A era da autorregulação das big techs acabou, diz Joy Buolamwini

28 de agosto de 2024 às 12:01


Uma das principais pesquisadoras sobre IA e vieses algorítmicos fala com exclusividade à FC Brasil sobre os caminhos para a IA ética e sem preconceito

Crédito: Fast Company Brasil

A inteligência artificial vai criar pontes ou abismos? Se as estruturas atuais se mantiverem, a resposta para essa pergunta pode não ser a que a sociedade espera – ou precisa. A fundadora da Algorithmic Justice League (Liga da Justiça Algorítmica), a doutora Joy Buolamwini quer lutar para que essa resposta seja diferente.

Pesquisadora do MIT Media Lab, mestre em Oxford, Joy foi responsável por persuadir Amazon, IBM e Microsoft a rever as políticas de tecnologia de reconhecimento facial. Sua tese do MIT, base para o documentário “Coded Bias” da Netflix, desvendou que os sistemas mais refinados de IA ainda replicavam vieses de gênero e de raça.

No documentário, a cientista, ativista e “poeta do código” usou uma máscara branca para ser “enxergada” por diferentes softwares de reconhecimento facial. Com essa visão, ela fundou a “Liga da Justiça” do Algoritmo, organização que visa criar estruturas de IA éticas e igualitárias. 

Joy é considerada a“voz da consciência” da IA, por trazer a visão crítica e as questões raciais para dentro das grandes empresas de tecnologia. A autora do livro “Unmasking AI” (Desmascarando a IA, em tradução livre), foi uma das conselheiras da Comissão Europeia para a criação da regulamentação de IA na região.

Precisamos reimaginar as maneiras como podemos criar a IA e como podemos ter caminhos éticos para essa tecnologia.

Em apresentação como keynote no South by Southwest (SXSW) deste ano, Joy encheu a plateia do salão principal. E ainda teve tempo para dar uma entrevista exclusiva para a Fast Company Brasil. Na conversa, ela falou sobre regulamentação, inclusão e futuro da era da IA. Afinal, o que irá acontecer no planeta se os algoritmos de agora se proliferarem?

FC Brasil – Com base nos sistemas de inteligência artificial que temos hoje, qual futuro estamos criando?

Joy Buolamwini – A inteligência artificial que está se desenvolvendo agora pode criar um “abismo de IA”, no qual as pessoas que são convidadas para imaginar o futuro e que têm o poder para desenvolver as ferramentas veem os benefícios, enquanto o resto do mundo, para não dizer a maioria global, é deixada de lado. Acho que teremos mundos paralelos.

A discussão que temos que fazer agora é: quais são as pessoas que têm agência e poder para aproveitar essas ferramentas? De quem é a imagem refletida nelas?

FC Brasil – Tanto sua pesquisa quanto o seu trabalho como poeta tratam sobre a falha na tecnologia em retratar pessoas negras. Como podemos garantir que os sistemas de IA criem um sistema melhor?

Joy Buolamwini – É urgente falarmos sobre consentimento afirmativo. Em muitos casos, os sistemas de IA estão sendo construídos pegando dados sem compensação ou consentimento para quem cria esses dados.

Quando temos uma fundação instável para tantos produtos de IA, isso tende a afetar o resto do mundo. Precisamos reimaginar as maneiras como podemos criar a IA e como podemos ter caminhos éticos para essa tecnologia.

FC Brasil – As grandes companhias de tecnologia dizem que já estão discutindo soluções para tornar seus produtos de IA mais seguros e não invasivos. No entanto, nossa experiência com as redes sociais já mostra que nem sempre as big techs optam pelo bem de todos. Como podemos sair dessa enrascada?

Joy Buolamwini – Já podemos observar diferentes estratégias de mitigação surgindo de várias empresas, como rótulos, credenciamento de conteúdo, marca d’água e assim por diante. Acredito que seja útil conhecer a procedência do que é feito por IA.

Quero um futuro no qual nós, de fato, teremos voz e escolha em como usamos a IA.

Mas o que vemos repetidamente nesse mercado é que não podemos confiar nas grandes empresas de tecnologia para se autorregular. A era da autorregulação já passou há muito tempo.

Portanto, precisamos de legislação federal, precisamos de limites internacionais também. Sim, as empresas de tecnologia fazem parte da conversa, mas não podem ter a caneta na mão quando se trata de escrever e aprovar legislações.

FC Brasil – Você criou a Liga da Justiça Algorítmica, que enfrenta a perpetuação do racismo, sexismo e outras discriminações por parte de algoritmos de IA. É uma discussão ligada à diversidade. Vimos no SXSW opiniões sobre tecnologia e futuros, a maioria delas sob perspectiva dos EUA e da Europa. Como podemos descolonizar a IA? E por que é importante fazê-lo?

Joy Buolamwini – É muito importante abordar a noção de descolonizar a IA porque, senão, estamos fadados a aumentar a desigualdade digital, transformá-la em um abismo. Mais do que isso, se não abordam outras perspectivas de mundo, os sistemas simplesmente não vão funcionar no contexto de um país ou local.

Crédito: TED Talk

O exemplo que consigo pensar é o dos antirretrovirais que foram desenvolvidos em nações ocidentais do Norte Global e não funcionam para a população sul-africana. Não significa que quem criou a medicação não tinha boa intenção, mas não foram suficientemente rigorosos e não incluíram outras populações nas pesquisas.

Por isso é tão crucial que pessoas de todas as partes do mundo estejam, realmente, desenvolvendo ferramentas de IA para os seus países e contextos. Não podemos assumir que vamos importar essas tecnologias e que elas vão funcionar em todas as localidades. 

FC Brasil – No documentário “Coded Bias” você apresenta falhas na tecnologia de reconhecimento facial para rostos de pessoas negras. Na Europa, foi aprovada lei que proíbe uso de IA para reconhecimento facial. No Brasil, há esforços para formular leis contra a questão. Qual sua opinião sobre essas regulamentações?

Joy Buolamwini – Precisamos analisar os casos de uso e não a tecnologia em si. Quando falamos em tecnologias de reconhecimento social, estamos nos referindo apenas à identificação facial? Ou estamos falando de outras tecnologias de escaneamento facial que tentam adivinhar seu gênero, idade ou etnia? 

Precisamos pensar nas muitas maneiras que esses tipos de tecnologias podem ser prejudiciais e que podem ser usadas para perpetuar preconceitos. Em outras palavras, diria para o Brasil: podem ir mais longe e não só proibir o reconhecimento facial, mas as tecnologias de vigilância facial.

FC Brasil – Além de cientista de computação, você é “poeta de código”, e usa a arte para tratar dos vieses danosos da IA. Como essas narrativas podem apoiar a inclusão de pessoas negras na área de tecnologia?

Joy Buolamwini – Acredito que parte da inclusão envolve ter coragem e também plataformas para contar nossas histórias e trazer diferentes perspectivas, como o que vocês estão fazendo ao me dar a palavra. Ou organizações como a Algorithmic Justice League.

Parte do motivo pelo qual fizemos “Coded Bias” foi para mostrar como a IA está impactando pessoas que frequentemente são marginalizadas na conversa sobre tecnologia, mas serão impactadas por ela.

FC Brasil – Como imagina o melhor cenário para o futuro? Estamos próximos dele?

Joy Buolamwini – Quero um futuro onde os dados não sejam destinados para a discriminação algorítmica e no qual nós, de fato, teremos voz e escolha em como usamos a IA. Só assim imagino que a promessa da tecnologia de beneficiar a todos vai se cumprir.

Se estamos perto desse futuro? Ainda não. Mas continuaremos lutando por ele.

Fonte: Fast Company

Camila de Lira 6 minutos de leitura

Pressão estética está prejudicando a carreira das mulheres

às 11:55


Estudo conduzido pela The Body Shop aponta que mais da metade das mulheres entrevistadas relataram quedas de desempenho após comentários maldosos

Tão antigo quanto necessário, o debate sobre a desigualdade de gênero no local de trabalho ainda é alvo de vista grossa em diversos cenários. Esta invisibilização está fazendo com que nuances pouco abordadas sobre o assunto sejam ainda mais ignoradas, como por exemplo, o cenário de injustiça descrito por 40% das mulheres inseridas no mercado de trabalho, que acreditam ter perdido oportunidades profissionais devido à aparência.

O número, divulgado em um estudo divulgado pela The Body Shop em uma colaboração com o Instituto Plano de Menina, não está ligado a eventuais quadros de baixa autoestima ou momentos de desconforto com a própria aparência por parte das entrevistadas. Para 50% das profissionais, a pressão sobre a aparência provém dos próprios colegas de trabalho e por pressões internas, que levam as mulheres a se compararem (31%).

Estes estímulos levaram 45% das respondentes a modificar a aparência para se adequar aos padrões de beleza no ambiente profissional. Além disso, questionamentos e comentários maldosos levam as mulheres a duvidar de seus potenciais profissionais. Quando questionadas sobre os sentimentos após a pressão, 56% afirmam que o desempenho no trabalho sofreu quedas significativas.

Outro ponto observado pela pesquisa é a imposição de padrões estéticos como critérios para a evolução de carreira. Em um desabafo, uma das entrevistadas conta ter se sentido absurdamente mal por estar acima do peso e a empresa ter usado isso como um empecilho para a sua promoção.

Adicionalmente, 60% das mulheres percebem uma falta de diversidade estética e racial nos cargos de liderança e acreditam que pessoas que estão dentro do padrão estético imposto pela sociedade têm maiores chances de atingir cargos altos, pois a beleza conta como um fator de decisão. Declarando-se uma mulher preta e gorda, outra entrevistada lamenta nunca ter tido um chefe de sua cor.

Viviane Duarte, presidente do Instituto Plano de Menina e CEO do Plano Feminino, adverte que uma transformação nos locais de trabalho é uma necessidade urgente para que o mercado acolha cada vez mais meninas e mulheres sem ferir quem são, adoecê-las e impactar o desempenho profissional, uma vez que muitas já enfrentam diversos outros desafios só para chegar nesses espaços.

Fonte: Mundo do Marketing

Por Ian Cândido – 28/03/2024

Cannes Lions lança seu primeiro MBA criativo global

às 11:53


Programa global tem o objetivo de democratizar o acesso à aprendizagem baseada em mais de 70 anos de trabalho e conhecimento dos vencedores de Leões

Cannes Lions anunciou nesta quinta-feira, 28, o lançamento do seu primeiro MBA criativo, o Lions cMBA. O programa global foi desenvolvido com o objetivo de ajudar os criativos e profissionais de marketing a entender “o que é necessário para entregar um padrão de marketing criativo vencedor de Leão que gere impacto”.

Cannes Lions terá um MBA, o Lions cMBA (Crédito: Celina Filgueiras)

Em nota, Simon Cook, CEO do Cannes Lions, enfatizou que o programa foi criado para atender uma necessidade global crescente de demonstrar o poder da criatividade como impulsionador de negócios e impacto social. O CEO ainda ressaltou que o MBA é uma oportunidade de democratizar o acesso à aprendizagem definitiva baseada em mais de 70 anos de trabalho e conhecimento dos vencedores de Leões.

A editora-chefe do Cannes Lions, Jenni Middleton, acrescentou que o Lions cMBA será em um formato online e reunirá as maiores lendas da indústria criativa e de marketing do mundo para compartilhar seus conhecimentos com criativos de todo o mundo.

Em formato online, o programa incluirá acesso gratuito à plataforma de inteligência do Cannes Lions, a The Work, e contará com sessões ao vivo com especialistas premiados do setor.

Além disso, cada turma ainda poderá julgar trabalhos vencedores e selecionados a Leões como parte de uma experiência simulando um julgamento do Cannes Lions. O Lions cMBA também terá conteúdo exclusivo do Cannes Lions, incluindo palestras com curadoria do palco do Cannes Lions e trabalhos vencedores de Leões.

Os participantes do programa ainda terão apoio do programa para criar o briefing mais importante de suas carreiras, o Me Brief. Ele tem o objetivo de ajudá-los a estruturar seus objetivos de carreira e a pensar em como usar o conteúdo do programa para impulsionar seus negócios.

O currículo do programa foi criado pelo Cannes Lions, em colaboração com a indústria e a Berghs School of Communication. A escola internacional, com sede em Estocolmo, Suécia, tem 80 anos de experiência na criação, redação e ensino de cursos na área criativa e de comunicação de marca.

A primeira turma do Lions cMBA começa em 20 maio deste ano e irá até 26 de julho de 2024. Todos os graduados no programa receberão certificação oficial da marca Lions, reconhecida mundialmente. Os formandos também receberão o credenciamento oficial do Cannes Lions. Para mais informações, acesse o site do programa.

Fonte: Meio&Mensagem

28 de março de 2024 – 12h43

Cresce o número de influencers 45+ nas redes sociais-

22 de agosto de 2024 às 19:53


Abordando temas diversos, creators sênior oferecem boas oportunidades para que marcas alcancem públicos maduros com o Marketing de influência

Enquanto os esforços de combate ao etarismo crescem no país, empresas ainda precisam melhorar o dever de casa no que diz respeito ao diálogo com o público sénior. Neste panorama, uma das principais frentes para melhorias é o Marketing de Influência, utilizado de forma quase exclusiva em ações e campanhas publicitárias voltadas aos jovens.

Aprofundando o contexto, influencers 45+ raramente são vistos em campanhas de Marketing. Pensando nisso, o Silver Makers idealizou a pesquisa “Diversidade Conectada”, que mapeou características estratégicas de 895 influenciadores nesta faixa etária. Dados do estudo apontam que quase metade deles (436) possuem mais de dois mil seguidores em pelo menos uma plataforma.

A análise da faixa etária mostrou um público que varia entre 45 e 75 anos: 75,65% têm entre 45 e 54 anos (205 influenciadores); 21,03% têm entre 55 e 64 anos (57 influenciadores); e 3,32%, acima de 65 anos (nove influenciadores). Sobre o sexo biológico, 71,59% dos entrevistados são mulheres (194 influenciadoras) e 28,41% são homens.

Os dados mostram uma concentração significativa de perfis na região Sudeste: 177 influenciadores e 65,31%; seguida pelo Nordeste (52 influenciadores, 19,19% da amostra), Centro-Oeste (17 influenciadores, 6,27% da amostra), Sul (16 influenciadores e 5,90% da amostra) e Norte (sete influenciadores, 0,74% da amostra).

Quanto à presença digital dos influenciadores, a plataforma mais popular é o Instagram, com 271 influenciadores ativos. Em seguida, constam Facebook (62 influenciadores), TikTok (51 influenciadores) e YouTube (45 influenciadores).

Entre os temas, há um destaque para a pauta comportamento (26,57%). Cultura (13,28%), Ativismo (10,70%), Moda (9,59%) e Saúde & Bem-estar (7,38%) aparecem em seguida. Os demais temas são estilo de vida; beleza e maquiagem; empreendedorismo; carreira/negócios, profissional; viagem e turismo; e outros.

Segundo Cléa Klouri, uma das coordenadoras da pesquisa Diversidade Conectada 45+, os dados obtidos traçam um panorama da diversidade madura no Brasil, representada por influenciadores que têm entre 45 e 75 anos. Ela destaca a importância de olhar para um número significativo de perfis ativos nas redes sociais e enxergar que há uma alta demanda de socialização de um grupo que representa a população que mais cresce no país.

Fonte: Mundo do Marketing

Por Ian Cândido – 20/08/2024

Mulheres ganham espaço no empreendedorismo digital no Brasil

às 19:50


Pesquisa aponta que estratégia mais focada e base de seguidores qualificada são chave para a consolidação de negócios digitais 

Segundo novo levantamento da Hubla, plataforma de venda de produtos digitais, o empreendedorismo digital feminino tem aumentado no Brasil, principalmente no primeiro trimestre de 2024. De acordo com dados coletados pela empresa, o ritmo de crescimento de faturamento e ticket médio das companhias do segmento lideradas por mulheres é três vezes superior ao número registrado por homens.  

No primeiro trimestre, o ticket médio das empresárias ficou em torno de R$ 764,49, enquanto o dos perfis masculinos ficou em R$ 203,89. Já no segundo trimestre, giraram entre R$ 478,63 e R$ 197,60, respectivamente. Para a pesquisa, foram analisados dados de mais de seis mil empreendedores que hospedam produtos digitais na plataforma. 

Além do aumento na receita, a empresa detectou um maior número de mulheres empreendendo. “Notamos uma entrada expressiva de empresárias digitais nos últimos meses. No primeiro trimestre de 2024, tivemos o dobro da quantidade do que no anterior, por isso nos debruçamos para entender melhor a performance delas na plataforma e como podemos oferecer ainda mais empoderamento e confiança a cada uma”, afirma Arthur Alvarenga, CEO e cofundador da Hubla. 

Entre os empresários digitais cadastrados na plataforma que apontam o gênero, 17,6% são mulheres. No entanto, na comparação do GMV total (“gross merchandise volume”, ou seja, o valor total processado pelo empreendedor digital dentro da plataforma, sem contar com gastos e despesas), essas empresárias representaram praticamente a metade, cerca de 46,1% no primeiro trimestre.  

A influência por trás do negócio

Um estudo sobre a presença feminina no empreendedorismo digital da Unctad (UN Trade and Development, entidade parte do Secretariado da ONU) destaca que as mulheres, em todos os continentes, ainda enfrentam múltiplos obstáculos para ter sucesso na economia digital. Dentre os fatores estão a falta de representatividade em posições de liderança, disparidades de acesso à internet entre os gêneros e falta de inclusão de mulheres em áreas STEM. 

Entretanto, quando comparada a representação feminina entre influenciadores digitais em todo o mundo, as mulheres são maioria (70%), de acordo com a pesquisa “Influencer Marketing Report” da Collabstr, de 2024. Essa diferença, entretanto, tende a diminuir na comparação do número de seguidores. Entre criadores de conteúdo que têm de mil e 10 mil seguidores, elas são 81%, versus 9% de homens. Já entre influenciadores com 100 mil e 500 mil, elas representam 63% e os homens 37%. 

Tal discrepância revela o potencial que as influenciadoras têm para criar negócios digitais e prosperarem na economia digital. Segundo o levantamento da Hubla, os maiores players desse mercado ainda são os homens, que representam 82% dos empreendedores que declararam gênero na Hubla. Entretanto, cada vez mais influenciadoras estão se tornando empresárias e conquistando espaço, tendo como exemplos a Boca Rosa, Natalia Beauty e Sabrina Nunes. 

Base de seguidores qualificada

Outro dado da pesquisa da Hubla aponta que a quantidade de consumidoras que se declararam mulheres na plataforma e adquirem produtos das empresárias digitais também teve um salto, passando de nove mil no período e praticamente triplicando no segundo trimestre, com quase 27 mil novas clientes.

“Estamos falando de mulheres que engajam principalmente com seus perfis em mídias sociais, muitas vezes ensinando outras mulheres a criarem produtos digitais ou serem mais ativas e por criarem uma comunidade tão engajada, as clientes acabam seguindo os mesmos passos. A conclusão direta é que as empresárias, no geral, têm uma base de seguidores mais qualificada, fazendo um trabalho de engajamento com mais foco”, acrescenta o CEO. 

Entre os segmentos mais lucrativos para as empresárias digitais, o marketing desponta no período. Em segundo lugar está o desenvolvimento pessoal, seguido de educação profissional. Considerando os produtos digitais, os principais são cursos, mentorias coletivas e individuais, ebooks, eventos presenciais e grupos exclusivos.  

“Entendemos que o comportamento da nossa plataforma pode ser atípico para o mercado, visto que quando olhamos para os maiores players, a maioria é homem. Por vermos esse movimento feminino no digital menos valorizado, fazemos questão de dar voz, luz e empoderamento para as nossas empresárias digitais,” finaliza Arthur. 

Fonte: Meio&Mensagem
21 de agosto de 2024 – 8h25

Encontro Nacional do Ecossistema Sinapro/Fenapro

às 19:48


Líderes empresariais e associativos de todo o País participaram do “Encontro Nacional do Ecossistema Sinapro/Fenapro”, nesta segunda-feira (19/08), em Vitória (ES). O encontro foi promovido pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO, com o apoio do Sinapro-ES, para debater os diversos temas e iniciativas que estão na agenda dos Sinapros e do mercado para o fortalecimento das agências e da atividade publicitária.

“Foi um encontro muito produtivo, que apontou a continuidade de uma série de ações que visam ajudar as agências a se reposicionarem de forma relevante e a reestruturarem os seus modelos de negócios”, conta Daniel Queiroz, presidente da Fenapro, ao ressaltar que essas iniciativas têm reflexo em toda a atividade publicitária nacional. “São projetos que fazem parte do modelo #SinaproForte e que visam contribuir para a evolução das agências de propaganda’, explica Queiroz.

Uma das iniciativas anunciadas no encontro foi a criação de um guia de melhores práticas na publicidade, que se integra à proposta de se promover o alinhamento nacional e estratégico dos Sinapros e das agências em torno das condutas adequadas aos temas mais sensíveis do mercado publicitário.

Na ocasião, também foi anunciado o lançamento do Festival Nacional de Criatividade, cuja primeira edição acontecerá em novembro, em Fortaleza (CE), com o objetivo de promover a inovação e o talento das agências e dos publicitários brasileiros.

Entre as decisões, está a priorização de Grupos de Trabalho (GT’s) do Ecossistema Sinapro/Fenapro em áreas chaves como desenvolvimento de pessoas, relações de trabalho e saúde mental, impacto da Inteligência Artificial no negócio da propaganda, compliance interno e externo das agências e dos Sinapros, melhores práticas em concorrências, transformação digital e novos modelos de negócio. Cada grupo de trabalho conta com quatro ou cinco lideranças envolvidas para o desenvolvimento de ações e projetos nessas áreas.

Reforçando o compromisso com a governança e a sustentabilidade do ecossistema, também foram instauradas comissões permanentes do Ecossistema Sinapro/Fenapro para acompanhamento de temas relevantes, como a de Central de Licitações, Captação de Recursos, Ética e Revisão Estatutária.

Para Alexandre Pedroni, presidente do Sinapro-ES e anfitrião do encontro, as iniciativas do ecossistema têm sido muito importantes e de grande valor para o desenvolvimento das agências e do mercado. “Os encontros são fundamentais para a atualização das agendas e avanços das iniciativas propostas pelo Ecossistema Sinapro/Fenapro”, afirma Pedroni, ao ressaltar que esta edição também permitiu às lideranças acompanharem in loco o 37º Festival Colibri, a maior premiação da publicidade capixaba.

A pauta do encontro abrangeu ainda outros projetos do Ecossistema, tal como o Novo Paper Transforma (material de inteligência focado em pessoas e equipes nas agências), o modelo-base da Tabela de Referência na precificação interna das agências, a revisão e modernização dos estatutos da atividade sindical, a criação do Guia de Melhores Práticas e o avanço da plataforma de assinatura ConectaPro, que traz conteúdos sobre o setor de publicidade e propaganda

Também integram a pauta outros temas de interesse do setor, como a interlocução parlamentar e o mapeamento e monitoramento de leis e projetos de lei que afetam a publicidade, e aqueles relacionados às questões sobre modernização do processo de certificação do CENP.

A próxima edição do Encontro Nacional do Ecossistema Sinapro/Fenapro” em 2024 acontecerá em Fortaleza (CE), no dia 25/11.

Fonte: Grandes Nomes da Propaganda

21 de agosto de 2024

Segmentação ou criatividade: o que torna o Spotify tão atrativo para as marcas?

21 de agosto de 2024 às 10:08


Executivos da empresa contam 7 pontos que fazem a plataforma ter números de engajamento altos na entrega da publicidade

Brahma, Ipiranga, Johnson’s, Jontex, McDonald’s, Nubank, OMO, Salon Line, Samsung, Volkswagen são algumas das marcas que investem em publicidade no Spotify e também se destacaram na plataforma em 2023. Por meio do Spotify Advertising Hits, o Spotify reconheceu aqueles que inovam e aproveitam as ferramentas oferecidas para trabalhar a criatividade, personalização e segmentação.

Esse tripé vem movendo a empresa a oferecer cada vez mais anúncios de qualidade e oportunos ao momento do usuário. Muito mais do que oferecer músicas e conteúdo em áudio ao usuário, o Spotify vem se destacando nas entregas para as marcas ao aproveitar todas as oportunidades que o formato oferece, como o alto poder de engajamento.

A importância de contar histórias e reinventar a forma que as marcas fazem publicidade, tornou a plataforma um case de Marketing de cativação e experiência. Além de fornecer insights e fomentar campanhas de sucesso, está sempre gerando a expectativa de todas as partes do que mais vem por aí.

“Uma coisa curiosa do Spotify é que ele consegue ser uma plataforma de streaming que funciona enquanto você faz outras coisas também. É uma trilha sonora da sua vida. Diferente da TV quando vai para o comercial e tem outras distrações, no áudio as pessoas estão ali imersas. Por isso, trabalhamos contextualização, para que o anúncio venha no momento certo para cativar o ouvinte”, contou Priscilla Barsotti, Diretora de Vendas no Spotify no Brasil, ao Mundo do Marketing.

Além de Priscilla Barsotti, Vicente Carrari, Diretor de Vendas do Spotify Brasil, também sinalizou que os investimentos em segmentação e inovação fazem com que seja prazeroso para as marcas trabalhar na plataforma, uma vez que oferece uma gama de ferramentas que permite que o anunciante alcance com maior precisão a base que deseja.

Valorização de multiformatos

“Passamos por muitos momentos nos últimos anos de educar o mercado sobre as nossas soluções. Falamos bastante sobre áudio, agora estamos falando muito de multiformatos, de podcast e de oportunidade de segmentação. Cada vez mais temos atraído diferentes anunciantes e diferentes ações dentro da plataforma pelo viés de inovação e criatividade, mas também da permanência dessas marcas dentro da plataforma”, contou Vicente.

Time integrado

Além disso, o Spotify investe na criação de um time bastante alinhado com o mercado, capaz de fazer serviços com inovação, mas também fazer entregas como plataforma confiável. Especialmente no topo de funil, porque os resultados do áudio dão a capacidade de entrega.

“A forma como são feitas as ações publicitárias acabam sendo muito impactantes para os nossos clientes. Então agora temos a capacidade de fazer acordos mais de longo prazo, de fazer pesquisa e ver o impacto realmente do que acontece na hora que a mídia roda por aqui. E até o interesse dos anunciantes de terem canal ou uma playlist com as suas músicas, ou lançarem podcast da marca”, explicou o Diretor de Vendas.

Pós-pandemia 

A volta dos eventos presenciais impactou na entrega dos produtos. A volta dos shows impulsionou uma nova de consumo na plataforma. Com a vinda dos grandes eventos, tudo em torno – como o uso das playlists e a música tocando o tempo todo, fez com que o Spotify tivesse especialmente posicionado nesses dois anos para ter novo lugar dentro do panteão das plataformas de publicidade.

“Temos visto também a mudança do consumo dentro da plataforma. Antes da pandemia era uma forma, depois o negócio se transformou. Éramos muito presentes no desktop, depois ficamos muito nos devices conectados. No final do dia sempre brincamos que a somos uma grande trilha sonora na vida do usuário, que só vai mudando o que ele está escutando, seja a música ou podcast.  A oportunidade é de qual marca consegue se aproveitar de todo esse momento”, contou Priscilla Barsotti. 

Ecossistema de mídia 

Para trabalhar os diferentes produtos e continuar engajando, o Spotify aposta em um ecossistema para o impacto de mídia. “Hoje a grande maioria dos nossos formatos impactam quem é gratuito ou quem é assinante, então conseguimos entregar de uma forma muito efetiva a segmentação. A nossa inteligência de streaming se transforma em segmentações e é por isso que as marcas conseguem impactar de uma forma muito efetiva dentro das suas campanhas”, pontuou Vicente.

A customização do áudio por consumo é algo muito específico do Spotify, porque é onde as marcas constroem o engajamento com os clientes: o usuário envia música para outras pessoas, dá os seus likes ou busca saber do que foi anunciado.

Segmentação

O Spotify possui segmentação tanto por momentos ou por gêneros musicais. Os momentos são aqueles que as pessoas estão no trânsito – a plataforma consegue identificar quando a pessoa está em deslocamento. “Clientes de auto utilizam muito o Spotify e conseguem impactar em realtime quando ele está dentro do carro”, contou Priscilla.

Um detalhe apontado, é pensar na publicidade de acordo com esse momento. É preciso adaptar o seu criativo e segmentar a campanha para homens dirigindo ou mulheres dirigindo, por exemplo.

Outro exemplo vem da segmentação de cozinha. “Coletamos todos os interesses de quem está cozinhando ou limpando a casa. O que escutamos tem muito a ver com as funções básicas do dia a dia. Escuta-se podcast ou escuta-se uma música para aprender alguma coisa, para se concentrar, para brincar com os filhos… Assim vamos destrinchando as segmentações de acordo com essas informações”, pontua Priscilla.

Contextualização

O Spotify tem duas formas de segmentação que reverberam na história das audiências. A marca pode falar “eu já sei que homens de trinta e quatro anos ou cinquenta e seis anos gostam de cozinhar, então eu quero essa segmentação”. No Spotify, o cliente já vem com uma segmentação baseada em uma pesquisa própria. Ou as marcas falam “eu quero anunciar na playlist ‘Cozinhando em casa’, ou ‘Cozinhando no fim de semana’, ou ‘Cozinhando para o mozão’”. As playlists são como as comunidades do Orkut: são criadas de acordo com o que sentem ou querem transmitir.

Por outro lado, as marcas também pordem escolher pessoas com interesse, neste exemplo, em culinária. “Você tem não só as pessoas que já têm interesse declarado, porque elas acabam ouvindo muito podcast de culinária, ou ouvem muito suas playlists. O cliente acaba querendo comprar essa playlist patrocinada, e estar presente naquela playlist o tempo todo. Assim vamos combinando, “pessoas que estão em determinado lugar e gostam de ouvir determinado gênero musical”, explicou Priscilla.

Criatividade 

Para seguir evoluindo e estar sempre pontual no momento das pessoas, o Spotify investe em tecnologia, mas para ser contextual, é a criatividade que impera. E é nele que está o principal foco da plataforma hoje. A ferramenta aceita vídeo, áudio e display, além de poder entregar para o programático qualquer que seja a necessidade dele. A plataforma trabalha com padrão de publicidade IABL e outros específicos do próprio Spotify.

Se hoje a empresa consegue segmentar por idade ou região – o que acaba sendo muito relevante e traz impacto, segundo pesquisas internas – é “saindo da casinha” que a empresa dá o tom de sua comunicação.

“Sabemos que haveria o esquenta de Madonna dentro da plataforma, porque todo mundo estava falando. Isso vemos em todos os festivais e shows: há o pico antes, porque as pessoas fazem o esquenta, tem durante e, depois, tem saudosismo. Porque quando vamos em um show, vivemos o show depois, por tempo. Fizemos uma segmentação que era, primeiro, pessoas que estavam interessadas em shows, em concertos, pessoas que gostavam de Madonna e similares à ela. Após isso, seguíamos com o criativo. Então, o tom da voz do locutor, a trilha, foi muito de acordo com a artista para realmente quem escutar ser impactado a mensagem e entender “isso é para mim””, contou a executiva.

Vicente reforçou explicando que há ainda laboratórios de roteiro e gravação de áudio, que fazem com que a plataforma traga o cliente para fazer a campanha junto.

O áudio não só é processado mais rápido pela mente do que o visual, mas ele acaba sendo o arcabouço da cama de todas as emoções da nossa vida. “Quando você está de headphone na corrida e entra no spot, você está super concentrada ali no nosso som e no movimento. Não é como você estar assistindo uma TV e vem o comercial, que compete com outras distrações. As taxas de áudio são pelo menos 20% melhores do que a maioria das plataformas”, analisou Vicente.

Além disso, a plataforma trabalha com áudio binaural, que dá a sensação de cinema – o áudio indo da direita para a esquerda, revezando. “Trabalhamos com sensações e cada vez mais as marcas têm melhorado muito na parte criativa para atender isso”, afirmou o Diretor de Vendas.

O executivo lembrou ainda que o poder do áudio não tem fronteiras e é o melhor caminho para a inovação criativa – exatamente o que fizeram as marcas reconhecidas no Spotify Hits, que já está na segunda edição”. “Um prêmio desse faz as marcas quererem estar lá para ganhar. E isso promove ainda mais criatividade ao mercado”, concluiu.

Fonte: Mundo do Marketing

Sala Digital: como é o projeto inédito entre Band e Google

às 09:59


Estrutura será inaugurada neste semana e pretende ser uma mistura de central de dados e estúdio, cuja função será munir todos os veículos do grupo com insights em tempo real

Usar dados da internet para definir pautas e temas de conteúdo não é novidade entre as redações e veículos jornalísticos. A Band e o Google, porém, decidiram ampliar a escala – e a profundidade – dessa utilização de informações do ambiente digital com a Sala Digital, cuja inauguração oficial acontecerá nesta quinta-feira, 22.

Jornalistas forcerão dados e informações diretamente da Sala Digital para todos os veículos do grupo (Crédito: Renato Rizzutto/Band)

De forma simplificada, o projeto permite que a Band tenha acesso mais ampliado às informações e dados do Google Trends, para que esses insights possam ser utilizados e aplicados com mais velocidade em todos os veículos do grupo: TV aberta, emissoras de rádio, canais pagos e ambientes digitais.

Construída na sede da Band, em São Paulo, a Sala Digital é composta por diversos telões cuja função é mostrar, de forma acessível e bem visual, alguns dos dados que toda a central de informações, também instalada no local, está processando. O projeto vem sendo desenvolvido entre as duas partes há mais de um ano e envolveu mais de uma centena de funcionários. Diretamente, mais de 25 pessoas atuam, de forma fixa, na Sala Digital, para prover todo o grupo de dados e informações.

Band e Google: o início da parceria

Embora a Band e o Google apresentem oficialmente a Sala Digital nesta semana, em um evento com a presença de profissionais do mercado e também de autoridades, não se pode dizer que a ideia seja algo desconhecido do público. Desde 2018, de diferentes formas, o veículo de mídia e a big tech começaram a planejar a ideia de levar os dados do Google Trends ao público de forma mais dinâmico.

Até então, esse trabalho era restrito às eleições. A Band levou para as telas os dados e insights do Google Trends na eleição presidencial de 2018 e 2022. Neste mês, já no início da nova corrida eleitoral pelas prefeituras dos municípios brasileiros, a Sala Digital já foi testada, na exibição do primeiro debate exibido pela Band.

Foram as experiências das eleições, inclusive, que levaram a Band e o Google a pensar em formas de ampliar aquela central de dados de forma perene. “Começamos uma conversa mais próxima a respeito disso em julho do ano passado, e, em janeiro deste ano, assinamos os acordos relacionados aos dados para estruturar a sala que, de fato, representa a concretização visual da ideia de trazer os dados para o centro da produção da Band”, explica André Luiz Costa, CEO da Vibra Digital, divisão de tecnologia do Grupo.

Ineditismo da Sala Digital

Embora tenha parcerias com mais de uma centena de veículos em todo o mundo, muitas delas atreladas ao desenvolvimento dos pilares de dados e aceleração digital, é a primeira que o Google leva o Trends para dentro de um veículo de comunicação, em uma esfera diferente da qual o público já conhece a ferramenta.

“Existe a ferramenta público do Google Trends, a qual todas as pessoas têm acesso, mas o que estamos fazendo aqui é ampliar o modelo para que uma granularidade maior de dados seja ofertada e para que. pela primeira vez, isso possa ser consumido e aproveitado em tempo real por uma organização jornalística”, explica Marco Tulio Pires, líder do Google News Lab no Brasil.

Do ponto de vista prático, a Sala Digital começará a ser apresentada ao público na próxima quinta-feira, 22, com entradas ao vivo. A Band escalou um trio de jornalistas que ficará responsável por fornecer, diretamente da sala, informações a respeito de notícias mais quentes ou de dados específicos. As produções da casa também poderão extrair dados ou, até mesmo, se conectar ao vivo com a Sala Digital para obter informações sobre determinado conteúdo ou temas.

Apesar de ter sido originada no período eleitoral, a proposta da Sala Digital é ter uma atuação bem abrangente. Executivos das duas empresas projetam que a estrutura pode colaborar com o desenvolvimento de novos conteúdos e de informações que atendam toda a grade, da Fórmula 1 ao MasterChef, por exemplo.

É possível, inclusive, que as ideias originem eventuais projetos comerciais. O departamento comercial da Band já tem apresentado a sala e a estrutura para alguns anunciantes e alguns esboços de possíveis projetos de conteúdo, com parcerias de marcas, começaram a ser feitos. Por enquanto, porém, nenhum formato comercial específico para a sala foi definido.

“Encontramos na Band um parceiro disposto a abrir trilhas. Temos um território inexplorado em termos de produtos, ideias e conteúdo que possam surgir a partir dessa parceria”, completa Henrique Matos, diretor de parcerias de notícias do Google na América Latina.

Fonte: Meio&Mensagem

Bárbara Sacchitiello
20 de agosto de 2024 – 7h25

Como acompanhar a explosão dos eventos presenciais e as experiências em Live Marketing?

às 09:47


Meline Kechichian fala sobre a explosão dos eventos e do Live Marketing no país e provoca marcas, principalmente quando o setor supera os períodos pré-pandemia

As empresas têm cada vez mais reconhecido a importância de investir em ações de Live Marketing, pois essas estratégias permitem criar experiências únicas que aproximam os consumidores das marcas. O crescimento exponencial dessa prática indica uma conscientização sobre a necessidade de transformar a maneira como as marcas se conectam com seu público-alvo.

Nos anos de pandemia, era difícil pensar que aglomerações e encontros seriam tendência. É claro que a maioria sempre desejou fazer isso, mas a rapidez com que o formato se consolidou foi impressionante, principalmente quando o setor de eventos supera os períodos pré-pandemia. Em 2022, o setor experimentou um crescimento de 400% em comparação a 2020.

Nesse contexto, ações como gamificação, experiências de marcas, endomarketing, Marketing de relacionamento, entre outros, que eram uma parte tática dos negócios, assumiram um papel estratégico no posicionamento e no crescimento de diferentes empresas no Brasil.

Pensando assim, o Live Marketing aparece como uma poderosa estratégia para envolver o público. Isso vai além do comprar. Ela aparece de uma maneira emocional e completamente sensível, criando conexões profundas.

A ideia é proporcionar uma experiência completa, repleta de interações significativas, trocas de valor com objetivos conquistados, sempre buscando conexões que façam sentido. Quando falo sobre o tema, não penso em coisas gigantes, caras e absurdas de serem feitas – o que também existe -, mas sim na criação de experiências memoráveis e autênticas para os consumidores, o que é tangível para pequenas e médias empresas.

Hoje as empresas que estabelecem uma conexão emocional com seus clientes, proporcionando experiências encantadoras, conseguem fortalecer suas marcas e aumentar as vendas. Acredito que a comunicação feita com emoção é o que realmente nos diferencia. O objetivo é sempre engajar e ficar na memória.

Com base nisso, convido você a refletir em uma questão crucial: se pensarmos que o segundo semestre de 2024 seguirá sendo positivo para os investimentos em comunicação, assim como em 2025, por que não pensar além? Uma pesquisa realizada pela Motim, mostra que mais de 70% das empresas de inovação planejam aumentar ou manter os orçamentos para fortalecer sua imagem no próximo ano, o que aumentará ainda mais os eventos e experiências de marca. É como fazer um investimento que te garante retorno – e rápido.

Por fim, isso nos dá um panorama significativo na forma como as marcas interagem e se conectam com seu público, que pensa, interage cada vez mais e busca estar presente, não só na hora de finalizar uma compra ou usar o produto.

*Meline Kechichian é sócia-diretora da agência de Live Marketing .Be Comunica.

Fonte: Mundo do Marketing

Por Meline Kechichian – 19/08/2024


Pepsi aposta na nostalgia e conexão ao redesenhar logo

19 de agosto de 2024 às 17:27


Após 14 anos, a marca decidiu renovar identidade visual ao resgatar elementos de seus 125 anos de história

Um dos embaixadores de Pepsi, Marcos Mion, estrela a campanha criada pela Wieden + Kennedy (Crédito: Divulgação)

A Pepsi redesenha a identidade visual a partir do resgate de elementos clássicos da marca, como o nome Pepsi no centro da imagem. Após 14 anos da última mudança da identidade, essa iniciativa teve início nos Estados Unidos em 2023, quando a marca completou 125 anos.

Para o head de marketing de bebidas na PepsiCo Brasil, Diego Bastian, a marca enxergou uma oportunidade de inaugurar um momento inédito a partir da identidade visual. As embalagens com a nova identidade visual já podem ser encontradas nos principais pontos de vendas.

Para a Pepsi, esse posicionamento dialoga com a plataforma de marketing “Toma essa”, que se conecta com a memória coletiva dos consumidores. Nesse sentido, a marca tem feito patrocínio globais, como o da UEFA Champions League, assim como eventos locais, como show da cantora Ana Castela.

Entre as apostas dessa fase da marca, a Pepsi Black será um dos pilares trabalhados pela empresa que avalia com potencial as bebidas zero açúcar e na categoria de colas. “Há 3 anos, a Pepsi Black vem crescendo no mercado e demonstrando aumento de penetração nos lares brasileiros”, diz.

Na esteira da renovação do logo, a marca escolheu Marcos Mion para estelar o filme “O sabor intenso de Pespi Black, agora com novo visual”. A Wieden+Kennedy foi a agência responsável pela campanha. Além disso, nessa terça-feira, 20, a marca faz a Pepsi Party no Mercado Municipal de Pinheiros para promover a gastronomia como outro pilar da marca. Além das parcerias com restaurantes locais, até o fim de agosto o mercado vai conter ativações de marca, como distribuição de bebidas e o envelopamento temático do espaço. O evento está sendo organizado pela Bakery.

Fonte: Meio&Mensagem

Renan Honorato
19 de agosto de 2024 – 11h26


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