Globo tem faturamento recorde de publicidade no primeiro trimestre

29 de maio de 2024 às 18:34


Impulsionada pelo BBB 24, empresa arrecadou R$ 2,33 bilhões com negociações comerciais, 18% a mais do que no início de 2023

Davi (à esq.), campeão do BBB 24, ao lado dos demais finalistas Isabelle e Matteus: reality ajudou a Globo a impulsionar o faturamento no trimestre (Crédito: João Cotta/Globo)

A Globo registrou o melhor desempenho de publicidade dos últimos dez anos neste primeiro trimestre de 2024. A informação foi dada pelo diretor-presidente da empresa, Paulo Marinho, em comunicado distribuído aos funcionários na noite dessa segunda-feira, 27.

Nos meses de janeiro, fevereiro e março, a Globo registrou faturamento total de R$ 3,65 bilhões, montante 12% superior ao faturamento dos primeiros três meses do ano passado, quando a empresa registrou o montante de R$ 3,27 bilhões.

Desse total arrecadado, 64% são provenientes de publicidade, ou seja, de ações comerciais e espaços comercializados na TV aberta, TV paga, Globoplay e plataformas digitais da Globo. No total, a Globo arrecadou R$ 2,33 bilhões com publicidade, de acordo com o informado pela própria empresa, em comunicado a que a reportagem de Meio & Mensagem teve a acesso.

O efeito BBB 24 no faturamento da Globo

Segundo Marinho explica no comunicado, essa foi a maior “receita de publicidade gerada nos últimos anos”. Na análise, o diretor-presidente da Globo refere-se aos números trimestrais da empresa.

No primeiro trimestre de 2023, de acordo com os números divulgados internamente pela Globo, o faturamento com publicidade alcançou a marca de R$ 1,97 bilhão. Na comparação direta entre os dois anos, portanto, houve aumento de 18% no faturamento comercial.

Ainda no comunicado, Paulo Marinho cita nominalmente o Big Brother Brasil como um dos responsáveis pelos números. O diretor-presidente avalia que o reality “foi um sucesso e se destacou como a maior audiência de uma final de programa desde 2021”.

Marinho diz, ainda, que o programa segue com a capacidade de impulsionar a performance de todo o “ecossistema Globo, incluindo canais fechados e canais digitais”.

Além da publicidade, a Globo também arrecadou R$ 1,23 bilhão com receitas de conteúdo/programação e assinaturas. Nessa parte, estão compreendidas todas as receitas relacionadas, por exemplo, a programação de televisão paga, assinantes de OTT (como o Globoplay), vendas de produtos ao exterior etc.

Essa parte da receita de conteúdo também teve performance melhor do que no início de 2023, registrando alta de 10% no primeiro trimestre do ano.

Há, ainda, uma terceira parte que compõe a receita da Globo, no valor de R$ 95 milhões, classificada como Outros, que abrange, por exemplo, os negócios obtidos com direitos de transmissão e outros serviços.

Negócios do BBB 24

Principal produto comercial da Globo no inicio do ano, o BBB 24, mais uma vez, trouxe resultados positivos aos negócios da companhia.

Na edição deste ano, que começou no dia 8 de janeiro e foi exibida até 26 de abril, 31 marcas realizaram ações de conteúdo e merchandising na casa. Dessas, 16 foram patrocinadoras da edição, enquanto as demais adquiram espaços avulsos para exibir seus produtos ou serviços na casa.

Patrocinaram o BBB 24 as marcas Mercado Livre, Stone, Seara, Esportes da Sorte, Downy, Rexona, Chevrolet, Amstel, iFood, Pantene, Ademicon, Hypera Pharma, McDonald’s, Cif, Latam e Oi.

Já nas ações avulsas, apareceram no BBBB 24 as marcas Kwai, Electrolux, Delícia, Nestlé, Ajinomoto, Estácio, Disney, Yoki, SBP, Ministério da Saúde, Centrum, Hellman’s, Kibon, Niely e Pepsi.

Fonte: Meio & Mensagem

O que vi e ouvi no maior evento da indústria de anunciantes do mundo, em Toronto

às 18:29


Uma das atividades que sempre gostei em minha jornada de 40 anos de publicitária é a participação em eventos, aproveitando as oportunidades que trazem na troca de conhecimento e no networking. Apesar de estarmos totalmente adaptados pelo mundo online, poder encontrar pessoas, conversar, abraçar e beijar como boa brasileira mineira, ouvir de perto o que está dando certo ou não, a visão de grandes líderes sobre a nossa indústria, cases de sucesso, iniciativas que estão transformando o marketing, é uma das melhores formas de aprender e nos inspirar.

E tendo voltado há pouco de Toronto, no Canadá, compartilho um pouco do que vi, vivi e ouvi no maior evento da indústria de anunciantes do mundo a WFA Global Marketer Week, principal evento da WFA – World Federation of Advertisers, entidade global que representa os anunciantes e à qual a ABA é filiada e eu sou membro de seu Executive Committee, que foi realizada de 14 a 17 de maio.

A Global Marketer Week reuniu mais de 700 convidados, sendo 66 instituições parceiras, entre associações, federações, sindicatos e institutos de comunicação e marketing de todos os continentes, e as mais altas lideranças globais da indústria publicitária, para discutir tendências e desafios do setor, dentre eles, a importância do marketing responsável, uma das bandeiras de advocacy da ABA.

Foram quatro dias de uma agenda intensa, com reuniões, fóruns, palestras, bate-papos, almoços e jantares,  que me fizeram voltar para casa munida de muitas ideias para compartilhar com nossos associados e lideranças aqui no Brasil, e com a sensação de dever cumprido, em saber que a ABA está alinhada com as melhores práticas globais e cumprindo seu propósito de Mobilizar o marketing para transformar os negócios e a sociedade, tendo se antecipado em trabalhar alguns dos principais temas que foram debatidos na Global Marketer Week, como IA Generativa, ESG, DE&I, marketing responsável e o novo papel do CMO.

O tema principal da Global Marketer Week foi Building Better Brands – como usar a criatividade e a inovação para construir marcas melhores e mais fortes, responsáveis perante as pessoas, o planeta, os reguladores e os acionistas. As marcas estão sendo cada vez mais cobradas por esse papel de comprometimento com as causas sociais e ambientais, de serem mais inclusivas, sem deixar de lado os lucros, claro. O crescimento sustentável que tanto falamos! Mas, quando o assunto é usar o poder das marcas para causar impacto positivo, o marketing entra em jogo e com ele, o trabalho do CMO.

Trago aqui um pouco de reflexão sobre os assuntos tratados no evento e quero começar até fora da ordem cronológica, para priorizar aquele que julgo o mais importante: o papel do CMO hoje. O painel “СМО: um trabalho impossível?”, foi um dos que ocorreram na Global Marketer Conference, no terceiro dia do evento onde refletimos que a atividade desses líderes de marketing nunca foi tão complexa. Em um cenário de política polarizada, noticiários 24 horas por dia, sete dias por semana, mudanças intermináveis nos hábitos de consumo e novas tecnologias surgindo numa velocidade sem precedentes, os CMOs têm a tarefa de impulsionar o crescimento dos negócios por meio de marcas inclusivas e com propósitos que atraiam públicos novos e mais diversificados.

Profissionais de marketing têm visto seus cargos serem transformados junto com a transformação digital. A combinação da inovação e da criatividade com essas responsabilidades vão apontar os melhores caminhos para o crescimento e fortalecimento das marcas. Mas, no dia a dia desses líderes, a tarefa é bem mais complexa. Aprendizado é hoje uma constante. Disrupção, um poderoso diferencial para desafiar o status quo. Visão holística de dados, um skill fundamental para performar melhor. A intersecção de habilidades é cada vez mais fundamental. E tudo isso sem deixar de lado um dos principais papéis de toda e qualquer liderança: inspirar pessoas.

Temos percebido que, quanto mais tecnológicos ficamos, mais desejamos um olhar humano – fato é que a personalização é hoje um grande diferencial competitivo das marcas. Comecei a falar desse painel porque é isso que essa semana intensa de eventos da WFA faz, volta seu olhar para as pessoas que estão por trás das marcas. Instiga, provoca, mas leva conhecimento e inspiração em trocas riquíssimas. Líderes de marketing das maiores marcas globais sobem ao palco para compartilhar conhecimento e também aprender uns com os outros. E essa troca é fundamental nos dias de hoje. A construção coletiva é sempre um impulso para as melhores ideias, tal como as parcerias em prol de um bem maior vêm crescendo entre as marcas. Se queremos um mundo melhor, temos que nos unir e trabalhar juntos para isso.

Ciente de nossa missão de apoiar o dia a dia dessas lideranças, o ano passado nosso evento ABA Summit, realizado em 31 de outubro, teve como tema: “O que está tirando o sono dos líderes de marketing? Precisamos falar sobre isso!”, no qual debatemos os principais desafios desses profissionais. A ABA também é apoiadora no Brasil do Clube CMO, uma iniciativa da Exame e da Zmes para a troca de conteúdo, insights e networking entre CMOs de grandes anunciantes brasileiros.

Bem, essas foram as reflexões dos painelistas, Jane Wakely, CCMO da PepsiCo; Asmita Dubey, Global CDMO da L’Oréal; e Jenny Rooney, Chief Experience Officer da ADWEEK, e do moderador, David Wheldon, President Emeritus da WFA. Mas, com a IA onipresente em nossa vida e nos negócios, principalmente no universo do marketing, fomos surpreendidos por um convidado bastante inovador: um Ritbot, um avatar de IA de Mark Ritson, criado pela Intentful, que dividiu o palco com essas renomadas lideranças como painelista.

Uma realidade a qual esses profissionais precisam encarar. E sem medo. Os CMOs devem atrair e reter clientes, como também enfrentar expectativas acrescidas para impulsionar o crescimento e a inovação dos negócios, especialmente com a adoção da IA. E priorizar campanhas orientadas pela IA que melhoram a experiência do cliente, ao mesmo tempo em que investem no conhecimento da equipe e em talentos especializados nessa tecnologia.

Não há mais como fugir dessa realidade e as lideranças precisam tirar proveito do melhor que a IA pode proporcionar para as estratégias de marketing das marcas. O medo de perder o emprego e ser substituído por um robô existe, vamos deixar claro. Mas, afirmo que a IA sozinha, sem uma curadoria humana não trará o mesmo resultado. Precisamos mergulhar fundo nessa tecnologia inovadora, cujo impacto para o planeta já está sendo comparado ao da roda e do fogo. A reflexão é que não devemos ter medo de sermos substituídos pela IA, mas, talvez, por outro ser humano que saiba usá-la melhor do que nós!

Elevar o papel do CMO tem sido uma conversa de longa data para a WFA e a série de relatórios EMARKETER publicados pela entidade traz alguns insights sobre isso.

Crescimento sustentável e diversidade e inclusão na mira dos negócios

Voltando a cronologia da WFA Global Marketer Week 2024, o 1º dia contou com a Reunião do Executive Committee da WFA, que se reúne trimestralmente para discutir as prioridades e orientar a estratégia da entidade global. O Comitê Executivo é formado por representantes seniores de empresas anunciantes associadas e das 66 associações nacionais, presentes nos seis continentes, eleitos anualmente, como é o meu caso, que participo desse board há 10 anos.

Destaco aqui a apresentação que abriu esta reunião: “Forças que moldam os negócios hoje”, de Tom Standage, editor adjunto do The Economist e editor de The World Ahead, que abordou algumas das grandes tendências que as empresas precisam navegar hoje: de eleições mundiais e conflitos militares ao trabalho híbrido e o impacto da IA. Tom nos trouxe a reflexão de que no cenário de mudanças rápidas que estamos vivendo, a imprevisibilidade é o “novo normal”: “Como sabemos o que esperar do futuro? Você pode olhar para a história e prever um resultado a partir daí. Você pode recorrer a muitas perspectivas diferentes, obter opiniões de diferentes tipos de pessoas, para obter uma ampla gama de possibilidades. Isso o levará a uma previsão precisa do futuro? Como será o nosso mundo daqui a 6 meses, daqui a 30 anos, qual será o impacto das alterações climáticas, será que a guerra na Ucrânia estará terminada há muito tempo. Como será a IA no futuro?”. Saímos dessa palestra com a provocação de que prever o futuro é uma tarefa complicada. Estamos diante da imprevisibilidade das previsões! No entanto, isso não nos impedirá de fazer previsões!

Na sequência, participei da Assembleia Geral Anual da WFA, ocasião em que os membros da entidade global fazem uma análise das atividades, desafios e principais realizações do ano anterior.

A agenda do dia ainda contou com a GARM Masterclass, com painéis, bate-papos e palestras com uma curadoria de temas projetados para líderes seniores de mídia e especialistas em segurança de marca de anunciantes, agências, plataformas e empresas de tecnologia de anúncios. Essa sessão exclusiva para convidados promoveu diálogos instigantes e o compartilhamento de práticas recomendadas sobre tópicos como segurança e proteção dos usuários mais jovens – e mais vulneráveis, no universo digital; as tendências e desafios da IA Generativa: o impacto das eleições em todo o mundo; as práticas recomendadas de sustentabilidade, como as que ajudam na redução dos Gases de Efeito e Estufa na mídia, e de diversidade, além do resultado da pesquisa recente da GARM – Global Alliance for Responsible Media.

Ao reconhecer o papel crucial que a indústria publicitária desempenha na moldagem de tendências e comportamentos, e entender a urgência do desafio global de mudanças climáticas, temos a responsabilidade de liderar essa filosofia sustentável em todo o ecossistema de mídia e esse tema permeou todo o evento da WFA, assim como faz parte da agenda estratégica da ABA.

Políticas Públicas e marketing responsável
O 2º dia da WFA Global Marketer Week 2024 contou com eventos simultâneos: Insight Forum, Media Forum, Sourcing Forum, Policy Forum e CMO Forum.

No Policy Forum foi lançado o “Guia WFA Framework for Positive Marketing Behaviours”, disponível exclusivamente para associados da WFA, que está em consonância com a pesquisa “Bridging the Gap”, lançada pela primeira vez em 2019 e atualizada este ano pela WFA. A pesquisa aborda como profissionais de assuntos públicos e marketing percebem sua atual relação de trabalho, identificando áreas de colaboração positiva e onde há espaço para melhorias. Foi identificado um crescente reconhecimento da importância dos desenvolvimentos e tendências de políticas públicas para os profissionais de marketing, que cada vez mais buscam uma colaboração estreita para solucionar questões complexas em um mundo polarizado e um ambiente de marketing cada vez mais desafiador: 9 em cada 10 profissionais de marketing dizem que a contribuição de profissionais de relações governamentais é mais importante do que nunca. Essa colaboração é bem-vinda especialmente quando se trata de sustentabilidade ambiental, propósito de marca, reputação e gerenciamento de riscos e marketing responsável.

O Guia tem o objetivo de promover uma maior colaboração entre as funções em torno de questões-chave como reivindicações ambientais, governança de mídia responsável, IA e tecnologia, marketing de influência DE&I e marketing para crianças, para que ambos trabalharem juntos para construir marcas mais fortes e resilientes. Ele se baseia nas melhores práticas desenvolvidas ao longo de 25 anos pela WFA e seus principais membros e traz a importância dessa colaboração em cada área, os riscos e oportunidades, estudos de caso, ferramentas, diretrizes e estruturas relevantes desenvolvidas pela WFA e seus membros, além de um infográfico.

Para Stephan Loerke, CEO da WFA, “à medida que os profissionais de marketing terão cada vez mais de navegar pelas guerras geopolíticas e culturais, ao mesmo tempo que enfrentam um número crescente de desafios, como a sustentabilidade e as reivindicações ambientais, os líderes inteligentes procurarão formas novas e inovações de integrar sistematicamente o pensamento político, a fim de mitigar riscos e identificar oportunidades”.

No Brasil, a ABA lançou em 2019 o guia “Criando a Ponte entre os Times de Políticas Públicas e Marketing”, que trouxe uma análise sobre os desafios e expectativas da colaboração entre as equipes de marketing e de políticas públicas diante de uma sociedade em constante mudança.

No Fórum CMO foi abordado como as organizações globais de marketing têm se saído em termos de crescimento sustentável, usando a criatividade e a inovação dentro de uma estrutura de responsabilidade. O marketing responsável e sustentável é uma bandeira da entidade global, assim como da ABA, e um caminho sem volta em que os anunciantes precisam concentrar forças e investimentos. Temas como redução das emissões de carbono, diversidade e inclusão, fazem parte das iniciativas da WFA e da ABA ao longo dos últimos anos e continuam mais vivos do que nunca, em um momento em que lucro e propósito precisam andar juntos e que os consumidores e colaboradores exigem práticas responsáveis, éticas e sustentáveis das marcas.

Mas, este ano, ética e responsabilidade estão extremamente ligados também ao uso da IA, que vem se expandindo a passos largos e requer atenção redobrada das marcas. Um dos painéis tratou sobre “Liderança e cultura da empresa em um mundo de IA”. Edward Bell, gerente geral de marca, insights e comunicações de marketing da Cathay Pacific refletiu que a IA Generativa é “tão empolgante quanto assustadora” e os caminhos para criar uma estrutura de sucesso para seu uso que aprimore, em vez de ameaçar, as pessoas e a cultura.

O painel “Onde Está a Criatividade? Identificando e Amplificando a Criatividade e a Inovação”, contou moderação do Presidente da WFA, Raja Rajamannar, da Mastercard, e como painelistas, membros da WFA: Jane Wakely, Diretora de Consumo e Marketing da PepsiCo, Susan O’Brien, VP Global Brand da Just Eat Takeaway, e Susan Akkad, SVP Inovação Social e Cultural da The Estée Lauder Companies. Os executivos refletiram sobre como as lideranças podem garantir uma excelente capacitação e aproveitar todo o potencial de seus talentosos profissionais de marketing para ajudar a impulsionar as agendas globais de crescimento das marcas.

Compartilhando experiências e boas práticas que impulsionam os negócios
A Global Marketer Conference, Conferência de Profissionais de Marketing, que aconteceu no 3º dia do evento, foi uma dia intenso de muito aprendizado, com mais de 700 profissionais aprendendo com cases de sucesso de grandes marcas, como AB InBev, boas práticas dos maiores anunciantes do mundo e insights do time da WFA, e eu ali na primeira fila, atenta, para trazer ao Brasil muita inspiração para a agenda da ABA, com foco sempre em apoiar o mercado de anunciantes, os profissionais de marketing e ajudar a construir marcas mais fortes e melhores.

A palestra de Stephan Loerke, CEO da WFA, e Moya Brown, Senior Vice-President, Brand Strategy & Experience da IG Wealth Management, refletiu sobre a importância de “Uma Agenda Global Compartilhada”, onde profissionais de marketing, não importa onde estejam localizados no mundo, enfrentam desafios semelhantes. E isso cria oportunidades interessantes.

Um desses desafios, foi abordado no painel “Confiando na IA?”, que trouxe dados de que, cerca de 40% das empresas ainda não implementaram o uso da IA, destacando uma lacuna dramática entre o hype e o uso e reforçando a importância dos assuntos acerca dessa tecnologia estarem presente em todos os dias da WFA Global Marketer Week 2024, assim como tem feito parte também de praticamente todos as conversas e eventos da ABA. Para superar as barreiras do uso da IA no marketing, melhorar as habilidades e a complexidade dos dados é preciso criar confiança na tecnologia.

E para dar continuidade a este tema, Raja Rajamannar Chief Marketing & Communications Officer da Mastercard, e Stephan Pretorius Chief Technology Officer da WPP, foram os painelistas sobre “O Impacto da Geração IA no Crescimento Da Marca”, onde ouvimos insights sobre o que podemos falar que é o futuro do marketing: aproveitar o poder transformador da IA Generativa para ajudar a construir marcas fortes, inovadoras e impulsionar o crescimento sustentável.

Um painel que quero destacar deste dia do evento, foi o de Marcus Collins, com o tema “Catalisador de Cultura”. O premiado profissional de marketing e tradutor cultural, professor assistente clínico de marketing na Ross School of Business da Universidade de Michigan, provocou os presentes de que cultura é uma palavra que usamos com frequência, mas raramente entendemos completamente. Segundo ele, poucas forças externas são mais influentes no comportamento humano do que a cultura. O que vestimos, o que vemos, com quem casamos, como votamos, o que apoiamos e quase todos os aspectos da vida quotidiana são informados por – e em muitos aspectos governados por – a nossa subscrição cultural. E isso explica porque é fundamental que consigamos compreender plenamente o que é a cultura e a física subjacente ao seu funcionamento. Ao integrar uma perspectiva profunda da cultura, baseada em dados de um século, e uma compreensão das possibilidades do mundo hiperconectado de hoje, podemos usar sua influência para levar as pessoas a agir. Com a cultura não apenas impulsionando o consumo de hoje, mas também conduzindo o futuro da marca, esse é um insight poderoso para profissionais de marketing, mas também para políticos, líderes, gestores e qualquer pessoa com interesse em fazer com que as pessoas se movam.

Conselho das Associações Nacionais
O 4º e último dia da WFA Global Marketer Week 2024 foi marcado pela realização do NAC – National Associations Council, um encontro que conecta as Associações Nacionais de Anunciantes de todo o mundo, filiadas à WFA, como a ABA, com o objetivo de compartilharmos experiências, ideias, histórias de sucesso e estratégias de crescimento em um mundo de rápidas mudanças, além de inspirar e sermos inspirados por profissionais de marketing com insights sobre inovação em diversas áreas da indústria.

A programação do NAC contou com um painel sobre DE&I e Sustentabilidade, onde Taide Guajardo, CBO – Europe, da P&G, e Isabel Massey, Global Head of Media & Content, Marketing, da Diageo, ISBA and Union des marques, apresentaram a Advertising Accessibility Alliance (Aliança De Acessibilidade De Anúncios), iniciativa intersetorial liderada por marcas para tornar o conteúdo publicitário mais acessível para pessoas com algum tipo de deficiência (visual, auditiva, cognitiva, motora). Taide também compartilhou como a P&G abraçou o desafio e transformou suas campanhas em uma força para o bem e para o crescimento. O painel também abordou o papel das associações nacionais na defesa da acessibilidade. Sendo DE&I um tema estratégico para a ABA, promover a acessibilidade está alinhado com nossa missão. Dentre tantas iniciativas já realizadas nessa agenda, a mais recente, de 2023, foi uma reunião realizada pela ABA, com tema “Pessoas com (D) eficiência em Cargos de Liderança: Dicas para mais inclusão”.

No painel, “Fazendo a mudança para um setor Net zero” Rob Rakowitz, da WFA/GARM, e Michelle McEvoy, do Planet Pledge, compartilharam os planos da WFA para desenvolver um modelo comum de cálculo de carbono em todo o setor e deram orientações para impulsionar comportamentos positivos em relação ao clima na publicidade. Para atingir a meta do limite climático de 1,5ºC, teremos que alcançar zero emissões até 2050. E o setor de publicidade desempenha um papel fundamental para atingir esse objetivo. Sophie Roosen, da Union des marques, compartilhou atualizações sobre o Oneframe, uma estrutura para medir melhor as emissões de gases do efeito estufa nas campanhas.

Alinhada com essa agenda de DE&I e ESG, em 2023 a ABA lançou no Brasil de forma pioneira, o Guia GARM de Sustentabilidade: ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na indústria de mídia, uma atualização do documento já publicado em 2021, elaborado pela GARM da WFA, que dentre suas funções, aponta conexões e negócios com fornecedores comprometidos com práticas eco-friendly, sendo está uma das chaves para que a cadeia de mídia sustentável se consolide. Ainda ano passado, publicamos o Guia Marketing Sustentável 2030”, a “Carta Global de Mídia e o Censo Global de DE&I – report Brasil, que mediu a DE&I na indústria de marketing.

A ABA também aderiu ao projeto Planet Pledge da WFA, no mesmo ano do seu lançamento, em 2021. Trata-se de um compromisso global para ajudar as empresas a liderar iniciativas de sustentabilidade e a promover mudanças positivas, tanto internamente, quanto para os consumidores, usando o marketing como uma força positiva para a mudança ambiental. Desde então, a ABA perpetua o apoio e divulgação das iniciativas entre seus associados, como campanhas em nossas redes sociais e destaque em nossas newsletters internas, disseminando boas práticas para ajudar o mundo a enfrentar os desafios estabelecidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Para falar sobre Mídia Responsável, Matt Green, da WFA, Phil Smith, da ISBA, e Bob Liodice, da ANA, explicaram como tornar a medição de mídia cruzada uma realidade. Com o programa Origin da ISBA se aproximando da fase de testes no Reino Unido, a iniciativa CMM da ANA entrando em sua fase de testes nos EUA e o interesse crescente entre outras associações nacionais, a estrutura de medição de mídia cruzada Halo está ganhando impulso e os palestrantes pontuaram como outros mercados podem seguir seus passos.

No painel, Entendendo Retail Media, Tom Ashby, da WFA, fez um balanço dos desenvolvimentos e iniciativas recentes e Phil Smith, da ISBA, compartilhou a Estrutura de Retail Media Responsável do Reino Unido, uma colaboração de todo o setor para impulsionar a padronização. O Retail Media é um ecossistema em rápido crescimento e evolução nos últimos anos, com receitas de US$ 120 bilhões em todo o mundo em 2023.

E a IA Generativa apareceu novamente. Neste painel, vimos alguns dados sobre o uso da tecnologia: 3 em cada 4 empresas já a utilizam no marketing ou planejam usá-la em breve e a maioria está otimista quanto ao potencial da tecnologia para impulsionar o crescimento dos negócios, mas está igualmente preocupada com os riscos legais, éticos e de reputação. Essa preocupação também faz parte dos debates que a ABA vem trazendo ao mercado e promovendo com seus associados, para fomentar a importância de uma cultura de governança com regras claras que garantam o uso ético e responsável da IA, em consonância com nosso compromisso com a bandeira da autorregulamentação.

A ABA incentiva que as marcas sejam progressivas e inovadoras e, em agosto de 2023, lançou no Brasil, de forma pioneira o Guia ABA sobre Impactos da Inteligência Artificial Generativa na Publicidade, que terá uma versão atualizada este ano, pautada no guia da WFA sobre IA. Também fomos uma das entidades signatárias da carta enviada ao Senado com sugestão para ampliar o debate e ajustar os textos sobre o PL que trata da regulamentação da IA no Brasil, e até o final do ano, lançaremos um livro sobre IA no Marketing, abordando direito, inovação e tecnologia.

Fechando com chave de ouro e reeleição: 10 anos de Executive Committee da WFA
Neste ano de 2024 em que celebro meus 10 anos como CEO da ABA, tive a honra de ser reeleita pela 10ª vez para o Executive Committee da WFA. A WFA reúne os maiores mercados e profissionais de marketing do mundo, representando cerca de 90% dos gastos globais em comunicações de marketing, o que representa quase US$ 1 trilhão de dólares anuais. A Federação Nacional de Anunciantes ajuda a estabelecer padrões para comunicações de marketing responsáveis em todo o mundo, incentiva iniciativas de liderança, que vão além da conformidade com os padrões existentes da indústria, defende uma comunicação de marketing eficiente e eficaz e ajuda seus associados compartilhando conhecimento, experiência e benchmarking. A entidade fornece uma rede global única de profissionais de marketing que se ajudam mutuamente a navegar no cenário de marketing em rápida mudança e também assume um papel de liderança global nas principais questões de marketing que afetam seus membros.

Sinto-me honrada pela reeleição e, em nome da Diretoria e Conselho da ABA, e dos nossos 124 associados e 1400 marcas, de dar voz ao Brasil neste grupo, representando a entidade. É gratificante ser membro desse Comitê há uma década e participar deste evento, a WFA Global Marketer Week, que oferece a oportunidade única da troca de ideia e estreitamento de laços com representantes dos anunciantes de mais de 60 países, visando o fortalecimento do mercado global e a atração e desenvolvimento de novos projetos para a ampliação dos mercados nacionais, e onde posso também compartilhar as iniciativas da ABA globalmente.

Neste momento de profundas e rápidas transformações, com os desafios que estamos enfrentando e com a responsabilidade que temos de buscar caminhos para anunciantes e, consequentemente, para todo mercado publicitário de agir de forma responsável social e ambientalmente, a missão da ABA é ainda mais especial.

Ao mesmo tempo, ver que a associação é protagonista e pioneira em relação às mudanças que nossa indústria está enfrentando e segue alinhada com as principais tendências, novos modelos de plataformas e tecnologias a serem exploradas, e causas globais a serem combatidas, é muito gratificante.

O marketing é um importante vetor para a transformação de uma sociedade mais justa, igualitária e um planeta sustentável. E essa luta é coletiva. É preciso olhar além e ver como todas as nossas ações individuais podem ajudar a impulsionar objetivos sociais e ecológicos maiores. Precisamos todos juntos embarcar nessa missão: #Better Marketing: anunciantes mais responsáveis, mais sustentáveis e mais eficazes!

Sandra Martinelli é CEO da ABA e membro do executive committee da WFA
presidencia-executiva@aba.com.br

Fonte: Propmark

Consumidores deixam de comprar em marcas que desrespeitaram o meio ambiente 

às 18:25


Os dados são de uma pesquisa realizada pela PwC Brasil em parceria com o Instituto Locomotiva

Imagem: Shutterstock

Mais da metade dos consumidores deixam de comprar marcas que não mantêm o compromisso sustentável com o meio ambiente. Nas classes C, D e E, essa porcentagem é de 52%, sendo ainda maior quando se trata das classes A e B, representando 56%. Os dados são da pesquisa “Mercado da maioria – Como a força da população de baixa renda está transformando o setor de varejo e consumo no Brasil”, realizada pela PwC Brasil e Instituto Locomotiva, que aponta a mudança no comportamento do consumidor e destaca o engajamento dos deles com as causas ESG.

Segundo o estudo, sete entre dez consumidores estão dispostos a pagar mais caro por marcas engajadas em defesa do meio ambiente. Enquanto quase o mesmo percentual (69%) declara desembolsar uma maior quantia nas compras por marcas que apoiam causas sociais. A tendência é que esse comportamento se firme nos próximos anos, tendo em vista que 86% dos entrevistados estão dispostos a priorizar marcas e lojas sustentáveis na hora de comprar.

Impacto do consumidor

Os consumidores do mercado da maioria, apesar de suas limitações financeiras, também estão atentos às causas defendidas pelas marcas, valorizando a sustentabilidade e dispostos a apoiar marcas que se envolvem em causas sociais e ambientais. Preocupados com o impacto de suas próprias ações no meio ambiente, 60% guardam essa preocupação. Enquanto isso, oito em cada dez compradores dão prioridade para lojas que se comprometem com causas sustentáveis.

Fonte: Mercado & Consumo

Prêmio Alex: os 10 diretores de arte e redatores mais premiados

28 de maio de 2024 às 16:50


Por propmark – 27 de Maio de 2024 | 11:05

Os vencedores receberão os diplomas no próximo dia 5, na cerimônia de entrega do Colunistas 2023

Os dez redatores e os dez diretores de arte mais premiados no Colunistas São Paulo 2023 serão homenageados com o diploma do Prêmio Alex, cuja cerimônia de entrega ocorre no próximo dia 5, na ESPM, em São Paulo.  

Entre os 107 diretores de arte citados como responsáveis pelos trabalhos concorrentes, se destacaram no Top 10 do Colunistas São Paulo, em ordem alfabética, Caio Stucchi-Zucchi, Dani Keiko, Diego Guerhardt, Guilherme Martins, Gustavo Souza, João Corazza, Leandro Vilas, Ligia Fava, Pedro Galdi e Tom Soraire.

E, entre os 81 redatores, Adriano Sato, Caique Llaguno, Gustavo Helaehil, Bruno Anibal, Júnior Alves, Nathalie Lourenço, Pedro Rosadas, Pedro Teles, Victor Sotero e Yan Prado.

Para chegar ao ranking dos melhores criativos, a organização fez a tabulação das fichas técnicas informadas pelas agências e produtoras inscritas, dentro do mesmo critério que pontuam as empresas concorrentes, ou seja, 15 pontos para cada GP, dez para as medalhas de Ouro, seis  para as de Prata, três  para os Bronzes e um para os Finalistas, cada trabalho tendo ainda pesos diferentes para valorizar campanhas, séries ou peças isoladas.

O nome da premiação especial do Colunistas São Paulo para os redatores e diretores de arte é uma homenagem ao publicitário Alex Periscinoto, que comandou a agência Almap – atual AlmapBBDO – e faleceu em 2021, sendo considerado um dos criativos mais importantes da história da publicidade brasileira.

Prêmio Colunistas
Entre os vencedores do Colunistas São Paulo estão a Africa Creative, que venceu como Agência do Ano, além de ter conquistado três Grandes Prêmios (Branded Content, Design e Mídia Digital), oito Ouros, quatro Pratas e um Bronze.

A DM9 aparece na sequência, tendo conquistado o GP de RP com ‘Cost of gold’ para Uhiri Associação Yanomami. A Ambev foi escolhida o Anunciante do Ano. Icaro Doria, presidente e CCO da DM9, foi o Publicitário, enquanto Aldo Pini, ex-CSO da Africa Creative que hoje está na Le Pub, ficou com o título de Profissional de Propaganda do Ano.

Colunistas Norte Nordeste e Brasil
Em 2023, a Propeg foi eleita a agência do ano do prêmio Colunistas Norte-Nordeste. A agência foi premiada com quatro Grandes Prêmios. O prêmio também reconheceu Ricardo Lira, da Avesso, como Publicitário do Ano, e Danilo Blume, do grupo Phocuscomo Profissional de Propaganda. Entre os anunciantes, o título ficou com a Pixbet.

No Colunistas Brasil 2023, a Africa Creative como a Agência de Comunicação do Ano. Sérgio Gordilho, copresidente e CCO, e Marcio Santoro, copresidente e cofundador da agência, foram escolhidos como Publicitários do Ano. Emerson Braga, da Propeg, foi eleito o Profissional de Propaganda do Ano.

Fonte: Propmark

5 dicas para utilizar a IA nos processos criativos

às 16:47


Diretores de arte compartilham como extraem o melhor de ferramentas como Midjourney, Runaway e IA do Photoshop

Caio Fulgêncio
28 de maio de 2024 – 6h00

Desde a popularização em 2023, tem sido cada vez mais comum a aplicação de ferramentas de inteligência artificial generativa (GenAI) em diferentes indústrias. E a publicidade não é uma exceção. Assim, é possível ver que a GenAI introduz novas possibilidades nas dinâmicas da direção de arte. Com o domínio dessas tecnologias, os ganhos podem ir, por exemplo, do aumento da agilidade e produtividade à exploração de novas ideias.

Diretores de arte incluíram IA generativa no dia a dia da criação (Crédito: Jenar/AdobeStock)

O Midjourney – ferramenta que desenvolve imagens inéditas e realistas com base em comandos (prompts) de texto – é uma das mais usadas. Bruno Valença, diretor executivo de criação e head de design da Africa Creative, conta que a utiliza em várias etapas do processo criativa, principalmente na busca de referências estéticas e fotográficas.

“Com ela, podemos descobrir novas ideias e perspectivas visuais, e gerar propostas criativas que servem como ponto de partida para novas direções artísticas. Além disso, há vantagem de compartilhar facilmente as criações, permitindo uma colaboração mais eficiente com outros membros da equipe”, pontua.

Elisa Rubio, diretora de arte da Fbiz, diz que a ferramenta também ajuda a representar ideias de maneira mais fácil, já que, passado, era demorado tentar representar coisas mirabolantes. “Eu perdia muito tempo compondo nos programas e, às vezes, nem chegava a um resultado próximo do esperado”, conta.

Já segundo Fill Almeida, diretor de arte sênior da Gut São Paulo, o Midjourney representa um avanço no desenvolvimento de cenas para storyboard e mock up de ideias. “Dessa forma, o cliente tem uma visão mais clara de como poderia ser o filme e/ou como a ideia poderia ser realizada na vida real. Acredito que, se bem utilizada nesses casos, conseguimos encantar mais e facilitar a aprovação da ideia”, diz.

Os diretores de arte também citam ferramentas como GigaPixel TOPAZ, Runaway, ChatGPT, bem como a nova atualização do Photoshop, que já vem com IA embedada, e o Firefly, também da Adobe. Nessa seara de tecnologias, os profissionais dão algumas dicas para extrair os melhores resultados.

Dica 1: Conheça a IA

Antes de tudo, Elisa orienta que é preciso estudar sobre as funcionalidades das tecnologias de IA generativa. Ela conta que, no início, costumava usar o YouTube como um aliado para melhorar o manuseio do Midjourney, por exemplo. “Já existem muitos tutoriais explicando cada funcionalidade da plataforma de um jeito mais simples. Isso acelerou meu processo”, relata.

Dica 2: Seja específico nos prompts

Henrique Del Lama, diretor de arte e diretor executivo de criação da AlmapBBDO, é contundente ao dizer que “as ferramentas de IA nem sempre são tão inteligentes quanto parecem”. Já conforme Almeida, “a imagem ideal não é algo que aparece de cara”, logo, é preciso ser “bem específico ao escrever os prompts”. Nesse sentido, vale, inclusive, usar outras IAs, como ChatGPT, para ajudar a detalhar.

“Adicione detalhes que vão além dos itens visíveis na imagem. Na hora de escrever o prompt, descreva também como quer que a imagem seja, utilizando desde descrições de aspecto visual até a resolução”, complementa o diretor de arte da Gut.

Dica 3: Explore estilos

Valença defende que a busca por melhores e mais completos resultados passa pela experimentação de estilos, processo mais fácil na atualidade. “A IA facilitou muito a questão de experimentar diferentes estilos artísticos e visuais”, diz.

Como desdobramento disso, Valença, da Africa, a indica duas outras ferramentas. A primeira é a Moodboard para gerar imagens explorando referências visuais. A segunda é a StoryBoards, que facilita na hora de montar uma sequência de imagens, com detalhes”, obtendo uma narrativa rápida de fácil entendimento.

Dica 4: Integre ferramentas

De acordo com Del Lana, o mix de tecnologias pode fazer diferença na obtenção de “resultados únicos e impressionantes”. Elisa concorda e acrescenta que, muitas vezes, é possível fazer um blend de referências distintas e testar rapidamente para ver se funciona. “Aplicar essa junção pode facilitar a abrir outros caminhos que não tínhamos pensado antes”, comenta.

Dica 5: Divirta-se com a IA

Por fim, Almeida salienta que outra dica é testar e se divertir com as ferramentas disponíveis e, dessa maneira, explorar todas as possibilidades possíveis. “Além de lapidar seus prompts próprios, o diretor de arte pode explorar por aí possibilidades em portais que trazem outras camadas de detalhes para esses prompts”, diz.

Fonte: Meio & Mensagem

O quão avançadas estão as agências em relação ao uso da IA?

às 16:45


Google inclui a inteligência artificial como um dos tópicos para avaliar a maturidade digital das agências e avalia que o mercado ainda está em fase de experimentação da tecnologia

Bárbara Sacchitiello
28 de maio de 2024 – 11h05

(Crédito: Everything Possible/Shutterstock)

Presente em todos os debates, festivais e encontros da indústria da comunicação, o tema da inteligência artificial representa um novo panorama de conexão entre marcas e consumidores em todo o mundo. De que maneira, contudo, as agências de publicidade do Brasil já estão fazendo uso dessa tecnologia ou estão preparadas para avançar, de maneira mais aprofundada, nas oportunidades que a IA traz?

Para tentar avaliar o amadurecimento das agências em relação ao conhecimento e uso de inteligência artificial, o Google atualizou o Digital Assessment, lançado em março de 2023. A ferramenta, apresentada ao mercado no ano passado, tinha a proposta de classificar, em diferentes níveis, o quão maduras as agências estavam em meio ao processo de transformação digital.

Agora, a companhia decidiu incluir a inteligência artificial nessa análise. “As agências têm um papel importante quando pensamos na era da inteligência artificial por serem especialistas em tendências e por ajudarem a impulsionar os anunciantes a aproveitar todo o ferramental”, explica Aline Moda, diretora de agências do Google Brasil.

Por essa razão, conta ela, a companhia achou importante atualizar a ferramenta de avaliação, mapeando como as agências já vem aplicando a inteligência artificial em seus trabalhos cotidianos e, ao mesmo tempo, destacando as oportunidades de avanço em termos dessa tecnologia.

AI Assessment – como funciona?

Aline explica que, a partir do trabalho de consultoria realizado junto às agências desde o ano passado, foi possível ter um conhecimento mais aprofundado do grau de evolução tecnológica das empresas, algo que, a partir de agora, tende a ser mais lapidado ao considerar a inteligência artificial.

Por isso, a ferramenta foi rebatizada para AI Assessment e seguirá classificando as agências de publicidade em quatro diferentes níveis, de acordo com sua maturidade digital: nascente, emergente, conectado e multimomento.

Além disso, cada agência também será avaliada de acordo com o estágio de adoção, implementação e utilização de conceitos relacionados ao conhecimento e aplicação de inteligência artificial.

IA e agências: fase de experimentação

A proposta do Google é ter, daqui um ano, um a avaliação mais ampla a cerca do nível de avanço das agências de publicidade do Brasil em relação à adoção da IA, a partir do trabalho desenvolvido pela AI Assessments nos próximos meses.

Pela avaliação atual já trazida pelo Digital Assessment, o programa implementado em 2023, Aline avalia que as agências brasileiras sinalizam ter disposição e empenho em tornar a inteligência artificial parte integrante de sua engrenagem de negócios.

Porém, isso ainda está em fase de experimentação. “Temos um longo trabalho pela frente para ajudar as agências e fazer com que elas se movam de um estágio nascente de utilização para o topo da pirâmide”, diz.

A diretora cita a escassez de mão de obra especializada como um dos entraves para o mercado de agências avançar da adoção das ferramentas de IA. Por outro lado, Aline é otimista ao observar que esse entendimento tende a ser ampliado uma vez que as empresas consigam utilizar a IA para a simplificação de tarefas, podendo gerar economia de tempo e de recursos.

Fonte: Meio & Mensagem

Copa do Mundo Feminina 2027 movimenta planos de agências

27 de maio de 2024 às 18:12


Por Janaina Langsdorff – 27 de Maio de 2024 | 08:05

O cenário de patrocínios e de grandes eventos esportivos internacionais no Brasil vem crescendo em um ritmo excepcional

Agências especializadas em esportes e entretenimento já iniciaram o seu aquecimento para a décima Copa do Mundo Feminina da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que entre os dias 24 de junho e 25 de julho de 2027 será realizada no Brasil, primeiro país sul-americano a sediar a competição.

A escolha foi anunciada durante o 74º Congresso da Fifa, em Bangkok, na Tailândia, no dia 17 de maio. Dez dos 12 estádios da Copa do Mundo Masculina 2014 receberão os jogos. O Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã (RJ), será palco da abertura e encerramento do torneio. A seleção feminina busca a sua primeira taça.

Luiz Fiorese, da Fuse Brasil: impulso ancorado em aprendizados da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, ambos sediados no Brasil (Divulgação)

Com 119 votos, o Brasil desbancou a candidatura conjunta de Alemanha, Bélgica e Holanda, que levou 78 considerações. Em 2023, Austrália e Nova Zelândia sediaram a competição, que consagrou a Espanha como campeã. Entre parceiros, patrocinadores e apoiadores, estavam Itaú, Adidas, Coca-Cola, Wanda, Qatar
Airways, Hyundai/Kia Motors, Visa, Budweiser, McDonald’s, Unilever, Mengniu Dairy, Globant, Booking.com, Calm, Keter Group e Hublot.

“O cenário de patrocínios e de grandes eventos esportivos internacionais no Brasil vem crescendo em um ritmo excepcional. Apenas na última década, sediamos os dois maiores eventos esportivos do planeta, Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos”, lembra Luiz Fiorese, head da Fuse Brasil, agência do Omnicom Media Group (OMG).

Fonte: Propmark

Kallas Mídia OOH inicia projeto de mobiliário urbano em Manaus

às 18:06


Por propmark – 27 de Maio de 2024 | 09:05

Contrato prevê a instalação de 627 equipamentos, sendo 327 abrigos de ônibus, 28 relógios digitais e 272 mupis para informação

A Kallas Mídia OOH promove um evento em Manaus para convidados e autoridades do poder público para celebrar o início do projeto que prevê a instalação de mobiliário urbano e sinalização na capital do Amazonas.

Em 2023, a Kallas venceu a licitação da Prefeitura Municipal de Manaus e ganhou a concessão de 20 anos. Na primeira etapa do projeto, haverá a instalação de 627 equipamentos, sendo 327 abrigos de ônibus, 28 relógios digitais e 272 mupis (mobiliário urbano para informação), todos com design e tecnologia de ponta, pensados e projetados para atender padrões internacionais de durabilidade e entrega.

Já a segunda etapa do contrato prevê sinalização turística com foco em orientar o viajante a usufruir dos encantos da cidade de Manaus. Serão contempladas placas de identificação de ruas em postes, muros e paredes, placas de direcionamento para orientação das pessoas, painéis diretórios e painéis bibliográficos (perto de monumentos como o Teatro Amazonas, para apresentar a história do local). As peças intercalam criações digitais e estáticas, dividindo-se ainda entre mensagens informativas e publicitárias.

Fonte: Propmark

Encontro Nacional do Ecossistema Sinapro/Fenapro

às 12:44


25 de maio de 2024

Líderes empresariais e associativos de todo o País participaram do “Encontro Nacional do Ecossistema Sinapro/Fenapro”, na quarta-feira (22/05), em Brasília. Com a presença de cerca de 40 pessoas, o encontro foi promovido pelo Ecossistema SINAPRO/FENAPRO, com o apoio do Sinapro-DF, para debater iniciativas que podem contribuir para o fortalecimento das agências, do mercado e das entidades associativas da indústria da comunicação.

“A realização do encontro está em sintonia com o objetivo macro do Ecossistema Sinapro/Fenapro de contribuir para o reposicionamento de relevância das agências de propaganda e a restruturação dos seus modelos de negócios”, conta Daniel Queiroz, presidente da Fenapro, ao reiterar que o ecossistema vem trabalhando em uma série de projetos e agendas nesse sentido junto às lideranças da publicidade.

Uma das medidas anunciadas no encontro foi a realização de uma versão emergencial da pesquisa VanPro (Visão do Ambiente de Negócios) no Rio Grande do Sul, a fim de avaliar o impacto das enchentes sobre as pessoas e os negócios da propaganda. A pesquisa está sendo liderada pelo Sinapro-RS, com apoio do ecossistema Sinapro/Fenapro, e a iniciativa inclui a elaboração de um plano de trabalho para colaborar com o mercado a curto, médio e longo prazo.

“O encontro foi um momento importante para a troca de experiências, aprendizados e união, inclusive de apoio às agências gaúchas. São todos aspectos que contribuem para termos um Ecossistema Sinapro/Fenapro forte e representativo”, ressalta Queiroz.

O presidente do Sinapro-DF, Sidney Campos, destaca que as iniciativas desenvolvidas pelo ecossistema têm sido de grande valor para as agências locais. “Encontros como este de Brasília propiciam um debate que expande a visão sobre o nosso setor, indo além do negócio de cada agência, e são bastante produtivos em função das diversas iniciativas encabeçadas pelos Sinapro/Fenapro”, afirma Campos.

Relevância dos Sinapros, gestão, licitações e um festival de criatividade

Um dos destaques da pauta do modelo #SinaproForte foi a apresentação de boas práticas de gestão, estimuladas pelos Sinapros de São Paulo, do Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, que deram resultados positivos para as agências de propaganda desses estados. São projetos que fazem parte do modelo #SinaproForte e que visam contribuir para a evolução das agências de propaganda.

Os Grupos de Trabalho (GT´s) do Ecossistema Sinapro/Fenapro também apresentaram os projetos que estão em andamento, como o Conecta Pro – plataforma de assinatura de conteúdos que oferece insights e pesquisas e vem evoluindo rapidamente desde o seu lançamento em abril último -; As Listas Referenciais de Custos Internos das Agências, que passam a contar com unificação das nomenclaturas dos serviços em âmbito nacional; o processo de certificação das agências pelo Cenp e a evolução das mudanças estatutárias nos Sinapros para modernização de suas estruturas.

Na pauta do encontro, foi destacado ainda o impacto da nova Lei Geral de Licitações, a Lei n° 14.133/2021, que vem sendo tratada pelas entidades por meio de debates de grupos de trabalho, a realização de workshops presenciais e da atualização dos modelos de editais e manuais de licitações. Outra novidade articulada pelo ecossistema é a realização do Festival Nacional de Criatividade, que terá etapas regionais e um evento nacional com a participação de agências de todo o Brasil.

A próxima edição do Encontro Nacional do Ecossistema Sinapro/Fenapro” em 2024 acontecerá em Vitória/ES, no dia 19/8.

Fonte: Grandes Nomes da Propaganda

Zenvia: o impacto das redes sociais nas decisões de compra

24 de maio de 2024 às 20:12


Pesquisa do Conselho Internacional de Shoppings Centers revela que 85% da geração Z é influenciada principalmente pelo TikTok e Instagram

Rafaela de Oliveira
24 de maio de 2024 – 6h03

Letícia D’Angelo é diretora de clientes enterprise da Zenvia (Crédito: Divulgação)

O uso contínuo das redes sociais impacta a maneira como os consumidores tomam decisões de compra. Essas plataformas moldam comportamentos e desempenham papel crucial em uma era na qual a vida digital é extensão da vida física.

Estudo do Conselho Internacional de Shoppings Centers aponta que 85% da geração Z é influenciada pelas redes sociais durante uma compra. Os jovens nascidos entre o final dos anos 1990 e 2010 são fortemente impactados pelo TikTok e Instagram, plataformas citadas por 45% dos entrevistados.

Além disso, 54% afirmam que análises de produtos são o conteúdo que mais afeta suas escolhas de consumo. Esse sentimento surge ao ver pessoas recomendando produtos ou compartilhando suas experiências, uma vez que aumentam a sensação de autenticidade e confiança.

Zenvia ressalta importância das redes sociais

A Zenvia, empresa de experiência do cliente, ressalta, ainda, a importância dessas plataformas, que oferecem recomendações autênticas, impulsionadas por influenciadores, e personalizam anúncios com base no comportamento do usuário.

O uso de técnicas como a criação de senso de urgência com ofertas limitadas e a facilitação de compras diretamente nas redes sociais torna a experiência de compra fluida e conveniente. Essas estratégias colaboram na construção de jornada eficaz.

Letícia D’Angelo, diretora de clientes enterprise da Zenvia, explica que as marcas têm utilizado a publicidade personalizada por meio de algoritmos que analisam o comportamento online dos consumidores.

“Isso inclui preferências, histórico de compras e ações de navegação, permitindo criar anúncios altamente relevantes e personalizados que consideram localização e comportamento recente”, menciona.

Assim, os consumidores sentem que as empresas entendem suas necessidades individuais, o que aumenta a probabilidade de aquisição de produtos e serviços.

Impacto dos influenciadores

As figuras influentes, sejam celebridades ou criadores de conteúdo, geram confiança e conexão entre os jovens que adotam as recomendações sugeridas por eles.

“O marketing de influência desempenha um papel crucial na jornada do cliente, inserindo-se em todos os pontos de contato e influenciando diretamente as decisões de compra dos consumidores dessa geração”, diz Letícia.

De acordo com o Customer Insights 2024, pesquisa desenvolvida pela Zenvia, em parceria com a MindMiners e SenseData, do ponto de vista de quem atende aos clientes, os principais desafios estão relacionados:

– Ao engajamento (40%)

– Retenção (36%)

“Utilizar influenciadores pode ser uma estratégia eficaz para transpor esses desafios, pois ajuda a construir uma jornada mais envolvente”, afirma a executiva.

Atraindo consumidores com redes sociais

A partir das comunidades e opiniões dos consumidores, as marcas podem obter feedbacks assertivos sobre seus produtos e serviços.

Dessa forma, as empresas podem monitorar discussões e interações para identificar necessidades e preferências emergentes.

“Essa prática permite que as empresas ajustem e desenvolvam produtos mais alinhados com as expectativas do público”, afirma a diretora de clientes enterprise da Zenvia. “Além disso, melhora continuamente a experiência do cliente com base em insights genuínos e vivências reais.”

Entre as melhores estratégias práticas para atrair consumidores nas redes sociais, a profissional cita a personalização de ofertas por meio de algoritmos; compartilhamento de conteúdo real e autêntico; e integrar botões de compra e opções de pagamento simplificadas diretamente nas plataformas sociais.

“Essas medidas tornam o processo de compra mais conveniente e intuitivo, melhorando a experiência do cliente e aumentando as taxas de conversão”, conclui.

Fonte: Meio&Mensagem


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