Cai a presença de mulheres e negros na comunicação dos anunciantes

19 de julho de 2024 às 16:25


Pesquisa da Buzzmonitor, SA365 e Elife analisou mais de 28 mil publicações nas redes sociais de 54 marcas

Na comparação com o ano anterior, a presença de mulheres caiu de 56,6% para 48,9%, enquanto a de negros foi de 34,8 para 31,6 (Crédito: Shutterstock)

A edição 2023 do estudo “Diversidade na comunicação de marcas em redes sociais”, realizada pela Buzzmonitor, SA365 e Elife, apontou uma queda na representatividade de mulheres e negros na publicidade online. Na comparação com o ano anterior, a presença de mulheres caiu de 56,6% para 48,9%, enquanto a de negros foi de 34,8% para 31,6%.

O estudo analisou 54 marcas, dos 20 principais anunciantes, apontados pela Kantar Ibope Media, em 2020. No total, foram analisados – usando inteligência artificial – 28.149 anúncios veiculados nas plataformas, como Instagram, Facebook e X, dos anunciantes. A base pesquisada foi de janeiro a dezembro de 2023.

No período, o grupo com maior presença nas redes sociais dos anunciantes foi o dos homens (68,9%), seguido por brancos (54,4%), mulheres (48,9%) e negros (31,6%). Na comparação com o ano anterior, a presença de pessoas gordas e LGBTQIAPN+ caiu, enquanto a de idosos e asiáticos aumentou.

Comparativo  

A pesquisa também traçou um comparativo entre a presença na publicidade versus na população. Pessoas com deficiência, gordos, idosos e LGBTQIAPN+ são os que apresentam a maior disparidade entre a população e a presença online. Os idosos, por exemplo, representam 15,6% da população e aparecem em apenas 3,1%.

Pessoas gordas 26,8% para 1,9%, LGBTQIAPN+ de 12% para 1,9% e PCDs de 8,9% para 0,6%. Os homens e pessoas brancas, em contrapartida, estão super-representadas na comunicação das grandes marcas. Os homens são 48,5% da população e aparecem em 68,9% do conteúdo dos anunciantes. Já a população branca é 43,5% e aparece em 54,4% dos anúncios.

Os asiáticos também foram super-representados. Eles estão 8,6% das publicidades e estão em 0,5% dos anúncios. A base para os dados são o Censo e a PNAD de 2022. Confira também os resultados do ano passado.

Fonte: Meio&Menssagem

16 de julho de 2024 


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