem um impacto “limitado” ou “nulo” sobre os resultados de vendas, conforme aponta uma pesquisa realizada pelo InstitutoZ, braço de pesquisa e capacitação da consultoria Trope em parceria com a MMA LATAM.
O estudo analisa os desafios enfrentados pelas empresas na relação com os nativos digitais, incluindo aspectos como comportamento de consumo, influência, comunicação, carreira e estratégias de negócios.
Entre os dados obtidos, 13% dos respondentes reconhecem que essa geração tem impacto significativo nas vendas de produtos ou serviços, enquanto outros 13% apontam que o impacto é forte.
Já 20% avaliam que o efeito da GenZ é moderado, sendo percebido principalmente em respostas a ações promocionais ou variações sazonais. Por outro lado, 26% classificam o impacto como limitado e 28% acreditam que ele é pouco relevante ou inexistente.

O que dizem os especialistas
Para Luiz Menezes, fundador da Trope, essa percepção está desalinhada com a realidade de mercado. Ao contrário do que muitas empresas acreditam, os jovens da Geração Z não vivem de mesada dos pais. Eles possuem seu próprio dinheiro e representam uma grande oportunidade para as marcas. Inclusive, o poder de compra estimado dessa geração no Brasil é de R$ 662 bilhões ao ano, segundo dados do IBGE, da FGV e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PDA Contínua).
Luiz também destaca que o poder de influência da Geração Z vai além do consumo direto. Essa é uma geração que dita tendências e influencia as demais. As marcas que não se dedicarem a entender e construir conexões com esses consumidores agora correm o risco de perder relevância e participação de mercado.
A visão é compartilhada por Fabiano Lobo, CEO da MMA Latam, que ressalta a necessidade de uma mudança de postura por parte das empresas. As novas gerações já são consideradas o futuro, mas ainda não são vistas como tal pelas grandes corporações. As marcas têm um papel essencial na transformação dessa mentalidade.
Fonte: Mundo do Marketing