BrandLovrs lança Creator Ads mirando conexão entre marcas e micro influenciadores

13 de novembro de 2024 às 19:44


De um lado, um pool formado por mais de 200 mil micro e nano criadores de conteúdo, influentes em nichos altamente disputados no mercado. Do outro, empresas dispostas a investir em Marketing de influência e estender o alcance da marca a territórios inalcançados. 

Unindo oferta e demanda, a BrandLovrs lançou nesta segunda-feira (11) o Creator Ads, plataforma criada para simplificar e automatizar a compra de mídia programática com creators. Segundo Rapha Avellar, CEO da BrandLovrs, a ferramenta nasce com o objetivo de conferir às campanhas digitais mais rapidez, eficiência e transparência. 

Para isso, o desenvolvimento do Creator Ads passou pelo embarque de soluções criadas para derrubar barreiras comuns às estratégias de influência. O CEO afirmou que a ferramenta tem como foco escalar as campanhas de forma automatizada, oferecendo alcance e frequência comparáveis a formatos tradicionais de mídia.

O Smart Match

A nova ferramenta da BrandLovrs atua como intermediária entre marcas e creators desde o “casamento” entre as partes – uma responsabilidade crucial delegada à Smart Match, tecnologia criada a partir de inteligência artificial com a missão de garantir sintonia entre influenciadores, campanhas e empresas.

Para Avellar, o coração da solução [Creator Ads], é a Smart Match, AI proprietária da BrandLovrs. Analisando grandes volumes de informações sobre 200 mil criadores que integram a plataforma, a ferramenta é capaz de recomendar o influenciador ideal para uma campanha de forma imediata com o auxílio do Guardian, outra IA presente na ferramenta.

“O Guardian identifica todos os parâmetros importantes de uma marca, todos os pontos do briefing e o que os creators foram orientados a fazer e a evitar. Do outro lado, a IA lê milhares de vídeos e analisa cada um deles para garantir a segurança da recomendação, caso uma parceria seja firmada”, explicou o CEO.

Esta aplicação, segundo o executivo, é particularmente útil para empresas que não podem dispensar tempo às tarefas de busca e seleção de influencers compatíveis com os objetivos de uma campanha. “Temos um perfil muito exato de cada tipo de creator e sua respectiva audiência, o que nos permite fazer o matching exato com os anunciantes”, pontuou.

Outras promessas

Servindo como uma ponte entre marcas e influencers, o Creators Ads promete atuar em outras frentes de contato. Uma delas é a transparência e mensuração de resultados. No hub da plataforma, marcas acompanham em tempo real as métricas de cada ação, incluindo o alcance e o engajamento das publicações feitas pelo creator recomendado.

Outra questão endereçada no Creator Ads é a formalização do trabalho dos influenciadores através de pagamentos pontuais e assegurados. Para isso, a BrandLovrs incluiu um sistema chamado “Creator Pay,” criado para gerar pagamentos rápidos e automatizados, garantindo que os influenciadores recebam de maneira ágil.

“Queremos trazer escala e automação para o processo inteiro, tanto das marcas quanto dos criadores. As facilidades quebram barreiras e permitem alguns feitos incríveis, como por exemplo, a possibilidade de trabalhar com cinco mil criadores, gerando milhares de conteúdos simultâneos”, finalizou Avellar.

Fonte: Mundo do Marketing

Apoiados por publicidade, canais fast inovam o consumo de conteúdo digital

às 19:41


Em franca expansão, modelo ganha protagonismo ao oferecer novas oportunidades de engajamento das marcas com os seus consumidores

O mercado de mídia digital vive uma transformação com o crescimento dos canais fast (free ad-supported streaming television), plataformas que oferecem programação gratuita com publicidade. Esse modelo, já consolidado nos Estados Unidos, atrai cada vez mais a audiência e os investimentos também no Brasil, apresentando-se como uma alternativa eficiente para que as marcas alcancem públicos diversos e altamente engajados.

Por aqui, a expansão dos canais fast é impulsionada pela popularização das Smart TVs e pelo desejo dos consumidores por opções gratuitas, o que cria um cenário promissor para o mercado de comunicação e marketing.

Canais Fast
Fast channels são plataformas que oferecem uma experiência de visualização linear, transmitindo uma programação contínua e variada, financiada pela publicidade, ao contrário do modelo de assinatura de outras plataformas.

Essa experiência espelha a TV tradicional, mas com a liberdade e flexibilidade do streaming, permitindo que os consumidores acessem uma grade de canais diversificada sem custos.

Em vez de exigir assinatura, os canais fast financiam os seus conteúdos por meio de anúncios. Chegam como uma solução acessível para consumidores e anunciantes.

Panorama
O cenário brasileiro começa a se abrir  principalmente com o avanço das Smart TVs. Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em 2023, das 71,5 milhões de residências brasileiras com televisão, 34 milhões tinham Smart TVs. A familiaridade do público com o streaming é crescente.

O Samsung TV Plus, um dos principais players do segmento, está presente em mais de 20 milhões de Smart TVs ativas no Brasil e em mais de 7,7 milhões no México. Somando os dois países, são mais de 110 milhões de consumidores em potencial, segundo dados da Samsung.

Esse amplo alcance coloca a plataforma entre os três aplicativos mais consumidos nas Smart TVs no Brasil e no México, consolidando-a como um destino estratégico para anunciantes que buscam visibilidade e engajamento.

As informações da Samsung mostram ainda que 76% do tempo que os brasileiros dedicam ao consumo de conteúdo em suas Smart TVs é gasto em plataformas de streaming. No México, essa taxa chega a 85%.

Diante desse comportamento de consumo, anunciantes que concentram as suas verbas apenas em mídia linear estão perdendo a chance de atingir um público significativo. Para as marcas, o ambiente das Smart TVs oferece um canal direto com uma audiência altamente ativa e conectada, que valoriza a experiência e o acesso a conteúdo gratuito e  bancado por anúncios.

Fonte: Propmark

11 de Novembro de 2024

Da teoria à prática: como os profissionais de marketing podem usar IA?

às 19:39


Quarta edição do Blue Connections, evento realizado por Meio & Mensagem, abordou como as infinitas possibilidades da IA podem otimizar tempo e custos na indústria criativa

“O que a sua equipe de trabalho faz hoje que poderá ser evoluído ou melhorado com o uso da inteligência artificial?” Essa questão foi proposta por Paulo Aguiar, creator e cofundador da CR_IA, no palco da quarta edição do Blue Connections, evento realizado nesta terça-feira, 12, por Meio & Mensagem para os membros do Círculo Liderança, no espaço do Blue Note, em São Paulo.

profissionais de marketing

(Crédito: Supatman/Adobe Stock)

Pesquisador voraz das possibilidades que a inteligência artificial já traz – e ainda pode trazer – para as pessoas e para os negócios, Aguiar convidou o público presente a iniciar a jornada com a IA a partir desse questionamento. Afinal, não adianta ter uma nova tecnologia à disposição sem conseguir compreender, de fato, como ela poderá ajudar para que todas vivam – e trabalhem – de forma melhor.

“A IA é uma tecnologia de propósito geral”, resumiu o especialista, logo no início de sua apresentação, contextualizando que, na escala de evolução da humanidade, apenas o carvão, a eletricidade e os computadores tiveram o mesmo potencial.
Isso porque, segundo ele, a Inteligência Artificial é capaz de gerar coisas e possibilidades que a humanidade ainda nem imagina.

“O grande diferencial da IA é que, pela primeira vez, existe a possibilidade de as máquinas entenderem e interpretarem a linguagem humana. Não é mais necessária a existência de um tradutor para usar a IA porque ela já entende nossa linguagem. E isso é algo totalmente transformador, sobretudo quando pensamos nos possíveis efeitos que pode trazer ao processo criativo”, pontuou.

Infinitas possibilidades

O cofundador da CR_IA seguiu sua apresentação mostrando diversos exemplos de aplicativos e plataformas que, via inteligência artificial, permitem as mais inusitadas criações.

Uma boa forma de mensurar o quão rápido e inexplorado ainda é esse novo universo tecnológico é por meio de uma rápida visita ao portal There’s an AI for That, que Aguiar apresentou aos presentes. O portal já conta com mais de 20 mil soluções de inteligência artificial para os mais variados assuntos e, a cada dia, agrega ao menos uma nova ferramenta à lista.

Essa proliferação de possibilidades de imagens, textos, áudio, vídeos, animações e quaisquer outros formatos que a imaginação possa criar trazem, ao mesmo tempo, incertezas em relação ao seu uso e adoção de tais ferramentas no cotidiano de uma atividade tão viva como a da criação.

Por isso, o profissional aconselhou os profissionais a tentarem assimilar a IA de forma mais prática, tentando compreender quais tarefas podem ser delegadas às máquinas, enquanto os seres humanos, por outro lado, ganharão mais tempo e condições de se voltarem às atividades que, de fato, complementarão os trabalhos da IA.

“Quando todas as ferramentas de IA tornaram-se algo de uso comum, de que maneira a sua marca criará um diferencial?”, provocou o especialista.

Aplicação prática de IA

Antes de Paulo Aguiar apresentar algumas das múltiplas possibilidades de utilização de IA para a criação de vídeos, imagens, textos, apresentações e outros tipos de conteúdo, o Blue Connections também contou com a participação de profissionais do Boston Consulting Group para mostrar um pouco de como as empresas já estão aplicando as soluções em seus departamentos de marketing.

Alexandre Montoro, sócio da consultoria, explicou que a IA Generativa, diferentemente do que a inteligência artificial já permitia, acrescenta uma camada bem mais robusta de possibilidades pela capacidade de gerar conteúdo a partir da linguagem humana.

Contudo, pontuou, começar a incorporar essa tecnologia no cotidiano não é algo simples. “Temos dados de uma pesquisa que mostram que 65% das empresas que investem em IA ainda tem dificuldade em enxergar o impacto que ela gera. Isso acontece porque, muitas vezes, as empresas querem realizar diversas atividades ao mesmo tempo, como se fosse um uso da tecnologia apenas pelo uso”, apontou.

O sócio da BCGx disse, ainda, que a incorporação no cotidiano das empresas deve seguir mais ou menos a proporção de 70/20/10. A maior parte dos investimentos, cerca de 70%, devem ser direcionados à transformação e capacitação das pessoas para que elas sejam capazes de manegar e explorar as ferramentas em todo seu potencial. Os 20% dos esforços devem ser aplicados à tecnologia, ou seja, às ferramentas, enquanto 10% devem ser direcionados ao desenvolvimento de algoritmos e soluções proprietárias especificas para o negócio.

A consultoria também dividiu com o público alguns exemplos de como seus clientes vem implementando soluções de IA. Uma companhia multinacional, por exemplo, contou com a consultoria da companhia para mapear quais atividades poderiam ser automatizadas.

Também diretora do Boston Consulting Group, Maria Campello contou que o trabalho consistiu em mapear cerca de 300 atividades que faziam parte do escopo da equipe de marketing. Após a listagem, a equipe, juntamente à consultoria, usou a IA para definir, entre tais atribuições, 20 atividades que poderiam ser automatizadas e realizadas pela máquina.

“Muitas vezes, é possível otimizar até 90% do tempo que era dedicado às tarefas, ampliando muito a produtividade. Como consequência, começamos a ver a diminuição dos erros humanos, pelo fato de conseguirmos voltar a atenção das pessoas para tarefas mais criativas”, resumiu a especialista.

Segundo Maria, a maior parte da utilização da IA no cotidiano do marketing e da publicidade está direcionada para a otimização do planejamento de campanhas, seleção de plano de mídia e adaptação de conteúdo e formatos de publicidade para diferentes formatos e linguagens.

Fonte: Meio&Mensagem

Bárbara Sacchitiello
12 de novembro de 2024

O que os profissionais de marketing esperam dos negócios em 2025

às 19:37


Relatório da Warc, Marketer’s Toolkit 2025 apontou a tensão entre social media e segurança, por exemplo, como uma das tendências para o próximo ano

A Warc apresentou, nesta terça-feira (12), o Marketer’s Toolkit 2025, que mapeia as tendências que moldarão as estratégias de marketing no próximo ano.

Segundo o documento, a melhoria das condições econômicas, a tensão entre mídia social e segurança da marca, o aumento dos consumidores que vivem estilos de vida mais solitários, a expansão do fortalecimento de marcas para englobar toda a experiência do cliente e a gestão do impacto da IA no meio ambiente são cinco tendências-chave.

A identificação das tendências no relatório baseia-se na metodologia proprietária GEISTE da Warc, que também incorpora uma pesquisa global com 1.165 executivos de marketing, entrevistas individuais com líderes de marketing em todo o mundo e análise e insights da equipe global de especialistas.

65% dos profissionais de marketing acreditam que o ambiente de negócios em 2025 será melhor que o deste ano
A indústria de marketing vê mais motivos para otimismo, com dois terços (65%) dos entrevistados na pesquisa acreditando que o ambiente de negócios em 2025 será melhor que o deste ano. Com a inflação em queda, a economia global entrando em uma nova fase e a confiança do consumidor se reconstituindo, o desafio para os profissionais de marketing é mudar a comunicação de aumentos de preços e descontos para construir ou manter o poder de precificação e mostrar por que o valor de suas marcas justifica um preço premium.

Os profissionais de marketing são aconselhados a utilizar o fortalecimento contínuo da marca para defender as estratégias de preços, evitar mudanças frequentes na publicidade, que podem confundir consumidores e desvalorizar uma marca, e se tornar a voz do cliente nas reuniões de diretoria, influenciando os 4Ps — preço, produto, promoção e ponto de venda.

US$ 3,7 trilhões estão em risco à medida que os clientes reduzem seus gastos
A crescente insatisfação global com a qualidade do atendimento ao cliente tornou-se uma questão crítica para os profissionais de marketing. A lacuna entre a promessa da marca e a experiência real do cliente está se ampliando, com as marcas enfrentando jornadas de clientes complexas, cortes de custos e pressões sobre as margens. Um impressionante valor de US$ 3,7 trilhões está em risco devido à redução de gastos ou trocas de marcas pelos clientes após experiências ruins.

De acordo com a pesquisa do Marketer’s Toolkit, a maioria dos profissionais de marketing de marcas gerencia diretamente apenas dois elementos da experiência do cliente: o design do site e/ou aplicativo e a medição da satisfação do cliente. Recomenda-se que as marcas adaptem suas estratégias para alinhar melhor a promessa ao cliente e a experiência, aumentando a memorabilidade e a distinção em pontos de contato críticos com o cliente (apps, sites, pontos de venda), e constantemente testem, aprendam e ouçam feedbacks.

40% dos anunciantes esperam que a segurança da marca tenha um “impacto significativo” em suas estratégias
Apesar das preocupações persistentes sobre o discurso de ódio e a desinformação, as grandes plataformas de tecnologia são vistas como indispensáveis para os planos de marketing de muitas marcas, absorvendo uma parcela maior dos orçamentos de anúncios. A WARC Media prevê que a Alphabet, a Amazon e a Meta responderão por 44% de todos os gastos globais com anúncios este ano.

40% dos respondentes da pesquisa do Toolkit esperam que a segurança da marca tenha um “impacto significativo” em sua estratégia de marketing nos próximos 12 meses, um aumento de 10 pontos percentuais em três anos, ainda que apenas 8% planejem reduzir ou cortar seu investimento em mídia social.

As preocupações persistem em relação à web aberta, ao aumento de sites gerados por IA feitos exclusivamente para publicidade (MFA) e aos mais de US$ 80 bilhões anuais perdidos globalmente devido à fraude publicitária, de acordo com a Jupiter Research.

32% dos profissionais de marketing vê preocupações com sustentabilidade da IA
A inteligência artificial está revolucionando a indústria publicitária, mas a promessa exponencial dessa tecnologia vem acompanhada de um consumo de energia insaciável.

Poucos profissionais de marketing estão focados na interseção entre IA, compra de mídia e sustentabilidade. É fundamental que marcas e agências incorporem a sustentabilidade em seus planos de IA, estabelecendo estruturas sustentáveis robustas.

Pesquisas mostram que gerar uma única imagem com um modelo de IA avançado consome tanta energia quanto carregar um smartphone – entre 5 g e 10 g de emissões de CO₂. Uma campanha típica gera emissões equivalentes às de sete pessoas em um ano.

68% dos profissionais de marketing não estão aproveitando o público solitário
O número de pessoas que vivem sozinhas tem crescido de forma constante nas últimas décadas. Em 2023, havia cerca de 484 milhões de domicílios de uma só pessoa em todo o mundo, representando um quinto de todos os lares. Esse número deve crescer 48% até 2040, superando a taxa de crescimento de todos os outros tipos de domicílio. Vivendo estilos de vida mais solitários, esses consumidores estão se tornando cada vez mais “atomizados” ao fazer compras, comer e se entreter sozinhos.

No entanto, relativamente poucos profissionais de marketing parecem direcionar produtos ou serviços para esse segmento, ou mesmo comunicar-se com a ressonância emocional adequada para estabelecer uma conexão com esse público.

As marcas têm uma oportunidade real de direcionar produtos e serviços para esse público, atendendo às suas necessidades específicas e reduzindo o “custo” de ser uma pessoa solteira, de modo a fazê-los sentir-se valorizados.

Fonte: Propmark

12 de Novembro de 2024

Cannes Lions expande e renomeia categorias para 2025

11 de novembro de 2024 às 17:00


O Glass: The Lion for Change aumentará seu escopo e o Social & Influencer Lions passará a se chamar Social & Creator Lions

O Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, que acontecerá de 16 a 20 de junho de 2025, anunciou que a categoria Glass: The Lion for Change expandirá os temas para além da representação de gênero. Com isso, passa a reconhecer a importância da interseccionalidade, desde deficiência e raça até sexualidade e desigualdade social.

“A expansão do escopo nos permite celebrar ideias que promovam uma representação mais equitativa para uma gama mais ampla de comunidades e também reflitam a importância de incorporar a inclusão autêntica em todo o processo criativo”, explica Marian Brannelly, diretora global de Prêmios do Cannes Lions.

A categoria Social & Influencer Lions foi renomeada para Social & Creator Lions, a fim de reconhecer o papel cada vez mais importante dos criadores no mercado. Novas categorias adicionadas ao Social & Creator Lions concentram-se nos criadores e no trabalho que eles estão produzindo especificamente para marcas. O Lions Creators retornará ao Festival pelo segundo ano.

Além disso, o Festival adicionará uma subcategoria e reconhecerá plataformas de marcas que demonstrem eficácia a longo prazo na construção do valor da marca. Também será lançada a iniciativa Country Pavilions que busca impulsionar uma maior representação global de países no Cannes Lions.

A novidade proporcionará aos países a oportunidade de mostrar a criatividade local no cenário global, promover economias criativas e servir como um centro para sessões de aprendizagem.

Fonte: Propmark

7 de novembro de 2024

54% das pessoas 60+ não se sentem representadas na mídia

às 16:50


Além de pesquisa, Nestlé lançou recentemente guia de letramento para combater o etarismo e promover o envelhecimento saudável

Recentemente, Nestlé e a Box 1824 realizaram uma pesquisa que traz novos insights e dados sobre a percepção do público 60+ sobre o envelhecimento. Os resultados indicam que 84% têm orgulho de falar sua idade atual, 57% não se sentem pressionados esteticamente para seguir um padrão de juventude e 54% não se sentem representados na mídia.  

Além disso, a Nutren Senior, marca da Nestlé de complementos alimentares para o público 50+, lançou recentemente o Guia Pró-Idade, material gratuito de letramento que busca romper com estereótipos sobre a maturidade e fomentar uma vida mais saudável e ativa.  

O guia, cocriado com a mentora, consultora e pesquisadora da longevidade Candice Pomi, aborda temas como combate ao etarismo e dicas para um envelhecimento saudável, com orientações práticas que envolvem desde a saúde física e mental até aspectos profissionais para pessoas acima de 50 anos.  

O material está disponível de forma gratuita pelo site. A proposta é apresentar uma nova visão sobre o envelhecimento e longevidade, incluindo ajustes sobre comportamentos e linguagens etaristas que precisam ser evitadas. O guia está dividido em três partes: despertar, expandir e planejar.  

Despertar para planejar

No capítulo “despertar”, o guia confronta estereótipos sobre o envelhecimento e convida o leitor a repensar a crença de “estar velho demais” para começar atividades novas. Já no pilar “expandir”, a cartilha aborda o que é o etarismo e seu impacto, além de propor uma atualização de linguagem, com um glossário pró-idade. Em “planejar”, há dicas de como se preparar para um envelhecimento mais saudável, discutindo questões como empregabilidade e empreendedorismo, saúde, bem-estar e relacionamentos. 

Lara Naccache Miranda, head de marketing de consumer care da Nestlé: “Buscamos impactar diferentes gerações e fomentar essa discussão na sociedade, ajudando todos a lidar com o envelhecimento de forma saudável e respeitosa (Crédito: Divulgação)

“Culturalmente, o Brasil ainda cultua a juventude, como se envelhecer não fosse natural, ou até mesmo algo a ser evitável. Mas todos nós envelhecemos e estamos cercados de pessoas envelhecendo. Com este guia, buscamos impactar diferentes gerações e fomentar essa discussão na sociedade, ajudando todos a lidar com o envelhecimento de forma saudável e respeitosa”, destaca Lara Naccache Miranda, head de marketing de consumer care da Nestlé.  

Longevidade brasileira

A expectativa de vida dos brasileiros tem aumentado a cada ano — praticamente dobrou no último século, passando para, em média, 77 anos, de acordo com levantamentos do IBGE.  

A previsão é de que o Brasil atinja a 5ª posição de país com maior porcentagem de pessoas com mais de 60 anos até 2030. Ainda assim, segundo dados do estudo Tsunami Prateado, 55% das pessoas com mais de 50 anos sentem que falta um olhar específico para suas necessidades, comportamentos e desejos.  

Conhecidos como “baby boomers”, os nascidos entre meados de 1945 e 1964 acompanharam diversas mudanças no cenário cultural, econômico e, até mesmo, de saúde e bem-estar. Segundo o estudo, esse público nasceu em uma época em que a expectativa de vida era de apenas 47 anos e que atingir a maturidade não era algo tangível. Logo, tornar-se “velho” representava decadência e dependência.  

A pesquisa também mostra que o público sênior está em momento de tomar as rédeas de sua vida e narrativas, e reconhecem que vivem uma nova experiência de como lidar com a velhice em comparação aos seus pais.  

O estudo entrevistou mais de mil pessoas acima de 60 anos. Entre os respondentes, 49% eram homens cis48% mulheres cis, 1% não-binárias, 1% homens trans e 2% mulheres trans. 

Fonte: Meio&Mensagem

7 de novembro de 2024 

Melhorar o ambiente das redes sociais também é responsabilidade das marcas

às 16:45


Cuide da sua presença nas redes e torne-a mais positiva

Crédito: David/ Pixabay

Nos últimos 10 anos, as redes sociais deixaram de ser apenas um passatempo e uma forma de manter contato com amigos para se tornarem uma presença constante na vida de quase todos. Os números comprovam isso: no mundo todo, as pessoas passam, em média, duas horas e 23 minutos por dia nas redes. Sem dúvida, elas ocupam um espaço significativo nas nossas vidas. 

E há outro dado surpreendente: mesmo com restrições de idade, quase 40% das crianças de oito a 12 anos e 95% dos adolescentes de 13 a 17 anos são ativos nessas plataformas – mostrando que elas fazem parte não só da vida adulta, mas também da realidade dos jovens.

Isso levanta questões sérias sobre a segurança de crianças e adolescentes e sobre o tipo de conteúdo a que todos estamos expostos – conteúdos que podem gerar ansiedade, espalhar desinformação e aumentar a polarização, tirando a leveza e a diversão que essas plataformas deveriam proporcionar.

É algo que me preocupa bastante  – como mãe de duas adolescentes e também como alguém que construiu sua carreira ajudando marcas a se posicionarem da melhor forma possível nas redes sociais.

Veja também

A responsabilidade de tornar as redes sociais um ambiente mais seguro é de todos – e, sim, isso inclui as marcas. Se você paga por anúncios ou promove conteúdos, tem um papel fundamental nisso. É preciso pensar não apenas no seu público-alvo, mas em todos que podem ver seu conteúdo, incluindo jovens e pessoas mais suscetíveis.

Antes, as marcas podiam evitar se envolver em debates sociais e políticos. Mas, em 2020, isso mudou. Com movimentos como o Black Lives Matter, a luta pelos direitos reprodutivos e questões LGBTQIA+ ganhando força, as empresas passaram a não poder mais se manter neutras sem perder o apoio dos consumidores.

Ninguém quer estar em um ambiente conhecido por ser polarizado e por impor padrões irreais.

Agora, com eleições importantes ocorrendo em todo mundo, essa responsabilidade social das marcas se torna ainda mais essencial. Há mais jovens aptos a votar do que nunca, então as empresas precisam comunicar seus valores de forma clara nas redes sociais, de um jeito que todos entendam.

Nada de discursos vagos, indiretos ou cheios de promessas vazias. As pessoas querem posicionamentos de verdade. E marcas que não oferecerem isso correm o risco de perder não só clientes – incluindo toda uma geração de novos consumidores –, mas também sua credibilidade, que é muito difícil de conquistar e manter.

PENSE NO QUE SEUS PORTA-VOZES DIZEM

Não se trata apenas do que sua empresa publica, mas também do que seus influenciadores e embaixadores falam em nome da sua marca. Você fez sua lição de casa para garantir que eles compartilham os mesmos valores e posicionamentos? Caso contrário, pode acabar enfrentando uma reação negativa do público.

O que as marcas podem fazer? Primeiro, uma análise detalhada da sua presença nas redes sociais. Qual imagem sua marca tinha no passado? O que as pessoas estão dizendo sobre ela agora?

Créditos: Milad Fakurian/ Unsplash/ Gabriel Pevide/ Hutangac/ iStock

Depois, aprofunde-se mais. Seus influenciadores e embaixadores sabem quais são os seus valores? O que eles publicam está em sintonia com os seus princípios? Com essas respostas, é possível criar uma estratégia de redes sociais – um documento dinâmico, revisado regularmente, a cada três ou seis meses, ou conforme necessário.

Como líder, você deve definir o tom, participar da estratégia, dar autonomia à sua equipe de mídias sociais, entender como cada publicação se encaixa no todo e, acima de tudo, garantir que a equipe tenha o suporte necessário para executar a estratégia de forma eficaz.

PROMOVA A POSITIVIDADE

No fim das contas, ninguém quer estar em um ambiente conhecido por ser polarizado e por impor padrões irreais. As redes sociais devem ser um lugar de alegria e inspiração – acredito que é isso que a maioria de nós deseja.

As pessoas querem posicionamentos de verdade.

Neste ano de eleições, quando as tensões estão altas, as marcas têm uma ótima oportunidade de trazer positividade para os nossos feeds e nossas vidas. Então, invista em conteúdos que façam as pessoas sorrirem, que as deixem bem com o tempo que passam online.

Porque as marcas não querem que a próxima geração cresça com uma visão negativa das redes sociais. Elas querem que esses espaços sejam vistos como um lugar onde é possível se conectar, aprender e se inspirar.

Trazer a alegria de volta e torná-las um ambiente que vale a pena frequentar é uma responsabilidade de todos nós – marcas, líderes do setor e influenciadores.

Fonte: Fast Company

08-11-2024 | TECH

10 tendências que garantirão competitividade às marcas em 2025

às 16:31


A urgência competitiva da sustentabilidade, o conforto e o alcance das transmissões ao vivo, o poder de engajamento das mídias sociais e o clamor por transparência na abordagem industrial protagonizada pela inteligência artificial: estes foram alguns dos pontos apontados como tendências de Marketing para o ano que vem no relatório Marketing Trends 2025, de autoria da Kantar.

Para chegar aos elementos que deverão ajudar marcas a garantir a atenção dos consumidores em um mercado cada vez mais competitivo, a empresa executou análises apoiadas por dados comportamentais e atitudinais extensivos, considerando um cenário caracterizado por mudanças sociais, demográficas, regulatórias e legislativas.

Segundo Milton Souza, CEO da Kantar Insights Brasil, com base nos apontamentos do time de especialistas da empresa, foram analisadas e recomendadas tendências macro e micro. O objetivo é que os profissionais de Marketing considerem os temas como parte do planejamento estratégico para sua jornada de crescimento de marca em 2025.

O relatório aponta dez tendências que farão a diferença em 2025:

Segurança virá em primeiro plano com a IA generativa

Os profissionais de Marketing ainda estão tentando descobrir como implantar a GenAI, qual será seu impacto e quais são os riscos. Isso porque novas funcionalidades são reveladas com frequência e o medo de ficar para trás é real: mais de um em cada três executivos não acha que ele ou suas equipes têm as habilidades de IA de que a empresa precisa.

A procedência dos dados utilizados pela IA, por sua vez, também será um grande tema em 2025. À medida que a GenAI se torna mais sofisticada, mais pessoas pressionarão pela transparência. Prova disso é que 31% dos brasileiros dizem que anúncios gerados por IA os incomodam e seis em cada dez consumidores afirmam se preocupar com a criação de anúncios falsos feitos pela IA generativa.

Sustentabilidade será um trabalho de Marketing

Atualmente, 87% dos brasileiros dizem querer viver um estilo de vida mais sustentável e 56% dizem que pararam de adquirir produtos e serviços de empresas que não investem em sustentabilidade ou impactam o planeta.

Com a promessa de que 2025 será um grande ano para a legislação de sustentabilidade, aumentando o impacto nas principais economias do globo, marcas deverão encarar o tema tanto como uma oportunidade quanto como um risco.

Na avaliação de Souza, até o momento, a maioria dos profissionais de Marketing não tiveram um desempenho satisfatório em fazer com que a sustentabilidade seja vista como algo significativamente diferente pelos consumidores.

Inclusão será um imperativo para o crescimento de marca

Para 76% dos brasileiros entrevistados pela Kantar, as empresas têm a obrigação de contribuir para a formação de uma sociedade mais justa. O clamor supera em quatro pontos percentuais a média global. No entanto, embora as evidências de que a inclusão leva ao crescimento de marca continuem a aumentar, os profissionais de Marketing seguem subestimando seu impacto. 

Ao ignorar a comunidade LGBTQ+, as mulheres, as pessoas com deficiência e as pessoas pretas e pardas, marcas têm uma perda potencial de R$ 1,9 trilhão – estimativa do poder de consumo desses grupos.

Redes sociais precisam inovar para recapturar a atenção

Pouco menos de um terço das pessoas diz que os anúncios de redes sociais capturam sua atenção. Os profissionais de Marketing costumam atribuir a culpa a um déficit de atenção entre públicos mais jovens, mas o desencanto é compartilhado por consumidores de todas as gerações.

Em 2025, a atenção nas mídias sociais precisará ser conquistada de forma contínua e consistente. E a qualidade do engajamento, que tem o maior impacto na eficácia criativa, se tornará ainda mais importante. Para Souza, o caminho para a conquista passará pela criatividade e inovação visual embutidas em novas maneiras de contar histórias antigas.

O quebra-cabeça da desaceleração do crescimento populacional

As empresas dependem do aumento populacional para impulsionar as vendas. Mas, atualmente, o índice de crescimento global está abaixo de 1% e a previsão é de que o número seja negativo até o fim do século. 

Na avaliação do CEO da Kantar, o declínio populacional cria uma urgência para os profissionais de Marketing predisporem mais pessoas para sua marca, para reivindicarem uma posição na mente dos consumidores e para encontrarem novos espaços nos quais crescer.

Em busca de uma estratégia que leve em consideração todos os formatos de vídeo

Entre canais tradicionais de transmissão, plataformas de assinatura sob demanda e serviços baseados em anúncios, há uma grande variedade de opções de consumo de vídeo disponíveis hoje. Isso, consequentemente, dificulta o trabalho dos profissionais de Marketing na hora de saber como posicionar melhor a publicidade.

Para o próximo ano, os executivos precisarão levar essas nuances em consideração, testando e aprendendo para encontrar o mix certo para cada campanha. Em dados, um número pequeno planeja diminuir seus investimentos em TV aberta no ano que vem, enquanto mais da metade dos profissionais de Marketing tem planos de aumentá-los em streaming.

Marcas se beneficiarão do poder das comunidades de criadores

As comunidades de criadores, seja sobre esportes, seja sobre beleza ou outro assunto, têm muito poder para predispor mais pessoas a uma marca. Isso significa que os criadores podem atuar como ponte vital para estabelecer confiança com os consumidores.

Souza ressaltou que estes acordos são uma via de mão dupla: colaborar com os criadores para entender o que eles buscam é de extrema importância para quem procura aumentar a base de usuários e a receita de anúncios.

Expandindo os limites da inovação

A inovação será essencial para marcas maiores que não conseguem crescer facilmente. A boa notícia é que há muitas lições sobre como as empresas inovam para inspirar 2025. Neste panorama, marcas que encontrarem novos espaços para operar podem dobrar suas chances de crescimento

A Fini, por exemplo, percebeu que seu apelo ia além dos doces. A companhia tinha potencial de levar suas cores vibrantes, texturas e sabores para categorias novas, o que resultou em colaborações de produtos como protetores labiais e calçados.

Transmissões ao vivo ainda terão força

Plataformas de transmissão ao vivo como Taobao Live, Douyin e WeChat alcançam metade da população chinesa para entretenimento e compras. E algumas previsões apontam que as vendas em transmissões ao vivo representarão 20% do varejo total no país até 2026.

Em 2025, a estratégia pode desempenhar um papel importante no envolvimento dos espectadores e no incentivo às compras. E, embora o comércio ao vivo se adapte melhor a itens pequenos e de movimentação rápida, todos os setores podem se beneficiar desse canal.

Redes de mídia de varejo estão em evolução

As redes de mídia de varejo (em inglês, retail media networks ou RMN) estão transformando a forma como as marcas interagem com os consumidores e permitindo anúncios mais segmentados e personalizados em vários pontos de contato – sites de varejistas, aplicativos, mídia de parceiros externos e até mesmo displays digitais nas lojas.

Ao colaborar com os varejistas em seus dados primários, os profissionais de Marketing podem ser mais precisos na segmentação e personalização de sua estratégia, o que, por sua vez, significa que insights detalhados do consumidor podem ser usados ​​para otimizar os gastos com anúncios e melhorar a eficácia da campanha.

Fonte: Mundo do Marketing

Ian Candido

8 de novembro de 2024

Marcas sofrem boicotes de 6 em cada 10 consumidores no Brasil

6 de novembro de 2024 às 14:37


Entre os motivos, estão episódios de desrespeito ou discriminação, incluindo racismo, homofobia e preconceitos.

O posicionamento de marcas ou mesmo dos executivos ligados a elas nunca teve tanto impacto no comportamento do consumidor. Nos dois últimos anos, 47% dos brasileiros deixaram de comprar produtos ou serviços de empresas que se viram envolvidas em episódios de desrespeito ou discriminação, incluindo racismo, homofobia, preconceitos e desrespeito com seus funcionários. Quando se juntam a isso boicotes gerados por questões relacionadas a compliance ou posicionamentos políticos, esse percentual sobe para 59%. Os dados são da pesquisa “Reputação das marcas: o que move o comportamento dos brasileiros”, realizada pela Nexus.

“Significa dizer que 6 em cada 10 consumidores já retaliaram marcas, deixando de consumir produtos ou serviços, por conta de erros cometidos por executivos ou mesmo pelas próprias empresas. Pode ter sido uma declaração infeliz, um post equivocado nas redes sociais“, afirma Marcelo Tokarski, CEO da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, da FSB Holding. “Isso mostra o quanto a reputação de marcas e empresas precisa ser cuidada todos os dias, com planejamento e coerência. Caso contrário, o impacto no caixa da organização pode ser brutal”, prossegue o executivo.

Em segundo lugar no ranking dos motivos que provocam boicotes a produtos ou serviços aparecem acusações de corrupção e fraude (42%), seguidas por impacto ambiental negativo (32%), ter executivos com visões políticas diferentes do consumidor (26%) e a empresa ser de outra nacionalidade que não a brasileira (21%).

No total, a pesquisa questionou os entrevistados sobre terem ou não boicotado marcas segundo uma lista de 10 motivos com respostas de sim ou não para cada um. No gráfico abaixo, alguns deles foram reunidos em cinco macrocategorias.

Fonte.: Redação de Redação

 4 de novembro de 2024

Globo adquire controle da Eletromidia e avança no out-of-home

às 14:32


Grupo de mídia, que já era dono de 27% das ações da empresa, assume mais 47% do negócio, passando a controlar a operação de OOH.

(Crédito: Divulgação)

A Globo Comunicação e Participações adquiriu o controle societário da Eletromidia, empresa de out-of-home da qual já detinha pouco mais de 27% das ações. A negociaçao foi anunciada no fim da noite dessa segunda-feira, 4, por meio da publicação de Fato Relevante.

Além da participação que já detinha, a Globo adquiriu a fatia de 47,09% do capital do fundo de investimentos Vesuvius LBO, controlador da Eletromidia.

Segundo o Fato Relevante, a Globo pagará o valor de R$ 27 por ação. Como está prevista a compra de um total de 65.923.980 ações, a estimativa é que o valor pago ultrapasse a marca de R$ 1,78 bilhão. Está previsto, ainda, um pagamento posterior de R$ 131,8 milhões (cerca de R$ 2 por ação).

Globo e Eletromidia: termos do acordo

No comunicado da negociação, a Globo informa que, uma vez implementadas as condições para a operação, apresentará á Comissão de  Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro de oferta pública unificada de aquisição de ações.

A partir disso, a Globo também solicitará o cancelamento do registro de companhia aberta da Eletromidia. A empresa de out-of-home havia aberto capital na Bolsa em fevereiro de 2021, sendo a primeira do segmento de publicidade a se tornar uma companhia aberta. Agora, será realizada uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) aos demais acionistas da Eletromidia, o que marcará a saída da empresa de OOH da Bolsa.

Eletromidia e Globo: a trajetória

A aproximação oficial entre Globo e Eletromidia teve início em março de 2023, quando o grupo de mídia comprou pouco mais de 8% das ações da empresa de OOH.

Na época, em comunicado, o diretor-presidente da Globo, Paulo Marinho, disse que a aquisição de participação na Eletromidia aproximaria a Globo de um segmento de mercado de publicidade altamente complementar ao da Globo. “Nos identificamos também com a jornada de digitalização pela qual passa a Eletromidia, uma empresa brasileira muito bem-posicionada e com forte sinergia com o portfólio de negócios da Globo”, disse Marinho, no ano passado.

Antes da compra da primeira parte das ações, as duas empresas já vinham se aproximando. Em outubro de 2022, Globo e Eletromidia firmaram parceria para levar notícias e informações do universo das plataformas da Globo às telas de OOH. A partir daí, notícias do g1, ge, gshow e Receitas passaram a compor a parte de conteúdo nas telas de OOH da empresa.

A participação acionária, que havia iniciado com pouco mais de 8%, aumentou cinco meses depois. Em agosto de 2023, as duas empresas formalizaram um novo acordo, no qual a Globo passou a deter 27,5% das ações da empresa de out-of-home.

O bom andamento do setor de out-of-home, um dos que vêm registrando maior crescimento do mercado de acordo com os mais recentes paineis do Cenp-Meios, acabou fazendo do segmento alto muito estratégico para a Globo. No mercado, já era comentado que uma eventual compra total das ações da Eletromidia era questão de tempo.

A reportagem de Meio & Mensagem, inclusive, fez esse questionamento ao diretor-presidente do grupo Globo, Paulo Marinho, entrevistado especial da edição de aniversário, em abril deste ano. O executivo disse, na época, que a Globo havia entendido o OOH como algo bastante complementar aos negócios, já que a empresa tem uma presença muito forte dentro de casa e, obviamente, o OOH levava essa possibilidade para fora de casa, combinando a jornada.

“Estamos bastante satisfeitos com essa operação e buscamos oportunidades no mercado dentro desse conceito de ampliação da jornada. Essas oportunidades podem ser dentro do OOH ou em outros meios, desde que faça sentido para nosso portfólio. Estamos estudando as oportunidades e existe a possibilidade [de ampliar a participação] mas estamos bem satisfeitos com nossa posição atual”, disse Paulo Marinho, em abril.

Fonte.: Meio & Mensagem
5 de novembro de 2024 – 7h10


X