Apenas 11% dos consumidores conseguem associar celebridades às marcas

Pesquisa da TroianoBranding sugere que as parcerias de Marketing com grandes nomes do mercado de entretenimento podem estar aquém das metas estabelecidas
Parcerias entre marcas e celebridades estão longe de ser uma raridade no Marketing nacional. Quando bem-sucedidos, estes casamentos costumam durar o suficiente para dar às personalidades o título de garotos(as)-propaganda de uma empresa. Curiosamente, no entanto, apenas 11% dos brasileiros conseguem relacionar as celebridades às marcas que elas anunciam.
O dado, levantado em uma pesquisa conduzida pela TroianoBranding em parceria com a Brazil Panels, coloca um notável ponto de interrogação sobre a eficiência comercial das parcerias com celebridades, considerando, sobretudo, o balanço final da relação descrita pelo retorno obtido pelas empresas e os altos valores investidos neste tipo de ação.
Para chegar ao número, considerado baixo por Jaime Troiano, presidente da condutora da pesquisa, a empresa mostrou a cada participante dez celebridades, com nome e foto, escolhidas aleatoriamente em uma lista de 27 nomes. Para cada uma das personalidades, os respondentes foram convidados a considerar marcas em um grupo de 15 e associá-las aos famosos apresentados.
A cantora Iza, a atriz Marina Ruy Barbosa e os apresentadores Fátima Bernardes, Tiago Leifert e Marcos Mion fugiram da regra, por pouco: celebridades com os maiores índices de conexão reportados na pesquisa, o índice de associação destas personalidades às marcas que os contratam não passou de 21%.
Em outro recorte, a TroianoBranding levou em consideração apenas os resultados das pessoas que diziam conhecer as celebridades apresentadas: neste caso, a capacidade de relacionar o garoto-propaganda com a marca sobe para 16%. As personalidades mais reconhecidas foram o chef Alex Atala, a tenista Bia Haddad, a cantora Iza, a atriz Camila Queiroz e o ex-BBB Gil do Vigor.
Refletindo sobre os números da pesquisa, Jaime Troiano ressaltou a importância da identidade na seleção de parceiros de Marketing adequados. Na avaliação do executivo, tais decisões não devem ser tomadas com base em oportunidades pontuais – é preciso analisar, primeiro, o ‘fit’ da marca com a escolha da celebridade para apoiá-la ou representá-la.
Fonte: Mundo do Marketing
Por Ian Cândido – 08/07/2024